Em
recente postagem feita no Facebook, pela prezada prima Vescijudith Fernandes
Moreira, de lindíssimas imagens de uma igreja de Santo Antônio, também constava
duas fotografias do inesquecível Bonifácio Fernandes, pai natural dessa bela
criatura, ativista do bem e do amor, principalmente da preservação da natureza.
Pois
bem, as aludidas imagens me inspiraram a discernir um pouco, sem nenhum esforço,
sobre essa a vida extraordinária e venerável de Bonifácio Fernandes, que é sempre
digno da minha especial deferência, por seu exemplo magnânimo de amor e dedicação
ao nobre ofício de bem servir ao seu irmão em Deus, ou seja, o ser humano.
Na
ocasião, eu disse que Bonifácio Fernandes cumpriu como poucos a especial e
maravilhosa missão divina de amar seu semelhante, com a doçura de oferecer
tratamento e conforto às pessoas, na forma da sua presença nos lares e também
na farmácia de seu Alexandre, seu progenitor, como se elas fossem ele próprio,
ou seja, ele cuidava de quem necessitava da sua ajuda se ela se destinasse a
ele próprio, no fiel sentimento de pureza cristã, no sentido de amar ao próximo
como a si mesmo, i.e.: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo!" (Levítico
19,17-18), que expressa o mandamento em que Jesus Cristo nos aconselha a
amarmos todos os homens, nossos irmãos, como amamos a nós mesmos, e isso ele
fazia com a espontaneidade natural e prazerosa.
As
pessoas sentiam que o maior prazer de Bonifácio consistia em estar presente
onde era chamado, pois sabia que o seu receituário medicamentoso, mediante as
milagrosas injeção ou dose de cachetes eram sempre lenitivos seguros e infalíveis,
mesmo porque ninguém melhor do que ele para entender as causas das doenças que
existiam naquela época, que acometiam no povo de Uiraúna e das redondezas.
Com
o adjutório divino, ele, felizmente, sempre tinha o remédio milagroso para
garantir a cura ou o alívio, desde a dor de dente, barriga inchada, problemas,
sem maiores complicações, dos órgãos, como coração, rins, fígado, pulmões etc.,
e nada ficava sem a injeção ou o remédio certeiros e definitivos.
Bonifácio
fazia as vezes, sozinho, de junta médica, que resolvia, em pouco tempo, com sua
“ambulância” bicicleta de emergência, todos os chamados, dos mais simples aos
mais complicados, não deixando ninguém insatisfeito ou sem ser devidamente
socorrido, mesmo porque não havia alternativa à altura, salvo em se tratando de
caso mais grave, que o doente era aconselhado a procurar socorro nos hospitais
fora de Uiraúna.
Eu
confesso profunda tristeza que pessoas com as qualidades humanas, cristãs e até
sobre-humanas como as de Bonifácio ainda não tenham sido consideradas
verdadeiros heróis de Uiraúna, por tudo o quanto, no caso dele, fez de bondade,
caridade, santidade, em termos de ajuda às pessoas, e em tudo o mais que jamais
alguém, no ofício humanitário exercido por dele, possa ter feito mais do que
foi feito por ele, com os sacrifícios naturais e próprios do ser humana e ainda
nas precárias condições de recursos materiais de então, em grandioso trabalho
em benefício do seu semelhante.
A
verdade é que eu me refiro à concessão formal e oficial por parte das
autoridades públicas de Uiraúna, mediante ato público, tendo o propósito de
materializar o reconhecimento e a gratidão do povo por todo o seu vasto
histórico de obra realizada com o seu maravilhoso e benevolente trabalho
traduzido em algo sublime de puro amor ao próximo.
Na
realidade, esse reclamado e merecido título de verdadeiro herói de Uiraúna já
foi outorgado a Bonifácio, com pleno mérito, pela sociedade uiraunense, por
aqueles que se beneficiaram de suas mãos e atitudes caritativas e divinas, em
gesto de justo merecimento, como expressão de agradecimento que é feito
igualmente como prova do amor que precisa existir de verdade entre os seres
humanos, porque isso é a forma mais singela de gratidão dirigida a quem se
ocupou, em vida, se dedicando à prática do amor, em benefício do bem comum de
seu semelhante.
Brasília, em 20 de janeiro de 2019
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