quinta-feira, 21 de junho de 2018

Em nome da grandeza do povo


Ainda continua rendendo comentários o teor da crônica na qual ressaltei a importância do comparecimento dos eleitores às urnas, com o propósito de mesmo somente ter a obrigação de escolher o melhor entre os piores candidatos, porque tem-se a certeza de que os homens de boa índole jamais se submeterão ao sacrifício de ser obrigado a se igualar, por baixo, com o rasteiro nível da classe política, completamente desacreditada, justamente em razão do seu legado histórico de atrocidades contra os interesses nacionais e da sociedade, em indiscutível defesa de suas causas.
O comentário mais contundente veio do conterrâneo Ditinho Minervino, que se expressou com a suas sinceridade e singeleza próprias de quem possui experiência e autoridade para dizer o que sente, com os devidos equilíbrio e segurança, na convicção de quem anseia pelo melhor futuro do Brasil, sob a administração correta e competente de verdadeiros e autênticos homens públicos, que, por enquanto, não há a mínima esperança de que isso possa realmente acontecer, pelo menos com a firmeza quanto à realização de mudanças na administração dos destinos da nação.
O prezado amigo e irmão Ditinho disse que, in verbis:Quanto às pessoas de bem, de vergonha, honestas, a que você se refere (em alusão à citada crônica), tens toda razão. Agora, prá resumir meu comentário, quero dizer que quando falo em INTERVENÇÃO MILITAR me refiro assim: Que seria quase como um milagre surgirem pessoas com o interesse de consertar nossa nação. Porque a primeira coisa a ser feita seria acabar de rasgar esta tão mencionada Carta da República, que a chamam de Constituição, porque os ‘artistas políticos’ do Brasil já a transformaram (já falei tantas vezes), trocaram as 3 primeiras letras e virou Prostituição. Você é de Uiraúna e sei que conheceu o HUMILDE Sr. ANTONIO BEZERRA, e deve lembrar do dito popular que se usava aqui; TEM MAIS REMENDOS QUE AS CALÇAS DE ANTONIO BEZERRA. Você sabe muito bem que a tal CONSTITUIÇÃO já está toda modificada por pessoas que só o fazem em interesse próprio. Portanto, meu nobre amigo: Em meu entendimento, vejo que a primeira providência seria fazer uma nova CONSTITUIÇÃO, mudar o Código Penal, o sistema político e muitas outras coisas, que com esse esquema usado jamais será feito e é por isso que quando falo em INTERVENÇÃO MILITAR é que vejo como sendo o único meio de mudar tudo. Isto é, sendo feito com a intenção de melhorar. Sei que é dolorido prá muita gente, mas também tenho sempre dito que NÃO SE FAZ OMELETE SEM QUEBRAR OS OVOS (sem ovos). Você pode pensar de outra maneira, mas sei que entende o meu ponto de vista.”.
Em seguida ao supracitado comentário, o amigo Ditinho ainda fez outra importante ponderação, com relação à mesma crônica, vazada de termos cheios de sabedoria, ao dizer que “Não sei se você já viu que em minhas postagens, onde alguém defende o uso liberada de armas, sempre digo e ninguém consegue me fazer mudar de opinião. Falam tanto em liberar o direito aos cidadãos de bem. Aí sempre digo que o verdadeiro CIDADÃO de BEM não quer andar armado. Digo também que a maior culpa da criminalidade em nosso país chama-se IMPUNIDADE. No Brasil, precisa reforma no Código Penal e também no sistema prisional, para acabar com todas benesses para quem comete crime. Coisas que não concordo: Se a pena máxima que pode ser cumprida é de 30 anos, não vejo porque condenar um réu a 200 anos. Diminuir pena por bom comportamento, cela especial por ter nível superior, pois acho que deve haver prisão especial sim, para SUSPEITO. Vejo os senadores sempre querendo criar leis para garantir a segurança. Acho que devia ser criada UMA lei que fizesse as já existentes serem cumpridas rigorosamente. Acredito que deve haver classificação de crimes e não do criminoso. Horroroso também é a pessoa matar o pai e ter direito à saída no dia dos pais. Pois acho que a prisão foi criada para tirar o bandido do seio da sociedade. Mas num país que DEPUTADO é prisioneiro à noite e durante o dia pode sair para votar, criar lei, pode se esperar o quê?”.
