Ainda
continua rendendo comentários o teor da crônica na qual ressaltei a importância
do comparecimento dos eleitores às urnas, com o propósito de mesmo somente ter
a obrigação de escolher o melhor entre os piores candidatos, porque tem-se a
certeza de que os homens de boa índole jamais se submeterão ao sacrifício de
ser obrigado a se igualar, por baixo, com o rasteiro nível da classe política,
completamente desacreditada, justamente em razão do seu legado histórico de
atrocidades contra os interesses nacionais e da sociedade, em indiscutível
defesa de suas causas.
O
comentário mais contundente veio do conterrâneo Ditinho Minervino, que se expressou com a suas sinceridade e singeleza próprias
de quem possui experiência e autoridade para dizer o que sente, com os devidos
equilíbrio e segurança, na convicção de quem anseia pelo melhor futuro do Brasil,
sob a administração correta e competente de verdadeiros e autênticos homens
públicos, que, por enquanto, não há a mínima esperança de que isso possa
realmente acontecer, pelo menos com a firmeza quanto à realização de mudanças
na administração dos destinos da nação.
O prezado amigo e irmão Ditinho disse que, in verbis: “Quanto às pessoas de bem, de vergonha, honestas, a que você se refere (em
alusão à citada crônica), tens toda
razão. Agora, prá resumir meu comentário, quero dizer que quando falo em
INTERVENÇÃO MILITAR me refiro assim: Que seria quase como um milagre surgirem
pessoas com o interesse de consertar nossa nação. Porque a primeira coisa a ser
feita seria acabar de rasgar esta tão mencionada Carta da República, que a
chamam de Constituição, porque os ‘artistas políticos’ do Brasil já a
transformaram (já falei tantas vezes), trocaram as 3 primeiras letras e virou
Prostituição. Você é de Uiraúna e sei que conheceu o HUMILDE Sr. ANTONIO
BEZERRA, e deve lembrar do dito popular que se usava aqui; TEM MAIS REMENDOS
QUE AS CALÇAS DE ANTONIO BEZERRA. Você sabe muito bem que a tal CONSTITUIÇÃO já
está toda modificada por pessoas que só o fazem em interesse próprio. Portanto,
meu nobre amigo: Em meu entendimento, vejo que a primeira providência seria
fazer uma nova CONSTITUIÇÃO, mudar o Código Penal, o sistema político e muitas
outras coisas, que com esse esquema usado jamais será feito e é por isso que
quando falo em INTERVENÇÃO MILITAR é que vejo como sendo o único meio de mudar
tudo. Isto é, sendo feito com a intenção de melhorar. Sei que é dolorido prá
muita gente, mas também tenho sempre dito que NÃO SE FAZ OMELETE SEM QUEBRAR OS
OVOS (sem ovos). Você pode pensar de
outra maneira, mas sei que entende o meu ponto de vista.”.
Em
seguida ao supracitado comentário, o amigo Ditinho ainda fez outra importante
ponderação, com relação à mesma crônica, vazada de termos cheios de sabedoria, ao
dizer que “Não
sei se você já viu que em minhas postagens, onde alguém defende o uso liberada
de armas, sempre digo e ninguém consegue me fazer mudar de opinião. Falam tanto
em liberar o direito aos cidadãos de bem. Aí sempre digo que o verdadeiro
CIDADÃO de BEM não quer andar armado. Digo também que a maior culpa da
criminalidade em nosso país chama-se IMPUNIDADE. No Brasil, precisa reforma no Código
Penal e também no sistema prisional, para acabar com todas benesses para quem
comete crime. Coisas que não concordo: Se a pena máxima que pode ser cumprida é
de 30 anos, não vejo porque condenar um réu a 200 anos. Diminuir pena por bom
comportamento, cela especial por ter nível superior, pois acho que deve haver
prisão especial sim, para SUSPEITO. Vejo os senadores sempre querendo criar
leis para garantir a segurança. Acho que devia ser criada UMA lei que fizesse
as já existentes serem cumpridas rigorosamente. Acredito que deve haver
classificação de crimes e não do criminoso. Horroroso também é a pessoa matar o
pai e ter direito à saída no dia dos pais. Pois acho que a prisão foi criada
para tirar o bandido do seio da sociedade. Mas num país que DEPUTADO é
prisioneiro à noite e durante o dia pode sair para votar, criar lei, pode se
esperar o quê?”.
