Ainda
sob o enfoque da trágica, precária e preocupante situação reinante na
desorganização no sistema de tráfego em Uiraúna, Paraíba, tive a oportunidade
de responder mais um importante lúcido e oportuno comentário, ainda no início
do mês de abril, quando escrevi algumas interessantes crônicas abordando
justamente esse tema, que foi considerado de suma importância para apenas
algumas pessoas, que pensam igualmente a mim e também concordam com o completo
desmazelo e a visível irresponsabilidade por parte das autoridades públicas
incumbidas legalmente da manutenção do caos ali dominante, sem a menor perspectiva
de alguma resposta saneadora.
Embora
eu tivesse respondido à importante mensagem da lavra da senhora Katarina, conforme
textos mostrados a seguir, minha intenção, na ocasião, era de tê-los transformados
em crônica, para o fim de constar de meu
livro, mas o tempo passou e somente agora foi possível que isso acontecesse,
para evidenciar, como fiz no artigo anterior, intitulado “Apelo à sensatez”,
que, transcorridos longos dias, a insensibilidade daquelas autoridades ainda permanece
intocável, insolente, a desafiar o bom senso e a razoabilidade.
À
toda evidência, é indiscutivelmente inacreditável que tamanho disparate ainda possa
existir, em pleno século XXI, causando visíveis e afrontosos transtornos à
sociedade, mas os órgãos de controle e fiscalização, em especial o Ministério
Público Federal, se mantêm travados e alheios diante do seu dever institucional
de, no mínimo, exigir explicação para o abusivo e desidioso descumprimento das
normas insculpidas no Código de Trânsito Brasileiro, que ainda caberiam
inabilitação para o exercício de cargos públicos, aplicação de multas, na confirmação
da observância legislação de regência, entre outras medidas coercitivas sobre a
necessidade do efetivo cumprimento do dever funcional e legal.
A mencionada conterrânea escreveu trecho, em
comentário a uma de minhas crônicas, vazado com expressões de pura sabedoria, tendo
anotado exatamente o seguinte texto: “Sabe-se
que há diversos e diferentes problemas que afetam a sociedade de forma geral.
Vale ressaltar que dentre os problemas que vem afetando a população Uiraunense
e circunvizinhas, a situação de acidentes no trânsito, bem como a violência
tornaram-se problemas gravíssimos, e que deveriam ser tratados com extrema
atenção pelas autoridades e pela população. Embora existam outros tantos
problemas que de um tempo para cá vêm aumentando em Uiraúna, a exemplo da
insegurança. A questão em relação ao trânsito da cidade é lamentável. É
preocupante a real atenção que os motoristas têm com os pedestres, embora a falta
de sinalização contribua com a maior parte do problema, e seja por essa razão a
maior causadora de acidentes. Claro que a população tem sua parte de culpa em
relação ao problema, porque infelizmente além da irresponsabilidade e atenção
que tem no trânsito calamos diante de diversas questões existentes, tanto em
nossa cidade como no Brasil, como todo. É preciso urgentemente a união da
sociedade e das autoridades responsáveis, para que a situação possa ser
resolvida de imediato!”.
Depois
de ler expressões tão autênticas, sinceras e tocantes como essas ditas pela
senhora Katarina, não posso deixar de externar sentimentos de alegria e de
ressonância às precisas e abrangentes opiniões, que são dignas de aplausos, por
refletirem muito do que existe de errado, não somente no trânsito de Uiraúna,
como ela expõe com propriedade, fato que se pode inferir que a população precisa
concordar com ela e deixar de ser eterna cúmplice com a irresponsabilidade refletida
na omissão e no descumprimento de obrigações do Estado, previstas em lei.
É
com muito prazer que felicito a prezada senhora Katarina, por sua exata
compreensão sobre tema de suma relevância para os uiraunenses, que, desculpem-me
a franqueza, precisam ter a dignidade para assumir enorme parcela de
responsabilidade e cumplicidade pela lástima que grassa no trânsito, juntamente
diante da indiscutível inércia das autoridades públicas incumbidas de zelar e
cuidar do tráfego de veículos em Uiraúna.
É
evidente que todos percebem e sentem, por ser cristalina, a tragédia que se
abate na constância do cotidiano, em que o flagelo acontece com muita
frequência, mas só resta único recurso irrecusável e imponderável, qual seja, a
lamentação quando acontece mais um triste acidente, normalmente com clamoroso
desfecho de mais caso que apenas é contabilizado nas estatísticas da história
negra da cidade, sem que haja punição para quem se omite e se esconde por trás
das suas incompetência e irresponsabilidade.
Nada
adianta a gente ficar malhando em ferro frio, quando a própria sociedade se
omite, não tendo coragem nem altivez para exigir o cumprimento de algo que
integra seus direitos primários e essenciais, permitindo que as suas tolerância
e covardia cívicas nutram ainda mais as extremadas inércia, omissão e
irresponsabilidade, escancaradas, encarnadas, transparentes ínsitas naquelas
autoridades, que não têm o mínimo de sensatez nem dignidade para dizer à
sociedade o porquê das notórias desorganização e desestruturação do sistema de
tráfego da cidade, cuja fragilidade é extremamente pernicioso para a própria
comunidade.
As
notórias e estúpidas falhas no trânsito da cidade são vergonhosas à vista de visitantes,
em especial para quem está acostumado a conviver com o trânsito com o mínimo de
civilidade e humanização, ficando a lamentar como povo tão maravilhoso e
evoluído ainda é tão insensível, a ponto de se submeter à situação tão
deprimente e absurda, ao aceitar passivamente que o trânsito da sua cidade
esteja ano-luz da atualidade que precisa estar, em termos do indissociável respeito
às normas de trânsito.
Na
verdade, é inadmissível que, no contexto atual, à vista da modernização
propiciada pela normal evolução humana, a apresentar fase bastante avançada dos
conhecimentos e mecanismos sociais, não é preciso muito esforço de reflexão para
se conscientizar o povo sobre a urgente necessidade de ser transmitido aos seus
representantes políticos que a organização do tráfego de veículos de Uiraúna é
ação essencial eleita para ser urgentemente saneada, com vistas à satisfação do
bem comum, de incumbência constitucional e legal do Estado.
Diante
do exposto, concito meus conterrâneos a fazerem avaliação e se conscientizarem sobre
o que é realmente melhor para a comunidade de Uiraúna, se a permanência da atual
situação caótica e nefasta do sistema do tráfego de veículos ou se é preferível
brigar, no bom sentido, em defesa de causa justa, no sentido de se exigir que as
autoridades públicas incumbidas do dever legal de zelar e cuidar da integridade
e segurança do trânsito cumpram o seu dever funcional e legal, com a devida urgência
e em consonância com o melhor sentimento de respeito ao salutar princípio da
civilidade, que precisa imperar no trânsito da cidade, em benefício da vida, em
termos de proteção e segurança. Acorda, Uiraúna!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 1º de junho de 2018
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