Após dizer que não iria se candidatar, ocasião
onde teceu duras críticas às atividades e aos trabalhos legislativos,
englobando a incômoda companhia de seus pares, com afirmações que demonstravam
o sentimento de desconfortabilidade no ambiente de trabalho na Câmara dos
Deputados, o desatinada deputado federal Tiririca, por São Paulo, apareceu agora
na propaganda eleitoral na TV, brincando de adivinhação com o eleitorado,
evidentemente na tentativa de ganhar votos à sua reeleição à Câmara.
Ele
apareceu na tela da televisão com as mãos cobrindo o rosto e pronunciou a seguinte
frase: "Adivinha quem voltou? Duvido você adivinhar", como quem
estivesse zombando do eleitor, que não deveria passar por tamanho constrangimento
de pagar pelo programa eleitoral, para ouvir um palhaço enganador a dizer pura
bobagem.
O
parlamentar-palhaço ainda brincou com a falsa desistência, referida na inicial,
tendo afirmado que "Eu enganei você",
ao pedir para avisar ao povo, obviamente aos bestas dos eleitores dele, que é
"Tiririca de novo" e, em
seguida, ele encerra o vídeo dançando, em autêntica palhaçada que até consegue
angariar votos de eleitores sem graça.
O
povo precisa se conscientizar de que palhaço e outros atores assemelhados não
foram feitos para cuidarem de coisa séria, como legislar e defender os
interesses da sociedade, porquanto é chegado o momento para os eleitores
entenderem que a melhor escolha de seus representantes políticos precisa passar
pelo critério da seriedade e das responsabilidades cívica e patriótica.
Ou
seja, o palhaço em tela protagoniza exatamente o ridículo da sua participação parlamentar,
por ter a honestidade do reconhecimento que não teve condições para produzir absolutamente
nada enquanto esteve na Câmara, mas foi bastante digno em afirmar que sentia
tédio em permanecer em local onde se sentia inútil, por não conseguir interagir
como gostaria nem produzir nada de útil, tendo também aproveitado para
denunciar o desperdício de recursos públicos, que tem sido jogado pelo ralo,
quando quantidade absurda de 513 deputados não consegue justificar a fortuna do
dinheiro público gasta com a manutenção do Parlamento reconhecidamente aquém da
sua utilidade para a população.
O
palhaço leva a sério as suas brincadeiras, aproveitando seu dom artístico para
driblar as crises, inclusive as política e social, enquanto o povo leva na
brincadeira o que é muito sério, quando se digna a dar apoio político a artista
que até pode ser competente no desempenho de suas atividades circenses, mas,
nas funções legislativas, já demonstrou péssimas qualidades como ator
trapalhão.
Nesse
caso, certamente que o pior palhaço não é o profissional dublê de deputado,
porque ele está sendo sincero no papel ridículo como parlamentar, mas sim os
bestas dos eleitores que, mesmo sabendo que se trata de espetáculo
protagonizado por palhaço que tira sarro o tempo todo com a ingenuidade dos
otários que ainda tão atenção e não se envergonham em votar em quem já
demonstrou a sua total inutilidade, em confirmação da existência de instituição
chamada Casa do Povo, que precisa ser composta por dignos representantes da
população, como forma de se levar a sério, em termos de representação popular,
o seu importante papel de legislar em benefício do interesse público.
Diante
de tantas experiências desastrosas, malsucedidas e prejudiciais ao interesse da
população, urge que as atividades legislativas sejam devidamente aperfeiçoadas
e aprimoradas, mas, para tanto, compete ao povo se conscientizar sobre a real
necessidade de votar em pessoas sérias, competentes e responsáveis, tendo como
compromisso o trabalho legislativo voltado para a solução das questões
relacionadas com o interesse da população, evidentemente com o devido repúdio
às gracinhas e às brincadeiras, que até podem ser sérias, mas a sua validade já
expirou e o Brasil tem carência de gente da maior seriedade, como forma do
empreendimento de mudanças que possam contribuir para o verdadeiro
desenvolvimento socioeconômico. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 4 de agosto de 2018
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