Imediatamente,
em consideração às precisas e valiosas análises da lavra do querido irmão
Ditinho, eu disse do quanto achava que ele é pessoa inteligente e preparada,
que sabe defender seu ponto de vista, de forma sincera, conforme as suas
lúcidas e ricas ponderações, que que elas muito representam a unidade do
pensamento dos brasileiros ansiosos por mudanças generalizadas nos sistemas
político-administrativos, que têm demonstrado completa exaustão e não podem
continuar funcionando nessas condições de precariedade e de descrédito, em
termos de prestação à população dos serviços essenciais da incumbência institucional
do Estado.
Na
qualidade de escriba, sou obrigado a respeitar todo e qualquer pensamento e,
por força disso, ainda tenho o dever de também opinar sobre o que penso sobre o
momento político brasileiro, entendendo igualmente que urge a reformulação das estruturas
e conjunturas do Estado, sob pena da sua completa falência, ante às indiscutíveis
estagnação e precariedade daqueles serviços.
Vale
mencionar diálogo que mantive, de maneira intensa, com um defensor ferrenho de
um pré-candidato ultradireitista, dizendo que ele será o único candidato capaz
de entregar armas para os brasileiros, para que estes possam se defender.
Retruquei-o,
afirmando que isso não passava de verdadeiras loucura e irresponsabilidade,
porque, em termos de sensatez e razoabilidade, não é a melhor maneira de se
praticar o exercício da democracia moderna, de simplesmente ter o entendimento
de que a segurança está péssima e realmente ela é inexistente e decidir resolver
entregar armas para quem não tem o devido preparo de manuseio, em cristalino
ato de insanidade, porque o estadista precisa pensar em políticas viáveis,
seguras, objetivas, que sejam palatáveis, em termos de satisfação das
necessidades públicas.
Os
graves problemas brasileiros somente serão resolvidos pelo próprio povo, a exemplo
da difícil questão envolvendo a distribuição de armas, conquanto essa temerária
forma de se enfrentar a bandidagem até possa ser viável, mas não pela exclusiva
vontade política de alguém que pensa ter o domínio da segurança pública nas
mãos, sem nunca ter criado algo ou contribuído, como parlamentar, para o saneamento
das mazelas, salvo por ter sido militar e somente por isso achar que pode
liderar, veja-se liderar, algo nesse sentido.
É
muito importante que ele tenha absoluta certeza do que pretende implementar,
com o envolvimento dos brasileiros, salvo se for exatamente que isso que eles querem,
tendo a confirmação por meio de plebiscito ou consulta popular, de modo a legitimar
que insanidade tamanha possa ser implementado de forma consciente, ou seja, o
povo, na melhor forma democrática, precisa decidir antes que um insano e despreparado
político resolva, por conta própria, entregar arma de fogo para cada
brasileiro, imaginando que qualquer pessoa, de qualquer maneira, precisa se
defender e fazer justiça com as próprias mãos, porque quem garante que o tiro
não vai sair pela culatra e a sociedade não terá a quem recorrer, porque a
culpa pelo desastre é exclusivamente do povo, que deixou de avaliar as
consequências de medidas absolutamente malucas e irresponsáveis.
Ou
seja, quem vai garantir que a sociedade vai querer se defender, de moto
próprio, quando compete exclusivamente ao Estado e é para isso que os
contribuintes pagam pesadíssimos tributos para o Estado, na forma prevista na
Constituição, para manter competente e eficiente sistema de segurança pública,
com os aparelhamentos indispensáveis e próprios de proteção aos brasileiros e
garantia à integridade do seu patrimônio.
O
que justifica que os brasileiros sejam obrigados a pegar em armas de fogo,
embora alguns até tenham alguma forma de preparo e conhecimento básico sobre o
manuseio desses instrumentos bélicos e poderiam muito bem se defender, nas
circunstâncias, mas quando já há o pagamento de astronômica carga tributária ao
Estado, para ele se estruturar em termos da melhor e mais eficiente segurança
pública justamente para proteger a sociedade com a devida e total segurança,
sem precisar que ninguém tenha que se expor ao ridículo de correr o risco de
ser morto, trucidado pela terrível violência de bandidos altamente preparados e
treinados para o exercício da delinquência?
Essa
forma de exposição da sociedade à prática de atividade altamente perigosa e
arriscada não encontra paralelo nem mesmo nas piores republiquetas, onde
certamente os homens públicos têm o mínimo de juízo razoável para entender que
essa importantíssima atribuição de incumbência constitucional do Estado precisa
ser exercida por quem é treinado, preparado e especializado para lidar, de
forma prudente e segura, com criminosos
com a evolução insuperável, em termos de aperfeiçoamento no mundo do crime, que
nem os profissionais de combate à violência conseguem dominá-los, diante do seu
fortíssimo poder sob absoluto controle de dominação delitiva.
