quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Insensibilidade política


O candidato do PDT à Presidência da República disse que o presidenciável do PT "não conhece o Brasil", tendo aproveitado para questionar se ele "vai dar conta de proteger o Brasil do avanço do nazismo", em referência ao candidato ao Palácio do Planalto pelo PSL.
O candidato pedetista teceu duras críticas ao presidenciável petista, ao dizer que "Será que o camarada que acabou de perder a reeleição em São Paulo vai dar conta de proteger o Brasil do avanço do nazismo, do fascismo, do extremismo militarista? Esse é o problema. É um projeto de militarismo, de extremismo, de violência, de segregação dos negros, de segregação dos índios, de segregação e hostilidade das mulheres, de violência contra a população LGBTI".            
O pedetista acrescentou o seguinte: "Eu sustento que Haddad não conhece o Brasil, sem desmerecê-lo como pessoa, e acredito que o Brasil não aguenta mais inexperiência. Não é por causa dele, é porque o Brasil está completamente ameaçado de um salto no escuro nazifascista. As palavras do Mourão, vice do Bolsonaro, não permite ninguém mais ser ingênuo (sic).", em referência ao que disse o general da reserva, assim: “herança da indolência e da malandragem oriunda dos índios e dos africanos foi um mal-entendido.”.
O presidenciável petista rebateu, incontinente, as críticas do pedetista, afirmando que "Ciro é meu amigo. Nós pertencemos ao mesmo campo, mas, às vezes, nós temos conceitos diferentes. Força pra mim de um presidente se dá por duas questões. A primeira é firmeza e a segunda é autocontrole. Você tem que ter essas duas qualidades pra presidir o país. Firmeza de propósitos, mas muito autocontrole, pra evitar provocação. Então eu sou uma pessoa firme e controlada, porque sei dos desafios que tão pela frente, mas também representou um projeto que expressa os anseios da grande maioria da população, que é voltar, o Brasil voltar a ser feliz de novo.".
Por perceber que seus planos aos Palácio do Planalto estão indo para o espaço sideral, com o crescimento da candidatura do petista, o presidenciável pedetista esboça pensamentos alucinógenos, na tentativa de mostrar que o seu jeito estabanado de candidato “maluquinho” e inconsequente, que se acha o único sábio e equilibrado na política tupiniquim, com capacidade para consertar o mundo, dando a entender que o restante dos candidatos são deficientes, incompetentes e até prejudiciais aos interesses nacionais, por não saberem defende-los das investidas da facção nazifascista.
Não fosse a sua falta de firmeza e personalidade política, por visíveis interesse e conveniência político-eleitoreiros, especialmente demonstrada com relação às suas pretensões frustradas de se aliar ao PT, que simplesmente o exortou de suas proximidades pelo Morubixaba da agremiação, que bateu com a porta na cara dele, fazendo com que o pedetista deixasse de conquistar muitos votos da legenda, o presidenciável pedetista até que poderia ter o mínimo de credibilidade junto aos brasileiros, mas os eleitores sabem muito bem que as suas provocações não passam de manifestação de desespero sem causa, diante da repentina perda da segunda posição na preferência dos eleitores, porque isso pode tirar dele as chances da disputa do segundo turno, que ele já achava que estava consolidada.
Não tem o menor cabimento que ele afirme que o petista não "vai dar conta de proteger o Brasil do avanço do nazismo", em referência à candidatura do deputado federal carioca pelo PSL, eis que essa acusação pode ser tão leviana quanto à de se afirmar que a disputa estaria agora polarizada entre o nazismo e o socialismo/comunismo, representado pelo candidato ocupante do segundo colocado, tem como bandeira de campanha a ideologia socialista, cujo governo, de triste e lamentável lembrança, foi extremamente desastroso para os brasileiros, à vista de ter conseguido conduzir o Brasil, com as suas grandezas econômicas e sociais, para onde jamais deveria ter ido, de absoluta penúria administrativa.
A verdade é que o partido dele e o PT têm como princípio exatamente o regime socialista, que já demonstrou, no passado recente, no Brasil, inclusive respaldo pelo clássico e decepcionante exemplo da Venezuela, que não seria nada interessante para os interesses dos brasileiros a sua volta, à vista da desastrosa gestão que foi afastada da Presidência da República sob o rastro da degeneração e do caos impregnados, em especial, na economia.
Com a gestão petista, o Brasil chegou à terrível recessão econômica e ainda sobrelevando os alarmantes indicadores, marcados que foram pelos piores resultados possíveis, quando a inflação beirava aos dois dígitos (hoje está em torno de 3,5% a.a.), as taxas de juros se aproximavam de 15% a.a. (hoje está em 6,5% a.a.), o desemprego extrapolou os 12 milhões de pessoas (que aumentou, porque a melhora da economia não foi capaz de recuperar de imediato o emprego), não havia recursos para investimentos em obras, devido à brusca queda da arrecadação, entre muitas mazelas que não seriam recomendáveis que governo com a marca do socialismo voltasse tão cedo a comandar o Brasil, diante da indiscutível demonstração de incompetência, deficiência e principalmente da irresponsabilidade fiscal, quando os rombos nas contas públicas deixaram marcas de difícil recuperação, em curto e médio prazos.
À toda evidência, sob a avaliação fria, sincera e honesta, em termos de bom senso e razoabilidade, não passa de pensamento pueril e insignificante alguém, na indiscutível tentativa de destruir exatamente os dois candidatos que estão na sua dianteira à disputa presidencial, acusá-los de possuidores de predicativos os mais absurdos e depreciativos possíveis, justamente com a finalidade de afastamento deles de seus eleitores, pelos motivos evidentemente de descrédito moral, em ambos os casos, não sabendo o acusador de que essa maneira irresponsável e desonesta de crítica, sem prova de absolutamente nada, não passa de candidato que já se considera derrotado, diante do reconhecimento de que seus frágeis argumentos foram incapazes para a construção de candidatura confiável e verdadeira, não merecendo o apoio dos eleitores.
Não há a menor dúvida de que as críticas infundadas, injustas e irresponsáveis do pedetista são absolutamente justificáveis sob o prisma de quem já se julga derrotado, na certeza de que não tem mais condições da disputa com base em elementos limpos e autênticos, próprios dos contendores cônscios sobre o respeito aos saudáveis princípios republicano e democrático, como fazem os homens públicos das nações sérias e civilizadas, que são incapazes de maltratar seus adversários por meio de sentimentos e ardis visivelmente indevidos e indignos, como esses utilizados pelo desesperado presidenciável pedetista.
Os brasileiros precisam aproveitar o processo eleitoral em curso para melhor avaliação sobre os candidatos que demonstram, pelo menos, o mínimo de equilíbrio e capacidade administrativa dos negócios de interesse do povo, de modo que o seu perfil de estadista possa ter entrosamento entre os seus objetivos políticos e as gigantescas responsabilidades próprias de nação continental como o Brasil, que não pode ficar à mercê de homem público cujo comportamento oscila nas ondas dos interesses e das conveniências claramente pessoais, em detrimento dos sentimentos de brasilidade e patriotismo. Acorda, Brasil!
Brasília, em 20 de setembro de 2018

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