sexta-feira, 22 de junho de 2018

Por gestão de qualidade


Segundo pesquisa Datafolha, o ex-presidente da República petista, embora preso, é o pré-candidato ao Palácio do Planalto mais preparado para acelerar o crescimento da economia do país, na avaliação de 32% de eleitores brasileiros entrevistados. 
O resultado da pesquisa se assemelha ao quadro geral de intenção de votos do eleitor, com relação ao ex-presidente, sendo seguido pelo deputado federal ultradireitista, com 15%, e a ambientalista, com 8%.    
A história mostra que o petista encerrou seu segundo mandato na Presidência da República, com alta aprovação popular e taxa de crescimento do PIB de 7,6%, que é o maior índice desde 1985, embora o governo petista, depois dele, levaria o país a uma de suas mais graves crises social, econômica, política, administrativa e democrática.
No período de 2014 a 2016, a produção e a renda do país encolheram 8,2%. Neste ano, o mercado estima crescimento em torno de 1,7%. 
Para reverter esse quadro de estagnação, o petista é apontado como favorito pelos eleitores de todas as faixas etárias e regiões do país, mas, no Nordeste, onde tradicionalmente tem maior aprovação, o petista é visto como a melhor solução para a economia, sendo apontado por 51% dos entrevistados, contra apenas 8% do segundo colocado, o deputado carioca. 
Verifica-se que a vantagem do petista diminui conforme aumentam a escolaridade e a renda dos eleitores consultados. 
No grupo que possui apenas o ensino fundamental, ele atinge 37%, contra 9% do deputado fluminense, mas ambos estão empatados, com 20%. entre os entrevistados com nível de ensino superior.
Do mesmo modo, o petista atingiu 40%, contra 11% do deputado carioca, no grupo com renda mensal de até dois salários mínimos, enquanto a classe rica, com mais de dez salários, o petista cai para terceiro, com 14%, atrás do deputado fluminense, com 22%, e do tucano ex-governador de São Paulo, com 17%.
Nesse grupo, o petista fica tecnicamente empatado com o ex-ministro da Fazenda do atual governo, que foi citado por 12%.
O petista, preso desde 7 de abril, ainda lidera a lista de intenção de voto para o Palácio do Planalto, quando seu nome é incluído entre os pré-candidatos, com a preferência de cerca de 30% dos entrevistados, embora a sua condição é de inelegibilidade, por ter sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, segundo o previsto na Lei da Ficha Limpa, mas, independentemente disso seu partido insiste em manter a sua candidatura presidencial.
Ainda de acordo com o Datafolha, a maioria da população acredita que o petista não será candidato, tendo sido registrado 55% dos que acham que ele não tem condições de participar do pleito eleitoral, mas há os que acreditam nessa possibilidade, em torno de 40%. 
A evidência de que o petista não concorrerá no pleito presidencial não significa que os entrevistados acreditem que ele não deveria ser candidato, porque a pesquisa, nesse caso, constatou empate, com 48% entendendo que ele deveria ser impedido de concorrer, enquanto 49% são favoráveis à participação dele na campanha eleitoral.
Diante dessa pesquisa, não é tão difícil assim de se entender o motivo pelo qual este país, com a grandeza continental do Brasil, atravesse terríveis momentos de crises profundas, em todos os segmentos da nacionalidade, com destaque para a economia, a política e a prestação dos serviços essenciais à população, como saúde, educação, segurança púbica, saneamento básico etc., quando, por meio de pesquisa com reduzida quantidade de pessoas, pouco mais de duas mil, há o entendimento de que político decadente, degenerado politicamente, diante da condenação à prisão pela prática de atos contrários à probidade administrativa, seja aquele destacado com melhores qualificações para tirar a economia do abismo e recuperá-la.
Em que pesem as tormentas e as dificuldades pelas quais o país foi conduzido a esse estado quase falimentar, em que os sistemas públicos de saúde, educação, segurança e tudo o mais funcionam em extrema precariedade, é absolutamente inadmissível que ainda se imagine recorrer a gente desse naipe para cuidar das questões fundamentais dos brasileiros, tendo em vista os péssimos exemplos de indignidades e de má administração dos recursos públicos, a exemplo do quase estado falimentar da Petrobras, com a implementação nos seus cofres da maior roubalheira da história republicana.
Se houve algum surto de melhoria da economia no governo petista, isso realmente ocorreu, à época, graças aos ventos benfazejos da economia mundial, que não teve longa duração, porque o governo da sucessora do petista se traduziu em verdadeiro fiasco, quando, a partir de então, a economia começou a despencar e claudicar, descambando para a recessão, o desemprego gigantesco, a alta da inflação, as taxas de juros nas alturas, a desindustrialização, a retirada do capital estrangeiro, a falta de investimentos em obras públicas, o rombo nas contas públicas, entre tantas outras mazelas que têm sido impossível a retomada do caminho do desenvolvimento, por quem apenas demonstrou vontade política para as questões de assistencialismo social, com viés nitidamente eleitoreiro, conforme mostram os fatos.
É preciso que os brasileiros tenham consciência de que as políticas de cunho estritamente populista e demagógico são responsáveis por todas as mazelas que grassam no país e a sua volta terá certamente o condão de enterrar de vez o pouco de esperança que ainda resta, na expectativa de que possa surgir alguém com capacidade, tirocínio e lucidez suficientemente à altura de compreender que a grave situação do Brasil somente se resolve com a reformulação generalizada das estruturas e conjunturas do Estado, de modo que sejam eliminadas as práticas degenerativas até aqui implementadas pelos governos recentes, para que novas ações governamentais, devidamente aperfeiçoadas e modernizadas nos moldes da competência, eficiência, transparência, economicidade, sejam implantadas, com a mentalidade absolutamente com aderência às finalidades estritamente voltadas para a satisfação do interesse público, com embargos de políticas vinculadas ao assistencialismo social visando à recompensa nas urnas, com vistas à absoluta dominação das classes política e social e à conquista do poder, bem assim à permanência nele, tudo em detrimento das causas nacionais, conforme mostram os fatos. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 22 de junho de 2018

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