A
sociedade precisa compreender que essa loucura de se prometer arma para todo
mundo tem elevadíssimo grau de irresponsabilidade humana e principalmente de
ilimitada incompetência administrativa, porque qualquer estadista sensato,
honesto, sincero e cônscio do seu dever funcional entende, sem o menor esforço,
que é obrigação prevista na Constituição a inalienável garantia da integridade
dos cidadãos e do seu patrimônio.
Em
razão dessa obrigação constitucional, o político precisa ter a dignidade de assumir
o dever de dizer aos brasileiros que, no seu governo, o sistema de segurança
pública vai passar a ser a principal política pública, tendo total prioridade,
sob o compromisso da completa reformulação de suas estruturas, mediante a
mobilização de especialistas nessa área, para a formulação de políticas que
resultem em substancial aumento dos quadros de pessoal, em compatibilidade com
a suplência das carências, e das remunerações dos militares, em razão da
importância do seu trabalho, em termos, sobretudo, de risco de vida; em
revolução nos preparo e aperfeiçoamento dos policiais, quanto à instrução e ao
treinamento, em nível nacional; na extraordinária melhoria do reaparelhamento
em condições superiores ao existente nas organizações criminosas; entre outras
medidas pertinentes à capacitação em todos os sentidos de segurança pública, de
modo que o povo não precise de mobilizar para pegar em armas, porque ele não
está preparado para embarcar nessa trágica campanha suicida, planejada por
lunático inexperiente e irresponsável.
É
preciso que haja vontade política para a priorização de ações efetivas na segurança
pública, a fim de que sejam possíveis sensível e substancial melhoras das
condições de trabalho das pessoas incumbidas e envolvidas com esse sistema, que
atualmente não passa de capenga arremedo e lamentável estado de penúria e o
resultado é o altíssimo índice de criminalidade, justamente porque o conjunto da
segurança pública não está em condições ideais de cumprir com eficiência e
efetividade a sua importante missão constitucional.
A
situação de completa insegurança do Rio de Janeiro, que teve a intervenção
federal, na tentativa de minorá-la, ainda não teve êxito e dá a exata dimensão deplorável
do trabalho de combate à criminalidade, exatamente pelo descaso das autoridades
públicas, que ainda não disponibilizaram os recursos necessários -
principalmente financeiros - e indispensáveis ao suprimento das carências
essenciais, e o que se ver é a bandidagem matando, roubando, atirando contra a
sociedade, traficando e cometendo crimes bárbaros, mesmo diante das forças do
Exército, que têm sido impotentes para competir, pelo menos, em igualdade com
os poderes da criminalidade.
Os
brasileiros precisam se conscientizar de que a segurança pública é dever
constitucional do Estado, que tem obrigação de se aparelhar devidamente para
cumprir com eficiência e eficácia a importantíssima função de proteger a
sociedade, porque não passam das maiores insensatez e irresponsabilidade alguém
tentar transferir para o povo, de goela abaixo, obrigação privativa do governo
executar com os mecanismos e instrumentos que estão ao seu alcance, em especial
os recursos que são arrecadados dos bestas do contribuintes para tal
finalidade.
É
preciso sim reformular as estruturas e conjunturas do Estado, porque tudo
funciona precariamente, mas as medidas pertinentes dependem da vontade popular,
a se saber que não à toa o poder emana do povo e em seu nome será exercido.
Basta
que o povo diga que não concorda com a continuidade das políticas que estão sendo
praticadas, na forma das ideias consolidadas nas coalizões espúrias e
inescrupulosas, nos compadrios vergonhosos existentes nas alianças para a
governabilidade, na indignidade de se prestigiar homens públicos implicados com
a Justiça, como sendo verdadeiros salvadores da pátria, em evidente
demonstração de complacência com a criminalidade absolutamente condenável,
entre outras e tantas demonstrações de conformismo com a incompetência,
ineficiência, omissão e irresponsabilidade administrativas, tudo em visível
detrimento dos interesses nacionais e dos brasileiros.
Os
brasileiros precisam, com urgência, tomar vergonha na cara, com o propósito de
exigir revolução por parte dos homens públicos de caráter e dignidade, no
sentido de reconhecerem as mazelas e as degenerações predominantes no Estado,
para transformá-las em algo digno da grandeza do povo e das potencialidades do
Brasil, em movimento de aperfeiçoamento e modernidade, principalmente na
mentalidade dos atuais homens púbicos, que somente conseguem enxergar os próprios
interesses, conforme mostram os fatos. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 21 de junho de 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário