Com base na minha crônica intitulada “Chega de
palhaçada”, onde há denúncia e incontido inconformismo contra as malévolas
participações de maus políticos, inclusive palhaços e outros pseudopolíticos
nas atividades próprias de pessoas com o mínimo de dignidade e competência,
muitas seguidores concordaram em que somente a conscientização e a vontade do
povo são capazes de banir os aproveitadores e os inescrupulosos da vida
pública, afastando-os desse importante encargo de representante do povo, como
forma necessária da purificação e da moralização do sistema político-eleitoral
brasileiro.
Como destaque dessas manifestações, trago à baila e
transcrevo abaixo oportuno texto desenvolvido por competente conterrâneo, que
tem demonstrado extrema preocupação com a caótica situação política brasileira,
da lavra do ilustre mestre Xavier Fernandes, que nos brindou com essa brilhante
mensagem, rica de alertas e ensinamentos, por refletir um pouco das mazelas que
têm sido causadoras dos obstáculos ao aperfeiçoamento do sistema
político-administrativo do Brasil.
Eis o supracitado texto: “Realmente, a sua análise (referência ao texto citado na inicial) ilustra com muita eficiência e brilhantismo
o momento difícil e complicado que vivemos no nosso país, quando temos em
vistas uma eleição totalmente atípica. Com candidatos sui generis, coisa que
nos deixa atônitos, quase sem acreditar mais em nada. Palhaços, corruptos,
presidiários manipulando a opinião pública que, sinceramente, perdeu o senso
crítico. Já não sabe separar o joio do trigo, optando pelo pior, pelo que é
mais prejudicial ao país, movida por paixões doentias alienantes, como uma
epidemia da cegueira..., onde a nossa Justiça maior perdeu a autoridade, o
respeito, a anarquia e a desobediência às determinações e à própria Constituição,
que foram jogadas na lata do lixo... Tiririca brinca e chateia do povo, porque
está vendo que o povo não merece respeito, e que com suas piadas bizarras pode
conquistar milhões de eleitores que acham que o voto é brincadeira, uma piada..
Isso é perigoso. Todo esse quadro que presenciamos é preocupante... E o pior
que essa turma totalmente sem competência tem o apoio de grande parte do
eleitorado brasileiro. Eis aí as pesquisas de opinião pública... O Brasil está
em risco, em perigo... Temo pelo amanhã e ver tudo virar um caos... E os
cidadãos de bem, honestos, trabalhadores que querem e defendem um país justo, serem
penalizados e pagar caro o preço da anarquia e responsabilidade dos revoltados
socialistas fanáticos ... Pobre Nação à beira da berlinda, à deriva, sem
rumo... Para onde vamos nessa nau desse mar revolto?”.
Como não poderia ser diferente, em resposta ao
fantástico comentário visto acima, fui induzido automaticamente a parabenizar
seu autor, pelo elástico sentido patriótico e cívico como bem reflete a mensagem, com a devida clareza, em termos de brasilidade,
mostrando exatamente a insensatez de muitos brasileiros que chegaram a perder o
amor e o respeito pelas coisas mais sublimes, descambando em defesa de comezinhos
princípios de cidadania e de pátria, quando eles insistem em prestar apoio a
políticos visivelmente desqualificados e desmoralizados, à luz dos conceitos de
idoneidade, honorabilidade, dignidade, entre outros sentimentos de apego aos
bons costumes e à civilidade.
A verdade é que eles, desavergonhadamente, insistem
em prestar solidariedade a políticos aproveitadores, inescrupulosos, criminosos
já julgados e condenados, investigados, denunciados e assemelhados, em cristalina
degeneração das práticas políticas, em nome de passado melancólico de corrupção,
irregularidades e desvios de recursos públicos que poderiam ter sido aplicados
justamente na satisfação do bem comum, em benefício dessas mesmas pessoas que
se empenham em apoiar políticos que, na verdade, tornaram-se milionários
travestidos de mártires em nome da defesa da causa social, como sendo ainda
considerados salvadores da pátria, sabidamente com o oportunismo uso do dinheiro
público, vindo dos contribuintes, o que significa que isso não constitui nada
de milagroso, senão o normal cumprimento do dever institucional.
