Em campanha eleitoral na cidade de Goiânia,
capital de Goiás, o candidato do PDT fez discurso, frise-se, tendo como
principal objetivo o combate ao “militarismo”,
ao “radicalismo” e à “cultura do ódio”.
Não
obstante, na conclusão do seu pronunciamento, o mencionado candidato atacou, de
forma extraordinariamente violenta e insensata, o candidato que se encontra
hospitalizado e é o líder das intenções de voto, segundo as pesquisas
pertinentes, com xingamento duríssimo, que não condiz com os comezinhos princípios
de civilidade e racionalidade.
Segundo o jornal O Globo, a ofensa do
presidenciável pedetista ocorreu depois que um suposto apoiador do presidenciável
carioca ter subido em um carro de som ao lado do carro do pedetista, que,
incontinenti, chamou o ex-capitão de “nazista
filho da p...”.
O
presidenciável pedetista teria afirmado “O
que é isso aí? Uma camiseta? Me dá aqui. Olha o que é a cultura de ódio. Um
bobinho, que não tem culpa de nada, acabou de criar uma confusão trazendo uma
camisa do adversário aqui dentro. Por quê? Porque, por ele, fanático como é,
que nem o doido que enfiou a faca nele, acha que política deve resolvida assim.
Paciência com ele. Tenham paciência com ele. Ele não é culpado de nada. Ele é
só vítima desse nazista filho da p...!”.
A
referida camiseta tinha desenhado o número 17, que vai figurar na urna,
representando o presidenciável fluminense.
Em termos de violência, parece que já está bastante
evidenciado quem tem sido vítima da efetiva violência, inclusive com a maior
delas, que foi a agressão contra a sua vida, e agora com essa fragorosa atitude
absolutamente despropositada e insensata do pedetista, a mostrar que as
recrimináveis violências e agressões têm servido apenas como estopim para a
implosão do “radicalismo” e da “cultura do ódio”, que, de forma incoerente era combatida,
evidentemente apenas da língua para fora, pelo autor de indesculpável violência
verbal.
Em princípio, nos países sérios e civilizados, em termos
políticos e democráticos, quem se propõe a ser presidente da República, para
representar uma nação, um povo, além de mostrar possuir dignidade próprio de autêntico
homem público de bem, honrado, educado, preparado como gestor público, precisa
se preocupar com a apresentação, da melhor maneira possível, com a devida
coerência com os conceitos de factibilidade econômico-financeira, de planos detalhados
de governo, com embargo do sentimento degenerativo da tentativa de denegrir a
imagem de adversários ao cargo, principalmente por motivo estritamente de
competição eleitoral, porque isso apenas evidencia a sua personalidade de nível
indiscutivelmente incompatível com a relevância da República.
Nos
países com o mínimo de seriedade e civilidade, os candidatos se esmeram em se
apresentar aos eleitores com a compostura digna e honrada à altura da
relevância do cargo para o qual pretendem se eleger, além de mostrar ao mundo
que têm absoluta consciência do que seja respeito aos seus adversários, que
estão disputando em iguais condições o mesmo cargo.
É
absolutamente inadmissível que qualquer candidato, por pior que seja a
motivação, possa denigrir a imagem pública de seu concorrente, porque isso
somente depõe negativamente por parte de quem desfere tamanha ofensa moral,
diante da demonstração de que a sua formação pessoal, humanitária e de
cidadania ainda não conseguiu alcançar o mínimo de civilidade necessária para
ser representante de uma nação das grandezas econômica, política e social como a
do Brasil, cujo povo já foi bastante vilipendiado e maltratado por governos
assolados por mentiras, incompetências, precariedades, corrupção, entre tantas
depredações político-administrativas que não condizem com a modernidade e os
avanços da ciência e da tecnologia.
À
toda evidência, os brasileiros já bem merecem ser comandados por estadista que,
além de preparo para a gestão de recursos públicos, tenha as melhores condições
de honradez, equilíbrio, sensibilidade, sensatez e principalmente compreensão
do que seja o exercício do nobilitante cargo de presidente da República.
Não se pode desconhecer que a primordial
função do presidente do país é de dirigir os interesses dos brasileiros e não do
pessoal integrante da sua facção que concorda com despropositados, desumanos e
deselegantes xingamentos, absolutamente gratuitos e agressivos, nas circunstâncias,
certamente feitos para agradá-la em troca de alguns votos, que poderiam ser
muito mais expressivos se, ao contrário, a sua conduta como homem público fosse
apenas de compreensão e respeito ao ser humano, diante do momento político,
como forma de mostrar equilíbrio psicológico e controle da situação, em
ambiente de serenidade como recomendável pela cartilha dos políticos dignos e
honrados, para que eles, em reciprocidade, possam merecer o devido respeito
como cidadão.
É
evidente que a atitude de desprezo e agressão de candidato contra seu
adversário político, na forma irracional e inconveniente como protagonizada
pelo presidenciável pedetista, somente tem o condão de atrair alguns votos
daqueles que apenas pensam igualmente como ele, mas, em compensação, muitos de
seus eleitores e de outros indecisos, com a mínima conscientização sobre o
conceito do autêntico estadista, que precisa prezar os princípios de
urbanidade, civilidade e humanidade, como forma de natural liderança político-social,
certamente que vão se distanciar de candidato que vem se consolidando como
pessoa genuinamente coerente com o seu pensamento troglodita de agressividade,
desrespeito ao seu semelhante e sentimento inconsequente quanto aos seus atos
alienantes e abomináveis, como se isso fosse comportamento absolutamente
natural e normal da civilização.
Convém
que as pessoas percebam que a humanidade já ultrapassou, há séculos, a
ignorância da idade paleolítica de incompreensão e de disputas territoriais, exclusivamente
pela defesa da sobrevivência, estando agora na era das conquistas e da evolução
a serviço e em benefício dos povos modernos e igualmente avançados, que
precisam primar pelos sentimentos de compreensão, harmonia e amor, inclusive
nas disputas político-eleitorais, em que todos precisam se conscientizar sobre
a necessidade do respeito mútuo, como cristalina demonstração de que a evolução
dos homens tem enorme importância para que as relações sociais sejam
aperfeiçoadas e consolidadas, repita-se, também no seio dos políticos
tupiniquins. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 23 de setembro de 2018
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