Com a finalidade de condensar comentários ricos e
importantes sobre a necessidade do resgate das benfeitorias protagonizadas pelos
heróis de Uiraúna, feitos por pessoas maravilhosas que leram e valorizaram minha
crônica intitulada “Saudação aos Heróis de Uiraúna”, vou ousar transcrever neste
texto lindas e valiosas mensagens de carinho, escritas sob o puro sentimento
revelador de opiniões abalizadas, que as considero pertinentes ao assunto
enfocado no texto original, fato este que me obrigou a mostrá-las, por achar
que vale a pena o repeteco, até mesmo para a instigação sobre o interesse em algo
que precisa estar sempre em evidência, ante à sua importância cultural para
Uiraúna.
Na verdade, faço isso com o propósito mesmo de propiciar
reflexão mais alardeada, tanto por parte
daqueles que somente a leram e de outros que também se manifestaram e, ainda,
evidentemente, das pessoas que não puderam lê-la, mas por certo gostariam de se
interessar pelos meandros da atraente história relacionada com a tentativa do
resgate das pessoas consideradas heroínas de Uiraúna, que contribuíram para a
construção da querida cidade, como seu esforço e a sua dedicação.
Inicialmente, cito a mensagem da senhora Libânia
Fernandes Nogueira, que disse o seguinte sobre a mencionada crônica: “E cada crônica que você faz enaltecendo ou
esclarecendo pessoas e fatos importantes nos enche de orgulho e sabedoria. Continue
fazendo esse bem para todos.”.
Em resposta, eu disse que ficava muito grato pelo
carinho ela e principalmente pelo estímulo ao meu trabalho literário. Eu
garanti que, sempre que surgir oportunidade, terei o maior prazer em escrever
algo para o nosso bem, tomando emprestado a bondosa conclusão dela.
Já o ilustre conterrâneo Ubiracy Vieira Veloso disse
que “Concordo plenamente! Meu cronista
preferido! Abraço forte e fraterno irmão Adalmir! Avante!!!
Diante disso, eu lhe transmiti o meu agradecimento
às palavras de elogio, carinho e incentivo.
Em seguida foi a vez da prezada senhora Socorro
Fernandes dizer algo que sempre me sensibiliza, nestes termos: “Seus trabalhos e obras literárias são de um
brilho muito especial! E tão intensos! Além das demonstrações de apreço e
admiração de forma generosa e gentil com que você se dedica. É, na verdade, uma
referência cultural e informativa para todos que te admiram e sabem das tuas
inteligência e expressiva capacidade! Eu te agradeço, em particular, pelo
referencial maravilhoso sobre meu pai (Ariosvaldo Fernandes, in memoriam), na
revista FELC. Com certeza, seus trabalhos nos oferecem ricos conhecimentos e
grandes oportunidades de mais aprendizado... Muito obrigada!”.
Com todo respeito e de forma carinhosa, eu me
expressei com gesto rude de agradecimento, evidentemente em tom coloquial de
respeito dizendo à senhora Socorro
Fernandes que, se pudesse, eu a proibiria de comentar minhas crônicas,
evidentemente que digo isso no bom sentido, porque, como agora, meus olhos se
encheram de lágrimas, por suas palavras carregadas de emoção, porque nem sempre
a gente está preparado para recepcioná-las, ante a pujança dos adjetivos que certamente
ficam se excedendo no meu merecimento.
É claro que falei isso de brincadeira, porque o
comentário, mesmo que contenha críticas, é importante, como forma de contribuir
para o aperfeiçoamento não somente do texto, mas também do pensamento, que precisa
ser objetivo e claro, que também deveria ser sucinto, mas aqui eu reluto
internamente e não consigo me conter, porque prevalece o instinto pessoal do
escrita, que é incontrolável. Pode continuar comentando, que é muito
importante, com o adendo de que o exagero na dose dos elogios sempre bate forte
no meu ponto fraco.
Por último, eu disse que, ao se falar sobre a Revista
Leia FELC, eu acabara de receber, pela gentileza de minha querida irmã Dalivan,
o meu exemplar e percebi como é bom ver a fotografia estampada nela do maestro
Ariosvado Fernandes, meu herói, que enriquece, por sua postura sempre elegante,
qualquer trabalho, mesmo o que tanto me esforcei para mostrar um pouco sobre o
impoluto uiraunense.
A prezada prima Vescijudith Fernandes Moreira, com
sua peculiar inteligência, disse que “Tudo
o que expressa o bem, faz um bem danado! Você nunca repete, senão fortalece a
divulgação das boas ações de nosso herói. E não me canso de agradecer pelas
belas palavras sobre aquele que tanto serviu a todos, indistintamente. Se não
levamos esse conhecimento adiante, os mais jovens ficarão vazios de nossa
história. Nós temos uma linda história, com heróis que enaltecem os valores da
dignidade, solidariedade, amor, humildade, fé. São riquezas que jamais se
acabam ou diminuem. É essa a maior herança - servir! Eis-me aqui, Senhor!”.