É preciso ressaltar que essa forma de
procedimento qualquer governante tem a obrigação de executar e da mesma maneira,
exatamente por força da incumbência constitucional do Estado de prestar assistência
financeira e social às famílias carentes, na forma de programa de distribuição
de renda, sem que haja a escrachada escravidão referente à vinculação política,
em forma de pura recompensa por meio do voto de cabresto, a exemplo do último
pleito presidencial, quando, em determinadas localidades, de extrema miséria, a
candidata do governo obteve quase 90% do total dos votos, demonstrando o tamanho
do abusivo emprego dos recursos públicos, por que resultando em benefício
pessoal ou partidário, o que não condiz com os princípios demandados pela
democracia moderna.
Na ocasião do comentário em tela, assinalei a
importância do texto reproduzido acima, pela correção, objetividade e precisão
da análise sobre o quadro político brasileiro, que é o retrato fiel, sem
retoque, de nação sem rumo, irreconhecível como República, realmente em adiantado
processo de completa esculhambação, em termos político-administrativos, mas o
lamentável perfil dos homens públicos, com raras exceções, reflete exatamente a
qualidade de completa irresponsabilidade de boa parte do povo, à luz do
princípio segundo o qual o poder emana do povo e em seu nome é exercido, em
clara demonstração de insensibilidade quanto aos aspectos de cidadania e
patriotismo, diante da real situação caótica, apresentada na atualidade.
Também ressaltei que o pior é que muitos
brasileiros ainda defendem a volta da anarquia e do oba-oba, como se o Brasil
fosse a casa da mãe Joana, à espera do salvador da pátria, que foi
responsabilizado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato como o principal
responsável pelo desastre ocorrido na Petrobras, quando bilhões de recursos
públicos serviram para patrocinar riquíssimas, porém irregulares, campanhas
eleitorais e para o enriquecimento de inescrupulosos e eternos aproveitadores do
dinheiro público, nas pessoas de políticos, empresários, executivos, doleiros e
outros bandidos assemelhados.
Esse quadro dantesco e surreal ainda se torna
mais preocupante, com a maior gravidade, exatamente porque ninguém tem a
sensatez patriótica de assumir a culpa, a responsabilidade por tamanha
roubalheira, e os idólatras e sonhadores, em cumplicidade inominável, concordam
em que, ao contrário de condenação e recriminação por tais desatinos, há
pessoas sendo extremamente injustiçadas e vitimadas pelo sistema que não quis
que político condenado à prisão pela Justiça, em processo transparente e
legítimo, volte a comandar o Brasil, como se fosse um país que inexistissem,
por outro extremo, homens honrados e dignos, com vergonha na cara e com
inteligência capazes de discernir moralidade de imoralidade, honorabilidade de
desonra, decoro de indecoroso, probo de improbidade etc.
Como se o país não merecesse seguir por
caminhos diferentes do recente passado tenebroso, de crises, roubalheiras, comandados
por políticos aproveitadores do dinheiro público, conforme mostram as competentes
investigações, com o embalo de tantas tristes e inesquecíveis bandalheiras, que
precisam urgentemente de assepsia e moralização, porque a manutenção do status quo apenas confirma a sui generis situação atual, que somente
contribui para fragilizar o que já é insustentável e a tendência é piorar cada
vez mais, diante da infeliz e insensata ajuda dos eleitores que, ao contrário,
são incapazes de perceber a gravidade quanto à sua indiferença à imprescindibilidade
de mudanças das atividades políticas.
É preciso que os brasileiros, no âmbito das suas
responsabilidades cívica e patriótica, consigam vislumbrar novos horizontes, com
o máximo de urgência, no sentido de que o Brasil possa ser beneficiado e aclamado
com a força da moralização político-administrativa, patrocinada pela vontade popular
de renovação, à luz dos princípios republicano e democrático, para que as
impurezas políticas sejam eliminadas da vida pública e os homens públicos tenham
exclusivo pensamento para a defesa dos interesses do povo e do Brasil. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 16 de setembro de 2018
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