sábado, 16 de junho de 2018

O azul da paz celestial?


Em condições ainda vagas e com compromissos que ficaram de fora do papel, o presidente dos Estados Unidos e o ditador norte-coreano, em reunião histórica, assinaram, em Singapura, acordo que prevê a desnuclearização da península Coreana, no qual os dois países se comprometem à "paz e prosperidade" na região.
No documento, há sinalização de compromisso com o fim às armas nucleares, feito pelo norte-coreano no final de abril, em uma reunião com a Coreia do Sul, mas não foram estabelecidas, por enquanto, medidas concretas em rumo definitivo à tão sonhada desnuclearização.
Um dos principais itens do combinado entre os citados presidentes, a destruição de um local de testes de mísseis nucleares, foi obtido após a assinatura final, segundo o americano e ficou de fora do documento divulgado pelos dois países.
Segundo o presidente americano, as sanções econômicas contra a Coreia do Norte permanecem vigentes, até que sejam efetivadas medidas concretas sobre a desnuclearização, enquanto o esperado término oficial da Guerra da Coreia, que divide a península coreana há quase 70 anos, não foi anunciado, desta vez.
O presidente norte-americano ressaltou que o momento era "histórico" e que inaugurava "um novo capítulo na história nas nações", mas reconheceu que é o início de um processo e disse que "não há como garantir tudo. Eu apenas sinto, muito fortemente, que eles querem fazer um acordo. É isso que eu faço. Minha vida toda foi de negociação. Isso é o meu negócio.".
Em troca do compromisso de desnuclearização, os EUA se comprometeram a interromper os exercícios militares aéreos conjuntos com a Coreia do Sul, na fronteira dos países.
O presidente americano reconheceu que "Em primeiro lugar, é tremendamente caro. E segundo, é uma situação muito provocadora. Diante das circunstâncias de que estamos negociando um acordo bastante abrangente, (abandonar os exercícios militares) é algo que eles (Coreia do Norte) apreciaram bastante.".
O presidente americano disse que abordou, “de forma muito leve”, o fato de o ditador sufocar a oposição e deter centenas de presos políticos em campos forçados, em comparação ao tema das armas nucleares, principal foco do encontro.
Alegando que ainda não se pode precisar quanto tempo levará à completa desnuclearização prometida pelo ditador, o americano reconheceu que é preciso grande esforço para desmobilizar arsenal como o norte-coreano, e que há impeditivos "científicos e mecânicos" para que isso seja feito o quanto antes, mas é certo que os EUA irão fazer, in loco, verificações do compromisso da desnuclearização, com uma equipe de observadores americanos e internacionais. Com informações da Folhapress. 
Pouco importa se a principal potência mundial tenha se ajoelhada aos pés do sanguinário ditador presidente da Coreia do Norte, que comanda com mão-de-ferro possivelmente uma das nações mais pobres e atrasadas do planeta, porque, nesse caso, os fins justificam perfeitamente os meios, que são a negociação objetivando à conquista da paz mundial, em especial por meio da desnuclearização, cujos projetos nucleares desenvolvidos pelo país asiático vinham ameaçando seriamente a tranquilidade não somente do continente, mas sim do planeta.
Apesar de o presidente norte-americano já ter demonstrado que não é lá muito chegado ao bom senso e à racionalidade nas relações diplomáticas internacionais, ou seja, ele não é muito de aderir facilmente aos fundamentais princípios de equilíbrio e respeito mútuo, nesse episódio, ele teve outra postura e poderá gravar seu nome, de forma indelével, nos anais da história mundial, como notável estadista, caso consiga a implementação de acordo definitivo de paz com a Correia do Norte, que deixa de ser nação de permanente ameaça à paz mundial.
Também tem muito pouca importância que o presidente norte-americano esteja em louca perseguição ao prêmio Nobel da Paz, pelo qual já demonstrou que é fissurado, porque isso não seria possível de outra maneira tão altruísta como essa que se oferece com a aproximação com o presidente maluquinho norte-coreano.
O encontro ocorrido entre as referidas autoridades podem convergir para, no futuro, ser possível selar o definitivo sinete da paz, em que pese não haver nem rumores da mínima participação do principal organismo incumbido de promover a concórdia e a união entre as nações, no caso, a Organização das Nações Unidas - ONU, que se mantém equidistante das negociações iniciadas entre as duas nações que, enfim, acabaram de dá importantes passos para que seja possível que a história mundial possa ser escrita com as letras azuis da paz celestial. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 16 de junho de 2018

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