Em
resposta à prezada prima Vescijudith, eu afirmei que não há dúvida de que o
empunhar da bandeira do bem é dever de todos nós, mas é preciso que haja a
valorização daquelas pessoas que receberam essa missão como a mais nobre da sua
vida, com o devido destaque para muitas que, no seu trabalho, às vezes nem
sempre sobressaem diante da sociedade, mas, no conjunto da obra, a sua
contribuição é de suma importância para o conjunto da população.
Agradeço
a Deus por ter a oportunidade de tentar transmitir o meu pensamento que vai ao
encontro dessa ansiedade que aflora em nossos corações, mas infelizmente esse
esforço nunca encontra ressonância por parte das autoridades públicas, que
simplesmente se mantêm em completo silêncio, em estado de letárgica omissão, como
se elas não tivessem qualquer parcela de responsabilidade pela preservação da
cultura de um povo, que vive às escuras, diante da omissão no cumprimento do
seu dever institucional e legal.
Chega
a ser compreensível que o silêncio das autoridades é nítida demonstração de que
teria sido melhor se a cobrança pelo reconhecimento de nossos construtores do
bem jamais tivesse acontecido, como se em cima disso estivesse sendo mostrada a
deficiência da administração pública, que, na verdade, é exatamente isso que se
pretende evidenciar, porque está em jogo mesmo é o desprezo àqueles que se
excederam em magnanimidade e amor sobre as demais pessoas, para contribuir com a
construção bem.
Gostaria
muito que a vaidade fosse colocada de lado, nesse particular, para que as
autoridades públicas de Uiraúna pudessem analisar e reconhecer o quanto é
importante a valorização de nossos heróis do passado, em especial para se
mostrar para as atuais e futuras gerações a riqueza da sua colaboração, em
diversas áreas profissionais e do conhecimento.
Nesse ínterim, a senhora Socorro Fernandes fez
importante intervenção, para enaltecer as qualidades de Bonifácio Fernandes, dizendo
exatamente o seguinte: “Meu querido primo
Dr. Bonifácio, um grande homem, precioso em suas atitudes humanas, no
atendimento generoso a todos que o procuravam, para uma medicação indicada, nos
momentos onde a saúde precisava ser cuidada. A confiança nos dava a certeza que
a cura seria breve!!! Uma capacidade e uma dedicação exclusiva para todos!!!
Sua memória estará sempre presente, viva na nossa lembrança... Gratidão e
saudade desse uiraunense muito amado e nunca esquecido!”.
Por seu turno, o senhor Jbpinheiro narrou uma das
histórias mais marcantes e atraentes, que têm o poder de caracterizar, de forma
sintética, o majestoso sentido humanitária do pequeno girante Bonifácio
Fernandes, na sua obra silenciosa em benefício das pessoas e talvez, por isso,
ele tenha conseguido fazer tantos milagres de cura e salvação de vidas, como
verdadeiro obreiro do bem e do amor, como missão divina que ele abraçou e se
identificou tanto com ela que ele foi transformado no símbolo do verdadeiro bom
Samaritano, o homem bíblico que praticava o bem sem visar recompensa, de qualquer
natureza, porque ele já estava acostumado com a situação que imperava à sua
época, de muitas dificuldades, em qualquer localidade que precisasse do seu
socorro emergencial.
O senhor Jbpinheiro narrou assim o seu testemunho, verbis: “Sem dúvida, a sua preocupação (fazendo referência a mim) com o legado do nosso querido conterrâneo ‘O
menino de ouro’ Bonifácio Fernandes, eu Jb acompanhei quase toda a sua
trajetória de 1960 a 1976. Sem dúvida, sua belíssima palavra sobre esse notório
menino de ouro ainda é pouco, por tudo que ele praticou em suas ações
humanitárias. Sou testemunha de um fato que chamou a atenção. Eu tinha somente
8 anos de idade: o meu irmão Hugo se afogou num cavouco e ficou mais de 2 horas
debaixo d'água e quando retiram o Hugo era aproximadamente 15 horas e poucos
minutos e o Bonifácio foi o primeiro a dar os primeiros socorros e começou às
14 horas e foi até às 6 horas e 20 min da manhã e quando a minha mãe dona
BERNADETE e o meu pai Chico de Adelino o procuraram, para acertar a conta, ele
disse o meu pagamento é a gratidão que eu tenho por vocês: um casal simples e
humilde que retrata a família uiraunense. E muitas e outras ações que esse
pequeno notável não media esforços para ajudar os mais humildes uiraunenses. Fica
aqui o meu simples relato deste grande HOMEM, que pregou sempre a simplicidade
a humildade e a solidariedade. ESTE SIM MERECE TODA A HONRARIA QUE UMA PESSOA
POSSA TER TANTO EM VIDA COMO TAMBÉM EM MEMÓRIA.”.
