sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Valorização do ser humano


Com a finalidade de condensar comentários ricos e importantes sobre a necessidade do resgate das benfeitorias protagonizadas pelos heróis de Uiraúna, feitos por pessoas maravilhosas que leram e valorizaram minha crônica intitulada “Saudação aos Heróis de Uiraúna”, vou ousar transcrever neste texto lindas e valiosas mensagens de carinho, escritas sob o puro sentimento revelador de opiniões abalizadas, que as considero pertinentes ao assunto enfocado no texto original, fato este que me obrigou a mostrá-las, por achar que vale a pena o repeteco, até mesmo para a instigação sobre o interesse em algo que precisa estar sempre em evidência, ante à sua importância cultural para Uiraúna.
Na verdade, faço isso com o propósito mesmo de propiciar  reflexão mais alardeada, tanto por parte daqueles que somente a leram e de outros que também se manifestaram e, ainda, evidentemente, das pessoas que não puderam lê-la, mas por certo gostariam de se interessar pelos meandros da atraente história relacionada com a tentativa do resgate das pessoas consideradas heroínas de Uiraúna, que contribuíram para a construção da querida cidade, como seu esforço e a sua dedicação.  
Inicialmente, cito a mensagem da senhora Libânia Fernandes Nogueira, que disse o seguinte sobre a mencionada crônica: “E cada crônica que você faz enaltecendo ou esclarecendo pessoas e fatos importantes nos enche de orgulho e sabedoria. Continue fazendo esse bem para todos.”.
Em resposta, eu disse que ficava muito grato pelo carinho ela e principalmente pelo estímulo ao meu trabalho literário. Eu garanti que, sempre que surgir oportunidade, terei o maior prazer em escrever algo para o nosso bem, tomando emprestado a bondosa conclusão dela.
Já o ilustre conterrâneo Ubiracy Vieira Veloso disse que “Concordo plenamente! Meu cronista preferido! Abraço forte e fraterno irmão Adalmir! Avante!!!
Diante disso, eu lhe transmiti o meu agradecimento às palavras de elogio, carinho e incentivo.
Em seguida foi a vez da prezada senhora Socorro Fernandes dizer algo que sempre me sensibiliza, nestes termos: “Seus trabalhos e obras literárias são de um brilho muito especial! E tão intensos! Além das demonstrações de apreço e admiração de forma generosa e gentil com que você se dedica. É, na verdade, uma referência cultural e informativa para todos que te admiram e sabem das tuas inteligência e expressiva capacidade! Eu te agradeço, em particular, pelo referencial maravilhoso sobre meu pai (Ariosvaldo Fernandes, in memoriam), na revista FELC. Com certeza, seus trabalhos nos oferecem ricos conhecimentos e grandes oportunidades de mais aprendizado... Muito obrigada!”.
Com todo respeito e de forma carinhosa, eu me expressei com gesto rude de agradecimento, evidentemente em tom coloquial de respeito dizendo à senhora  Socorro Fernandes que, se pudesse, eu a proibiria de comentar minhas crônicas, evidentemente que digo isso no bom sentido, porque, como agora, meus olhos se encheram de lágrimas, por suas palavras carregadas de emoção, porque nem sempre a gente está preparado para recepcioná-las, ante a pujança dos adjetivos que certamente ficam se excedendo no meu merecimento.    
É claro que falei isso de brincadeira, porque o comentário, mesmo que contenha críticas, é importante, como forma de contribuir para o aperfeiçoamento não somente do texto, mas também do pensamento, que precisa ser objetivo e claro, que também deveria ser sucinto, mas aqui eu reluto internamente e não consigo me conter, porque prevalece o instinto pessoal do escrita, que é incontrolável. Pode continuar comentando, que é muito importante, com o adendo de que o exagero na dose dos elogios sempre bate forte no meu ponto fraco.
Por último, eu disse que, ao se falar sobre a Revista Leia FELC, eu acabara de receber, pela gentileza de minha querida irmã Dalivan, o meu exemplar e percebi como é bom ver a fotografia estampada nela do maestro Ariosvado Fernandes, meu herói, que enriquece, por sua postura sempre elegante, qualquer trabalho, mesmo o que tanto me esforcei para mostrar um pouco sobre o impoluto uiraunense.
A prezada prima Vescijudith Fernandes Moreira, com sua peculiar inteligência, disse que “Tudo o que expressa o bem, faz um bem danado! Você nunca repete, senão fortalece a divulgação das boas ações de nosso herói. E não me canso de agradecer pelas belas palavras sobre aquele que tanto serviu a todos, indistintamente. Se não levamos esse conhecimento adiante, os mais jovens ficarão vazios de nossa história. Nós temos uma linda história, com heróis que enaltecem os valores da dignidade, solidariedade, amor, humildade, fé. São riquezas que jamais se acabam ou diminuem. É essa a maior herança - servir! Eis-me aqui, Senhor!”.
