sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

À espera de Deus


Junto com a sua posse como presidente do Brasil, o capitão reformado do Exército apresentou sintético esboço do seu projeto de metas governamentais que pretende realizar, nos próximos quatro anos de gestão.
As propostas do novel presidente são audaciosas e corajosas, tendo como prioridade as fantásticas reformas das conjunturas e estruturas do Estado que são imprescindíveis, inadiáveis e urgentes, diante das precariedades imperantes na atualidade, já começadas com a redução de ministérios, de 29 para 22, o que é algo expressivo, por mostrar que a sempre emperrada máquina pública precisa ser modernizada, como forma de se imprimirem os tão almejados graus de aperfeiçoamento, competência e eficiência.
As reformas sinalizam para vetores em condições de se abrirem os caminhos para o sempre sonhado desenvolvimento socioeconômico, que foi bravamente negado pelos últimos governos, que, de forma inexplicável, sempre resistiam às reformas imperiosas e inadiáveis na administração do país, como indiscutível mecanismo passível de ganho de qualidade na prestação dos serviços de incumbência constitucional do Estado.
Urge que os mecanismos de gestão pública sejam reestruturados, de modo que o governo possa se adequar às novas práticas políticas, no sentido de que o Estado tenha condições de se sintonizar, em especial, com as prioridades e os anseios da população, que está esperançosa ao extremo pela prestação de serviços públicos de qualidade, em termos da assistência básica, da maior relevância, sobretudo, no interior do país.
Não há a menor dúvida de que o novo presidente do país terá que enfrentar graves desafios de nível nacional, principalmente na intransigente busca do emprego, que tem sido o calcanhar de Aquiles dos últimos governos, em razão do arrefecimento do parque industrial e das atividades econômicas em geral, que propiciaram forte perda de empregos, em escala nacional.
          Outro importante desafio a ser enfrentado pelo governo será a forte polarização da sociedade, diante do sentimento de defesa entre direita e esquerda, conforme ficou patenteado no pleito eleitoral, de modo que essa situação exige que o presidente do país tenha bastante sensibilidade política e competência para  enfatizar premente necessidade de governança que trabalhe em prol dos brasileiros em geral, independentemente das ideologias.
Essa forma de gestão implica que o governo tem que ser realmente do povo, para o povo e pelo povo, para que os brasileiros tenham a sua dignidade resgatada, por meio da significativa melhora da qualidade dos serviços públicos prestados à população, que vem suportando as piores agruras com a deficiência na educação, na saúde, na segurança pública, na infraestrutura, no saneamento básico etc., em clara incompatibilidade com o mínimo de dignidade que precisa ser conferida ao ser humano.
A melhoria dos serviços públicos é apenas um dos compromissos do novo governo, como imperiosa demonstração de inteligência, competência e eficiência das práticas políticas, que ressentem dessa especial oxigenação por meio da renovação do verdadeiro sentido do que seja interesse público, que é o centro, a essência, das políticas públicas praticadas pelos autênticos estadistas, que precisam estar focados tão somente na eficiência da administração pública, tendo especial capacidade para a priorização das ações de interesse da população mais carente.
O presidente demonstra disposição para a promoção de abrangente programa de desestatização, mediante a privatização de empresas públicas, para mais de centenas, muitas quais desnecessárias, deficitárias e onerosas para os contribuintes, sendo aconselhável a sua transferência para a iniciativa privada, como forma inteligente de tornar o Estado mas leve, em termos de gastos até desnecessários evitáveis, embora é sabido que o tema suscita ferrenha oposição de alguns setores da sociedade, que não fazem a mínima avaliação como as empresas dispendiosas são verdadeiros pesos contra o desenvolvimento do Brasil.
As privatizações precisam acontecer com a máxima urgência, até mesmo para a eliminação dos grandes cabides de emprego, com origem nos últimos governos de ideologia conservadora, que, em pouco mais de dez anos, tiveram a audácia de criar cerca de 40 empresas públicas, normalmente sem o devido critério técnico a justificar a sua existência, senão para a acomodação de interesses pessoais, políticos e partidários, com a nomeação de apaniguados políticos, às custas dos bestas dos contribuintes, que não tem direito de reclamar sobre os absurdos que são praticados por gestos públicos insensatos quanto ao uso do dinheiro público.
À toda evidência, as privatizações são de extrema importância para a economia do Estado, que deixa de gastar com empresas certamente desnecessárias, cujas áreas têm melhores eficiência e produtividade na iniciativa privada e os resultados operacionais passam a ser incomparavelmente benéficos também em termos de tributação.
Parece contribuir para a possível eficiência da administração pública a nomeação de ministros com perfil técnico-especializado, compatível com as áreas de trabalho, característica profissional que pode assegurar maior grau de confiança dos brasileiros, no sentido de que houve a auspiciosa eliminação do sempre condenável fisiologismo na administração pública, que tanto contribuiu para a precariedade da prestação dos serviços públicos e os reiterados escândalos de corrupção com recursos públicos.
Nunca, neste país, a população exigiu tanto que a administração pública tenha à frente do governo estadista com tamanha responsabilidade de competência, eficiente e economicidade, para que ele possa alcançar, de forma efetiva, excelentes resultados e, enfim, satisfazer plenamente as carências primárias dos brasileiros.
Convém que o presidente da República consiga a tão ansiada harmonia de competência e eficiência na gestão da coisa pública e que a sua equipe seja capaz de implementar as medidas de aperfeiçoamento e modernização da administração do Brasil e de eficácia na operacionalização de múltiplas missões da mais alta relevância para o país, em sintonia com a confiança delegada ao comandante supremo, pelo povo, nas urnas eletrônicas, na esperança também  de que essa gigantesca responsabilidade tenha a ajuda de Deus, na certeza, enfim, que Ele é realmente brasileiro.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 4 de janeiro de 2019

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