Ato contínuo, eu disse ao senhor Jb Pinheiro como é bom
conhecer relato como o dele, extremamente rico sobre a realidade que bem
retrata, com fidelidade, a história de altruísmo e santidade de Bonifácio Fernandes,
que, além de fazer milagres por meio da sua assistência poderosa, não cobrava
por seus serviços, até parece que ele e a sua família viviam das brisas
celestiais, porque lá em casa, acho que ele sabia que não tinha de onde tirar
dinheiro, pelo menos na minha época, também ele não cobrava por seus serviços
de atendimento, quando muito, pelos remédios, em verdadeira demonstração de
trabalho caritativo, que se aplicava a toda comunidade, em qualquer momento,
como se ele, no dito popular, trocasse as pilhas a todo instante, para conseguir
atender sempre que procurado.
Cada
vez mais me convenço de que Uiraúna perde importante oportunidade para resgatar
a figura de seus heróis, como forma de evidenciar a sua belíssima história de
contribuição à construção e à consolidação de Uiraúna, porque isso se trata de
marco da maior importância para a cidade, em termos de pôr no devido e merecido
patamar os nomes daqueles que mostraram o seu amor pela causa da comunidade.
Como, por natureza, eu sou muito emotivo, tenha me afogado
em lágrimas por ocasião da apresentação do brilhante quadro intitulado
"Gratidão", no programa "Fantástico”, da TV Globo, aos domingos,
em que uma pessoa tem oportunidade de agradecer a alguém por algo que ele fez,
pasmem, em determinada ocasião, mostrando o quanto aquilo teve sublime
importância na sua vida.
Confesso que tenho me transportado, nesse momento, para o
caso dos meus heróis de Uiraúna, imaginando como seria extremamente importante
que as autoridades públicas tivessem a consciência de promover o resgate deles,
mostrando a relevância do tanto que eles fizeram em benefício da comunidade e não
é somente o Bonifácio que merece, não, porque tem muita gente boa que fez
magnifica obra em prol dos uiraunenses e igualmente não é lembrada.
Fica aqui o meu apelo, em forma mais veemente, para os
filhos de Uiraúna, que têm contato com as principais autoridades públicas da
cidade, levarem essa causa ao conhecimento delas, na tentativa da
conscientização sobre a relevância da medida, sob o prisma da premente necessidade
da valorização da história cultural da cidade, com a promoção do levantamento
das pessoas que dedicaram a sua vida em benefício de Uiraúna.
Eu seria extremamente injusto em enumerar os nomes desses
grandes construtores do bem da cidade, porque poderia elencar quem realmente
merecesse, podendo deixar de fora muita gente boa, diante do pouco tempo que
vivi na cidade, mas, sem muito esforço, podem ser considerados verdadeiros
heróis e heroínas todos aqueles que demonstraram o seu amor ao próximo, no
momento em que a cidade ainda engatinhava e precisava da colaboração e da ajuda
daqueles abnegados e voluntariosos, que apenas trabalharam para a satisfação da
comunidade, sem a pretensão de maiores recompensas.
Por fim, a prezada prima Vescijudith
achou por bem dizer que “Concordo
plenamente com você. Os que levam a política adiante estão extremamente acomodados
com o básico (estou até sendo generosa!) e acostumados a levar a sério os
assuntos politiqueiros e que nada acrescentam ao progresso. Infelizmente,
nossos heróis já partiram, já não são fonte de votos. É triste, mas parece ser
real, que somente tem importância as ações e obras que geram votos.”.
É evidente que as maravilhosas histórias dos heróis de Uiraúna são
constituídas de muitos capítulos e intermináveis páginas, que precisam de ser
escritas e reescritas, com muito capricho e em letras garrafais, diante das suas
nobreza e riqueza, em termos culturais intrínsecos da cidade, que, por certo,
envaideceriam a atual geração ávida por conhecimentos sobre aqueles bravos pioneiros,
que deixaram a sua marca em cada lugar da cidade, que foi construída e
consolidada graças à dedicação, à voluntariedade e ao altruísmo próprios desses pequenos gigantes, vistos na
atualidade com a lupa da modernidade que permite visualizar a grandeza da sua
expressiva contribuição para o povo de Uiraúna, que não seria nenhum favor, mas
sim ato de generosidade, reconhecimento e gratidão, algo sublime que muitos
poucos homens públicos costumam vislumbrar como forma marcante de valorização
do ser humano.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 25 de janeiro de 2019
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