Segundo
pesquisa Datafolha, o ex-presidente da República petista, embora preso, é o
pré-candidato ao Palácio do Planalto mais preparado para acelerar o crescimento
da economia do país, na avaliação de 32% de eleitores brasileiros entrevistados.
O
resultado da pesquisa se assemelha ao quadro geral de intenção de votos do
eleitor, com relação ao ex-presidente, sendo seguido pelo deputado federal
ultradireitista, com 15%, e a ambientalista, com 8%.
A
história mostra que o petista encerrou seu segundo mandato na Presidência da
República, com alta aprovação popular e taxa de crescimento do PIB de 7,6%, que
é o maior índice desde 1985, embora o governo petista, depois dele, levaria o
país a uma de suas mais graves crises social, econômica, política,
administrativa e democrática.
No
período de 2014 a 2016, a produção e a renda do país encolheram 8,2%. Neste
ano, o mercado estima crescimento em torno de 1,7%.
Para
reverter esse quadro de estagnação, o petista é apontado como favorito pelos
eleitores de todas as faixas etárias e regiões do país, mas, no Nordeste, onde
tradicionalmente tem maior aprovação, o petista é visto como a melhor solução para
a economia, sendo apontado por 51% dos entrevistados, contra apenas 8% do
segundo colocado, o deputado carioca.
Verifica-se
que a vantagem do petista diminui conforme aumentam a escolaridade e a renda
dos eleitores consultados.
No
grupo que possui apenas o ensino fundamental, ele atinge 37%, contra 9% do
deputado fluminense, mas ambos estão empatados, com 20%. entre os entrevistados
com nível de ensino superior.
Do
mesmo modo, o petista atingiu 40%, contra 11% do deputado carioca, no grupo com
renda mensal de até dois salários mínimos, enquanto a classe rica, com mais de
dez salários, o petista cai para terceiro, com 14%, atrás do deputado
fluminense, com 22%, e do tucano ex-governador de São Paulo, com 17%.
Nesse
grupo, o petista fica tecnicamente empatado com o ex-ministro da Fazenda do
atual governo, que foi citado por 12%.
O
petista, preso desde 7 de abril, ainda lidera a lista de intenção de voto para
o Palácio do Planalto, quando seu nome é incluído entre os pré-candidatos, com
a preferência de cerca de 30% dos entrevistados, embora a sua condição é de
inelegibilidade, por ter sido condenado por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, segundo o previsto na Lei da Ficha Limpa, mas, independentemente
disso seu partido insiste em manter a sua candidatura presidencial.
Ainda
de acordo com o Datafolha, a maioria da população acredita que o petista não
será candidato, tendo sido registrado 55% dos que acham que ele não tem
condições de participar do pleito eleitoral, mas há os que acreditam nessa
possibilidade, em torno de 40%.
A
evidência de que o petista não concorrerá no pleito presidencial não significa
que os entrevistados acreditem que ele não deveria ser candidato, porque a
pesquisa, nesse caso, constatou empate, com 48% entendendo que ele deveria ser
impedido de concorrer, enquanto 49% são favoráveis à participação dele na
campanha eleitoral.
Diante
dessa pesquisa, não é tão difícil assim de se entender o motivo pelo qual este
país, com a grandeza continental do Brasil, atravesse terríveis momentos de
crises profundas, em todos os segmentos da nacionalidade, com destaque para a
economia, a política e a prestação dos serviços essenciais à população, como saúde,
educação, segurança púbica, saneamento básico etc., quando, por meio de
pesquisa com reduzida quantidade de pessoas, pouco mais de duas mil, há o entendimento
de que político decadente, degenerado politicamente, diante da condenação à
prisão pela prática de atos contrários à probidade administrativa, seja aquele destacado
com melhores qualificações para tirar a economia do abismo e recuperá-la.
Em
que pesem as tormentas e as dificuldades pelas quais o país foi conduzido a
esse estado quase falimentar, em que os sistemas públicos de saúde, educação,
segurança e tudo o mais funcionam em extrema precariedade, é absolutamente
inadmissível que ainda se imagine recorrer a gente desse naipe para cuidar das
questões fundamentais dos brasileiros, tendo em vista os péssimos exemplos de indignidades
e de má administração dos recursos públicos, a exemplo do quase estado falimentar
da Petrobras, com a implementação nos seus cofres da maior roubalheira da
história republicana.
Se
houve algum surto de melhoria da economia no governo petista, isso realmente
ocorreu, à época, graças aos ventos benfazejos da economia mundial, que não
teve longa duração, porque o governo da sucessora do petista se traduziu em
verdadeiro fiasco, quando, a partir de então, a economia começou a despencar e
claudicar, descambando para a recessão, o desemprego gigantesco, a alta da
inflação, as taxas de juros nas alturas, a desindustrialização, a retirada do
capital estrangeiro, a falta de investimentos em obras públicas, o rombo nas
contas públicas, entre tantas outras mazelas que têm sido impossível a retomada
do caminho do desenvolvimento, por quem apenas demonstrou vontade política para
as questões de assistencialismo social, com viés nitidamente eleitoreiro, conforme
mostram os fatos.
É
preciso que os brasileiros tenham consciência de que as políticas de cunho
estritamente populista e demagógico são responsáveis por todas as mazelas que
grassam no país e a sua volta terá certamente o condão de enterrar de vez o
pouco de esperança que ainda resta, na expectativa de que possa surgir alguém
com capacidade, tirocínio e lucidez suficientemente à altura de compreender que
a grave situação do Brasil somente se resolve com a reformulação generalizada
das estruturas e conjunturas do Estado, de modo que sejam eliminadas as
práticas degenerativas até aqui implementadas pelos governos recentes, para que
novas ações governamentais, devidamente aperfeiçoadas e modernizadas nos moldes
da competência, eficiência, transparência, economicidade, sejam implantadas,
com a mentalidade absolutamente com aderência às finalidades estritamente
voltadas para a satisfação do interesse público, com embargos de políticas vinculadas
ao assistencialismo social visando à recompensa nas urnas, com vistas à
absoluta dominação das classes política e social e à conquista do poder, bem
assim à permanência nele, tudo em detrimento das causas nacionais, conforme
mostram os fatos. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 22 de junho de 2018
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