terça-feira, 4 de setembro de 2018

Chega de palhaçada


Após dizer que não iria se candidatar, ocasião onde teceu duras críticas às atividades e aos trabalhos legislativos, englobando a incômoda companhia de seus pares, com afirmações que demonstravam o sentimento de desconfortabilidade no ambiente de trabalho na Câmara dos Deputados, o desatinada deputado federal Tiririca, por São Paulo, apareceu agora na propaganda eleitoral na TV, brincando de adivinhação com o eleitorado, evidentemente na tentativa de ganhar votos à sua reeleição à Câmara.
Ele apareceu na tela da televisão com as mãos cobrindo o rosto e pronunciou a seguinte frase: "Adivinha quem voltou? Duvido você adivinhar", como quem estivesse zombando do eleitor, que não deveria passar por tamanho constrangimento de pagar pelo programa eleitoral, para ouvir um palhaço enganador a dizer pura bobagem.
O parlamentar-palhaço ainda brincou com a falsa desistência, referida na inicial, tendo afirmado que "Eu enganei você", ao pedir para avisar ao povo, obviamente aos bestas dos eleitores dele, que é "Tiririca de novo" e, em seguida, ele encerra o vídeo dançando, em autêntica palhaçada que até consegue angariar votos de eleitores sem graça.
O povo precisa se conscientizar de que palhaço e outros atores assemelhados não foram feitos para cuidarem de coisa séria, como legislar e defender os interesses da sociedade, porquanto é chegado o momento para os eleitores entenderem que a melhor escolha de seus representantes políticos precisa passar pelo critério da seriedade e das responsabilidades cívica e patriótica.
Ou seja, o palhaço em tela protagoniza exatamente o ridículo da sua participação parlamentar, por ter a honestidade do reconhecimento que não teve condições para produzir absolutamente nada enquanto esteve na Câmara, mas foi bastante digno em afirmar que sentia tédio em permanecer em local onde se sentia inútil, por não conseguir interagir como gostaria nem produzir nada de útil, tendo também aproveitado para denunciar o desperdício de recursos públicos, que tem sido jogado pelo ralo, quando quantidade absurda de 513 deputados não consegue justificar a fortuna do dinheiro público gasta com a manutenção do Parlamento reconhecidamente aquém da sua utilidade para a população.
O palhaço leva a sério as suas brincadeiras, aproveitando seu dom artístico para driblar as crises, inclusive as política e social, enquanto o povo leva na brincadeira o que é muito sério, quando se digna a dar apoio político a artista que até pode ser competente no desempenho de suas atividades circenses, mas, nas funções legislativas, já demonstrou péssimas qualidades como ator trapalhão.
Nesse caso, certamente que o pior palhaço não é o profissional dublê de deputado, porque ele está sendo sincero no papel ridículo como parlamentar, mas sim os bestas dos eleitores que, mesmo sabendo que se trata de espetáculo protagonizado por palhaço que tira sarro o tempo todo com a ingenuidade dos otários que ainda tão atenção e não se envergonham em votar em quem já demonstrou a sua total inutilidade, em confirmação da existência de instituição chamada Casa do Povo, que precisa ser composta por dignos representantes da população, como forma de se levar a sério, em termos de representação popular, o seu importante papel de legislar em benefício do interesse público.
Diante de tantas experiências desastrosas, malsucedidas e prejudiciais ao interesse da população, urge que as atividades legislativas sejam devidamente aperfeiçoadas e aprimoradas, mas, para tanto, compete ao povo se conscientizar sobre a real necessidade de votar em pessoas sérias, competentes e responsáveis, tendo como compromisso o trabalho legislativo voltado para a solução das questões relacionadas com o interesse da população, evidentemente com o devido repúdio às gracinhas e às brincadeiras, que até podem ser sérias, mas a sua validade já expirou e o Brasil tem carência de gente da maior seriedade, como forma do empreendimento de mudanças que possam contribuir para o verdadeiro desenvolvimento socioeconômico. Acorda, Brasil!
Brasília, em 4 de agosto de 2018

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