Em condições ainda vagas e com compromissos que
ficaram de fora do papel, o presidente dos Estados Unidos e o ditador
norte-coreano, em reunião histórica, assinaram, em Singapura, acordo que prevê
a desnuclearização da península Coreana, no qual os dois países se comprometem
à "paz e prosperidade" na
região.
No documento, há sinalização de compromisso com o fim
às armas nucleares, feito pelo norte-coreano no final de abril, em uma reunião
com a Coreia do Sul, mas não foram estabelecidas, por enquanto, medidas concretas
em rumo definitivo à tão sonhada desnuclearização.
Um dos principais itens do combinado entre os
citados presidentes, a destruição de um local de testes de mísseis nucleares,
foi obtido após a assinatura final, segundo o americano e ficou de fora do
documento divulgado pelos dois países.
Segundo o presidente americano, as sanções
econômicas contra a Coreia do Norte permanecem vigentes, até que sejam efetivadas
medidas concretas sobre a desnuclearização, enquanto o esperado término oficial
da Guerra da Coreia, que divide a península coreana há quase 70 anos, não foi
anunciado, desta vez.
O presidente norte-americano ressaltou que o
momento era "histórico" e
que inaugurava "um novo capítulo na
história nas nações", mas reconheceu que é o início de um processo e
disse que "não há como garantir tudo.
Eu apenas sinto, muito fortemente, que
eles querem fazer um acordo. É isso
que eu faço. Minha vida toda foi de negociação. Isso é o meu negócio.".
Em troca do compromisso de desnuclearização, os EUA
se comprometeram a interromper os exercícios militares aéreos conjuntos com a
Coreia do Sul, na fronteira dos países.
O presidente americano reconheceu que "Em primeiro lugar, é tremendamente caro. E
segundo, é uma situação muito provocadora. Diante das circunstâncias de que estamos negociando um acordo bastante
abrangente, (abandonar os exercícios militares) é algo que eles (Coreia do Norte) apreciaram bastante.".
O presidente americano disse que abordou, “de forma muito leve”, o fato de o
ditador sufocar a oposição e deter centenas de presos políticos em campos
forçados, em comparação ao tema das armas nucleares, principal foco do
encontro.
Alegando que ainda não se pode precisar quanto
tempo levará à completa desnuclearização prometida pelo ditador, o americano
reconheceu que é preciso grande esforço para desmobilizar arsenal como o
norte-coreano, e que há impeditivos "científicos
e mecânicos" para que isso seja feito o quanto antes, mas é certo que
os EUA irão fazer, in loco,
verificações do compromisso da desnuclearização, com uma equipe de observadores
americanos e internacionais. Com informações da Folhapress.
Pouco
importa se a principal potência mundial tenha se ajoelhada aos pés do
sanguinário ditador presidente da Coreia do Norte, que comanda com mão-de-ferro
possivelmente uma das nações mais pobres e atrasadas do planeta, porque, nesse
caso, os fins justificam perfeitamente os meios, que são a negociação
objetivando à conquista da paz mundial, em especial por meio da
desnuclearização, cujos projetos nucleares desenvolvidos pelo país asiático
vinham ameaçando seriamente a tranquilidade não somente do continente, mas sim
do planeta.
Apesar
de o presidente norte-americano já ter demonstrado que não é lá muito chegado
ao bom senso e à racionalidade nas relações diplomáticas internacionais, ou
seja, ele não é muito de aderir facilmente aos fundamentais princípios de
equilíbrio e respeito mútuo, nesse episódio, ele teve outra postura e poderá
gravar seu nome, de forma indelével, nos anais da história mundial, como
notável estadista, caso consiga a implementação de acordo definitivo de paz com
a Correia do Norte, que deixa de ser nação de permanente ameaça à paz mundial.
Também
tem muito pouca importância que o presidente norte-americano esteja em louca
perseguição ao prêmio Nobel da Paz, pelo qual já demonstrou que é fissurado,
porque isso não seria possível de outra maneira tão altruísta como essa que se
oferece com a aproximação com o presidente maluquinho norte-coreano.
O
encontro ocorrido entre as referidas autoridades podem convergir para, no futuro,
ser possível selar o definitivo sinete da paz, em que pese não haver nem
rumores da mínima participação do principal organismo incumbido de promover a
concórdia e a união entre as nações, no caso, a Organização das Nações Unidas -
ONU, que se mantém equidistante das negociações iniciadas entre as duas nações
que, enfim, acabaram de dá importantes passos para que seja possível que a
história mundial possa ser escrita com as letras azuis da paz celestial. Acorda,
Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 16 de junho de 2018
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