Imediatamente, em consideração às precisas e valiosas análises da lavra do querido irmão Ditinho, eu disse do quanto achava que ele é pessoa inteligente e preparada, que sabe defender seu ponto de vista, de forma sincera, conforme as suas lúcidas e ricas ponderações, que que elas muito representam a unidade do pensamento dos brasileiros ansiosos por mudanças generalizadas nos sistemas político-administrativos, que têm demonstrado completa exaustão e não podem continuar funcionando nessas condições de precariedade e de descrédito, em termos de prestação à população dos serviços essenciais da incumbência institucional do Estado.
Na qualidade de escriba, sou obrigado a respeitar todo e qualquer pensamento e, por força disso, ainda tenho o dever de também opinar sobre o que penso sobre o momento político brasileiro, entendendo igualmente que urge a reformulação das estruturas e conjunturas do Estado, sob pena da sua completa falência, ante às indiscutíveis estagnação e precariedade daqueles serviços.
Vale mencionar diálogo que mantive, de maneira intensa, com um defensor ferrenho de um pré-candidato ultradireitista, dizendo que ele será o único candidato capaz de entregar armas para os brasileiros, para que estes possam se defender.
Retruquei-o, afirmando que isso não passava de verdadeiras loucura e irresponsabilidade, porque, em termos de sensatez e razoabilidade, não é a melhor maneira de se praticar o exercício da democracia moderna, de simplesmente ter o entendimento de que a segurança está péssima e realmente ela é inexistente e decidir resolver entregar armas para quem não tem o devido preparo de manuseio, em cristalino ato de insanidade, porque o estadista precisa pensar em políticas viáveis, seguras, objetivas, que sejam palatáveis, em termos de satisfação das necessidades públicas.
Os graves problemas brasileiros somente serão resolvidos pelo próprio povo, a exemplo da difícil questão envolvendo a distribuição de armas, conquanto essa temerária forma de se enfrentar a bandidagem até possa ser viável, mas não pela exclusiva vontade política de alguém que pensa ter o domínio da segurança pública nas mãos, sem nunca ter criado algo ou contribuído, como parlamentar, para o saneamento das mazelas, salvo por ter sido militar e somente por isso achar que pode liderar, veja-se liderar, algo nesse sentido.
É muito importante que ele tenha absoluta certeza do que pretende implementar, com o envolvimento dos brasileiros, salvo se for exatamente que isso que eles querem, tendo a confirmação por meio de plebiscito ou consulta popular, de modo a legitimar que insanidade tamanha possa ser implementado de forma consciente, ou seja, o povo, na melhor forma democrática, precisa decidir antes que um insano e despreparado político resolva, por conta própria, entregar arma de fogo para cada brasileiro, imaginando que qualquer pessoa, de qualquer maneira, precisa se defender e fazer justiça com as próprias mãos, porque quem garante que o tiro não vai sair pela culatra e a sociedade não terá a quem recorrer, porque a culpa pelo desastre é exclusivamente do povo, que deixou de avaliar as consequências de medidas absolutamente malucas e irresponsáveis.
Ou seja, quem vai garantir que a sociedade vai querer se defender, de moto próprio, quando compete exclusivamente ao Estado e é para isso que os contribuintes pagam pesadíssimos tributos para o Estado, na forma prevista na Constituição, para manter competente e eficiente sistema de segurança pública, com os aparelhamentos indispensáveis e próprios de proteção aos brasileiros e garantia à integridade do seu patrimônio.
O que justifica que os brasileiros sejam obrigados a pegar em armas de fogo, embora alguns até tenham alguma forma de preparo e conhecimento básico sobre o manuseio desses instrumentos bélicos e poderiam muito bem se defender, nas circunstâncias, mas quando já há o pagamento de astronômica carga tributária ao Estado, para ele se estruturar em termos da melhor e mais eficiente segurança pública justamente para proteger a sociedade com a devida e total segurança, sem precisar que ninguém tenha que se expor ao ridículo de correr o risco de ser morto, trucidado pela terrível violência de bandidos altamente preparados e treinados para o exercício da delinquência?
Essa forma de exposição da sociedade à prática de atividade altamente perigosa e arriscada não encontra paralelo nem mesmo nas piores republiquetas, onde certamente os homens públicos têm o mínimo de juízo razoável para entender que essa importantíssima atribuição de incumbência constitucional do Estado precisa ser exercida por quem é treinado, preparado e especializado para lidar, de forma prudente e segura,  com criminosos com a evolução insuperável, em termos de aperfeiçoamento no mundo do crime, que nem os profissionais de combate à violência conseguem dominá-los, diante do seu fortíssimo poder sob absoluto controle de dominação delitiva.   