Em resposta à prezada prima Vescijudith, eu afirmei que não há dúvida de que o empunhar da bandeira do bem é dever de todos nós, mas é preciso que haja a valorização daquelas pessoas que receberam essa missão como a mais nobre da sua vida, com o devido destaque para muitas que, no seu trabalho, às vezes nem sempre sobressaem diante da sociedade, mas, no conjunto da obra, a sua contribuição é de suma importância para o conjunto da população.
Agradeço a Deus por ter a oportunidade de tentar transmitir o meu pensamento que vai ao encontro dessa ansiedade que aflora em nossos corações, mas infelizmente esse esforço nunca encontra ressonância por parte das autoridades públicas, que simplesmente se mantêm em completo silêncio, em estado de letárgica omissão, como se elas não tivessem qualquer parcela de responsabilidade pela preservação da cultura de um povo, que vive às escuras, diante da omissão no cumprimento do seu dever institucional e legal.
Chega a ser compreensível que o silêncio das autoridades é nítida demonstração de que teria sido melhor se a cobrança pelo reconhecimento de nossos construtores do bem jamais tivesse acontecido, como se em cima disso estivesse sendo mostrada a deficiência da administração pública, que, na verdade, é exatamente isso que se pretende evidenciar, porque está em jogo mesmo é o desprezo àqueles que se excederam em magnanimidade e amor sobre as demais pessoas, para contribuir com a construção bem.
Gostaria muito que a vaidade fosse colocada de lado, nesse particular, para que as autoridades públicas de Uiraúna pudessem analisar e reconhecer o quanto é importante a valorização de nossos heróis do passado, em especial para se mostrar para as atuais e futuras gerações a riqueza da sua colaboração, em diversas áreas profissionais e do conhecimento.
Nesse ínterim, a senhora Socorro Fernandes fez importante intervenção, para enaltecer as qualidades de Bonifácio Fernandes, dizendo exatamente o seguinte: “Meu querido primo Dr. Bonifácio, um grande homem, precioso em suas atitudes humanas, no atendimento generoso a todos que o procuravam, para uma medicação indicada, nos momentos onde a saúde precisava ser cuidada. A confiança nos dava a certeza que a cura seria breve!!! Uma capacidade e uma dedicação exclusiva para todos!!! Sua memória estará sempre presente, viva na nossa lembrança... Gratidão e saudade desse uiraunense muito amado e nunca esquecido!”.
Por seu turno, o senhor Jbpinheiro narrou uma das histórias mais marcantes e atraentes, que têm o poder de caracterizar, de forma sintética, o majestoso sentido humanitária do pequeno girante Bonifácio Fernandes, na sua obra silenciosa em benefício das pessoas e talvez, por isso, ele tenha conseguido fazer tantos milagres de cura e salvação de vidas, como verdadeiro obreiro do bem e do amor, como missão divina que ele abraçou e se identificou tanto com ela que ele foi transformado no símbolo do verdadeiro bom Samaritano, o homem bíblico que praticava o bem sem visar recompensa, de qualquer natureza, porque ele já estava acostumado com a situação que imperava à sua época, de muitas dificuldades, em qualquer localidade que precisasse do seu socorro emergencial.
O senhor Jbpinheiro narrou assim o seu testemunho, verbis: “Sem dúvida, a sua preocupação (fazendo referência a mim) com o legado do nosso querido conterrâneo ‘O menino de ouro’ Bonifácio Fernandes, eu Jb acompanhei quase toda a sua trajetória de 1960 a 1976. Sem dúvida, sua belíssima palavra sobre esse notório menino de ouro ainda é pouco, por tudo que ele praticou em suas ações humanitárias. Sou testemunha de um fato que chamou a atenção. Eu tinha somente 8 anos de idade: o meu irmão Hugo se afogou num cavouco e ficou mais de 2 horas debaixo d'água e quando retiram o Hugo era aproximadamente 15 horas e poucos minutos e o Bonifácio foi o primeiro a dar os primeiros socorros e começou às 14 horas e foi até às 6 horas e 20 min da manhã e quando a minha mãe dona BERNADETE e o meu pai Chico de Adelino o procuraram, para acertar a conta, ele disse o meu pagamento é a gratidão que eu tenho por vocês: um casal simples e humilde que retrata a família uiraunense. E muitas e outras ações que esse pequeno notável não media esforços para ajudar os mais humildes uiraunenses. Fica aqui o meu simples relato deste grande HOMEM, que pregou sempre a simplicidade a humildade e a solidariedade. ESTE SIM MERECE TODA A HONRARIA QUE UMA PESSOA POSSA TER TANTO EM VIDA COMO TAMBÉM EM MEMÓRIA.”.