A sociedade precisa compreender que essa loucura de se prometer arma para todo mundo tem elevadíssimo grau de irresponsabilidade humana e principalmente de ilimitada incompetência administrativa, porque qualquer estadista sensato, honesto, sincero e cônscio do seu dever funcional entende, sem o menor esforço, que é obrigação prevista na Constituição a inalienável garantia da integridade dos cidadãos e do seu patrimônio.
Em razão dessa obrigação constitucional, o político precisa ter a dignidade de assumir o dever de dizer aos brasileiros que, no seu governo, o sistema de segurança pública vai passar a ser a principal política pública, tendo total prioridade, sob o compromisso da completa reformulação de suas estruturas, mediante a mobilização de especialistas nessa área, para a formulação de políticas que resultem em substancial aumento dos quadros de pessoal, em compatibilidade com a suplência das carências, e das remunerações dos militares, em razão da importância do seu trabalho, em termos, sobretudo, de risco de vida; em revolução nos preparo e aperfeiçoamento dos policiais, quanto à instrução e ao treinamento, em nível nacional; na extraordinária melhoria do reaparelhamento em condições superiores ao existente nas organizações criminosas; entre outras medidas pertinentes à capacitação em todos os sentidos de segurança pública, de modo que o povo não precise de mobilizar para pegar em armas, porque ele não está preparado para embarcar nessa trágica campanha suicida, planejada por lunático inexperiente e irresponsável.
É preciso que haja vontade política para a priorização de ações efetivas na segurança pública, a fim de que sejam possíveis sensível e substancial melhoras das condições de trabalho das pessoas incumbidas e envolvidas com esse sistema, que atualmente não passa de capenga arremedo e lamentável estado de penúria e o resultado é o altíssimo índice de criminalidade, justamente porque o conjunto da segurança pública não está em condições ideais de cumprir com eficiência e efetividade a sua importante missão constitucional.
A situação de completa insegurança do Rio de Janeiro, que teve a intervenção federal, na tentativa de minorá-la, ainda não teve êxito e dá a exata dimensão deplorável do trabalho de combate à criminalidade, exatamente pelo descaso das autoridades públicas, que ainda não disponibilizaram os recursos necessários - principalmente financeiros - e indispensáveis ao suprimento das carências essenciais, e o que se ver é a bandidagem matando, roubando, atirando contra a sociedade, traficando e cometendo crimes bárbaros, mesmo diante das forças do Exército, que têm sido impotentes para competir, pelo menos, em igualdade com os poderes da criminalidade.
Os brasileiros precisam se conscientizar de que a segurança pública é dever constitucional do Estado, que tem obrigação de se aparelhar devidamente para cumprir com eficiência e eficácia a importantíssima função de proteger a sociedade, porque não passam das maiores insensatez e irresponsabilidade alguém tentar transferir para o povo, de goela abaixo, obrigação privativa do governo executar com os mecanismos e instrumentos que estão ao seu alcance, em especial os recursos que são arrecadados dos bestas do contribuintes para tal finalidade.
É preciso sim reformular as estruturas e conjunturas do Estado, porque tudo funciona precariamente, mas as medidas pertinentes dependem da vontade popular, a se saber que não à toa o poder emana do povo e em seu nome será exercido.
Basta que o povo diga que não concorda com a continuidade das políticas que estão sendo praticadas, na forma das ideias consolidadas nas coalizões espúrias e inescrupulosas, nos compadrios vergonhosos existentes nas alianças para a governabilidade, na indignidade de se prestigiar homens públicos implicados com a Justiça, como sendo verdadeiros salvadores da pátria, em evidente demonstração de complacência com a criminalidade absolutamente condenável, entre outras e tantas demonstrações de conformismo com a incompetência, ineficiência, omissão e irresponsabilidade administrativas, tudo em visível detrimento dos interesses nacionais e dos brasileiros.
Os brasileiros precisam, com urgência, tomar vergonha na cara, com o propósito de exigir revolução por parte dos homens públicos de caráter e dignidade, no sentido de reconhecerem as mazelas e as degenerações predominantes no Estado, para transformá-las em algo digno da grandeza do povo e das potencialidades do Brasil, em movimento de aperfeiçoamento e modernidade, principalmente na mentalidade dos atuais homens púbicos, que somente conseguem enxergar os próprios interesses, conforme mostram os fatos. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 21 de junho de 2018

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