Ato contínuo, eu disse ao senhor Jb Pinheiro como é bom conhecer relato como o dele, extremamente rico sobre a realidade que bem retrata, com fidelidade, a história de altruísmo e santidade de Bonifácio Fernandes, que, além de fazer milagres por meio da sua assistência poderosa, não cobrava por seus serviços, até parece que ele e a sua família viviam das brisas celestiais, porque lá em casa, acho que ele sabia que não tinha de onde tirar dinheiro, pelo menos na minha época, também ele não cobrava por seus serviços de atendimento, quando muito, pelos remédios, em verdadeira demonstração de trabalho caritativo, que se aplicava a toda comunidade, em qualquer momento, como se ele, no dito popular, trocasse as pilhas a todo instante, para conseguir atender sempre que procurado.
          Cada vez mais me convenço de que Uiraúna perde importante oportunidade para resgatar a figura de seus heróis, como forma de evidenciar a sua belíssima história de contribuição à construção e à consolidação de Uiraúna, porque isso se trata de marco da maior importância para a cidade, em termos de pôr no devido e merecido patamar os nomes daqueles que mostraram o seu amor pela causa da comunidade.
Como, por natureza, eu sou muito emotivo, tenha me afogado em lágrimas por ocasião da apresentação do brilhante quadro intitulado "Gratidão", no programa "Fantástico”, da TV Globo, aos domingos, em que uma pessoa tem oportunidade de agradecer a alguém por algo que ele fez, pasmem, em determinada ocasião, mostrando o quanto aquilo teve sublime importância na sua vida.
Confesso que tenho me transportado, nesse momento, para o caso dos meus heróis de Uiraúna, imaginando como seria extremamente importante que as autoridades públicas tivessem a consciência de promover o resgate deles, mostrando a relevância do tanto que eles fizeram em benefício da comunidade e não é somente o Bonifácio que merece, não, porque tem muita gente boa que fez magnifica obra em prol dos uiraunenses e igualmente não é lembrada.
Fica aqui o meu apelo, em forma mais veemente, para os filhos de Uiraúna, que têm contato com as principais autoridades públicas da cidade, levarem essa causa ao conhecimento delas, na tentativa da conscientização sobre a relevância da medida, sob o prisma da premente necessidade da valorização da história cultural da cidade, com a promoção do levantamento das pessoas que dedicaram a sua vida em benefício de Uiraúna.
Eu seria extremamente injusto em enumerar os nomes desses grandes construtores do bem da cidade, porque poderia elencar quem realmente merecesse, podendo deixar de fora muita gente boa, diante do pouco tempo que vivi na cidade, mas, sem muito esforço, podem ser considerados verdadeiros heróis e heroínas todos aqueles que demonstraram o seu amor ao próximo, no momento em que a cidade ainda engatinhava e precisava da colaboração e da ajuda daqueles abnegados e voluntariosos, que apenas trabalharam para a satisfação da comunidade, sem a pretensão de maiores recompensas.
Por fim, a prezada prima Vescijudith achou por bem dizer que “Concordo plenamente com você. Os que levam a política adiante estão extremamente acomodados com o básico (estou até sendo generosa!) e acostumados a levar a sério os assuntos politiqueiros e que nada acrescentam ao progresso. Infelizmente, nossos heróis já partiram, já não são fonte de votos. É triste, mas parece ser real, que somente tem importância as ações e obras que geram votos.”.
É evidente que as maravilhosas histórias dos heróis de Uiraúna são constituídas de muitos capítulos e intermináveis páginas, que precisam de ser escritas e reescritas, com muito capricho e em letras garrafais, diante das suas nobreza e riqueza, em termos culturais intrínsecos da cidade, que, por certo, envaideceriam a atual geração ávida por conhecimentos sobre aqueles bravos pioneiros, que deixaram a sua marca em cada lugar da cidade, que foi construída e consolidada graças à dedicação, à voluntariedade e ao altruísmo próprios desses pequenos gigantes, vistos na atualidade com a lupa da modernidade que permite visualizar a grandeza da sua expressiva contribuição para o povo de Uiraúna, que não seria nenhum favor, mas sim ato de generosidade, reconhecimento e gratidão, algo sublime que muitos poucos homens públicos costumam vislumbrar como forma marcante de valorização do ser humano.  
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 25 de janeiro de 2019

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