O apresentador do programa global "Domingão do
Faustão", exibido neste domingo, desabafou, de forma dura, sobre política
e, não tendo citado nomes, ele falou sobre "um idiota que está ferrando com todo mundo" e "novos ares", após uma atriz também
global ter defendido a Amazônia e o Carnaval brasileiros.
Ela teria questionado: "O brasileiro, na hora do Carnaval e na hora da seleção, nós sabemos
muito bem, é um povo que tem união, tem solidariedade, tem uma integração. Por
que isso não acontece nas coisas sérias?".
O apresentador, invertendo a lógica e o sentido do
aludido questionamento, se arvorou em dizer que "Lutar pela educação, por saúde pública, contra a corrupção, contra a
incompetência, que é uma forma de corrupção. O imbecil que está lá -e não devia
estar- pode até ser honesto, mas é um idiota que está e está ferrando com todo
mundo. Você paga imposto, o que você recebe? Vamos ver se esses novos ares vão
mudar, tem que rezar para dar certo".
Tendo em vista a enorme possibilidade de a ferrenha
crítica ser destinada ao recém-eleito presidente da República, seu texto
catapultou muito rápido o nome do apresentar ao primeiro lugar dos assuntos
mais comentados no Twitter. (Com informações da Folhapress).
É muito provável que nem nas piores republiquetas alguém
inconformado com o resultado das urnas, em votação limpa, transparente e
legítima, possa se sentir no direito de tentar denigrir a imagem do presidente da
República, de forma visivelmente injusta e sem motivação, com adjetivações duras
e desrespeitosas com as palavras “imbecil” e “idiota”, logo no início da gestão
dele, com apenas seis dias de trabalho.
Além da cristalina descortesia, por ele ter se
dirigido ao presidente do país com grosseria, o apresentador ainda o acusa de estar
“ferrando com todo mundo”, quando o
político, na qualidade de gestor público, ainda não ter tido oportunidade de
feito absolutamente nada, senão tentar contabilizar os estragos causados por
governos possivelmente apoiados, em absoluto silêncio, pelo deselegante cidadão.
A insensata e inoportuna crítica do apresentador global ao mandatário
do país talvez faça parte do jogo daqueles frustrados com a derrota, diante da possibilidade
mudança de paradigma da administração dos negócios do Brasil, em que os conglomerados
da comunicação estão temendo correr o risco de perder patrocínios publicitários
do governo ou até mesmo serem obrigados a pagar suas dívidas para com a União,
tudo a justificar a insatisfação pela provável mudança de governança, que passa
a ser em benefício dos interesses nacionais, ou seja, dos brasileiros.
É
lamentável que um comunicador de renome nacional seja tão irresponsável em
criticar abertamente e de forma injusta, com tamanha veemência e insensibilidade,
um presidente da República que praticamente nem sentou na sua cadeira, quando
se sabe perfeitamente que ele precisa enfrentar gigantescos problemas que
recebeu de herança de governos incompetentes e ineficientes, que jamais foram
criticados por entendidos de coisa alguma, mesmo que minimamente, como se eles
tivessem sido o suprassumo da administração pública.
À
toda evidência, como o Brasil se encontra nessa situação de penúria, em
especial da sua administrativa, a origem
dessa desgraça vem de longa data e não de governo com apenas uma semana de
trabalho, sem sequer ter a mínima condição ou a menor possibilidade de se
avaliar o tamanho dos estragos e rombos deixados por governos do passado, que
não tiveram a dignidade de assumir a culpa pelas mazelas que estão aí, a
infernizar a vida dos brasileiros.
Não
há a menor dúvida de que se trata da maior injustiça e irresponsabilidade um
cidadão, que tem obrigação cívica de se comunicar com equilíbrio e sensatez, fazer
manifestação pública em momento indiscutível e absolutamente inadequado,
extemporâneo, mas com o visível propósito de se criar graciosa polémica e ainda
tentar manchar a imagem de quem recém tomou posse no cargo presidencial,
justamente por não haver a menor conexão da sua mensagem estapafúrdia com a
realidade brasileira, que realmente precisa de cuidados administrativos urgentes,
porém é evidente que não há um ato sequer que ele tenha praticado de errado,
simplesmente porque não houve tempo para que isso pudesse acontecer, sendo tremendamente
desumano se afirmar que o presidente “(...) está ferrando com todo mundo.”.
Há
clara demonstração de que o apresentador parece viver há “século” em outro planeta
bem diferente e distante do Brasil, que não tem nada com os fatos referidos por
ele, quanto à atribuição de responsabilidade, mais precisamente quando ele, de
forma enfática, diz que "(...) mas é
um idiota que está e está ferrando com todo mundo", em clara tentativa
de menosprezo à autoridade pública do presidente da República, ao chamá-lo de “imbecil”
e “idiota”, como se ele tivesse alguma autoridade ou prova para afirmar algo
tão contundente, pesado, duro e deselegante, em se tratando de presidente da
República brasileira.
Da
maneira como o crítico se manifesta é como se presidente da República tivesse
descoberto o Brasil e continuasse o comandando deste a sua origem, sendo responsável
pelas mazelas que o grassam, em prejuízo dos brasileiros.
É
pena que o comunicador não tivesse o mínimo de sensibilidade para compreender a
verdadeira situação do Brasil, que realmente se encontra atolado em sérias
crises de gestão, mas essas dificuldades nem foram criadas nem são da responsabilidade
da pessoa que ele acusa injustamente com tamanha eloquência, que o mundo vai
concluir e acreditar que será a primeira na história universal vez que o
governante que acaba de assumir o cargo tenha conseguido ferrar o país inteiro,
em tão pouquíssimo tempo e passe de mágica jamais visto em nenhum outro país.
Não
qualquer dúvida de que as críticas infundas têm o condão de deliberada
tentativa de desmoralizar o mandatário do Brasil, de maneira absolutamente
injusta e irresponsável, por se tratar de político que foi escolhido pela
maioria dos eleitores, para representá-los, diante da possibilidade de mudanças
da bagunça reinante na administração do Brasil, conforme mostram os fatos ao
alcance de pessoas sensatas e justas, principalmente com relação aos rombos
orçamentários e à banalização da criminalidade.
É
óbvio que fica muito claro que a eleição do presidente do país aconteceu à
revelia do comunicador, que certamente concordava com o status quo de demência predominante na administração do país, sob a
incumbência de quem ele isentou de culpa pela tragédia a que ele se refere.
Em
síntese, o comunicador demonstrou ser péssimo cidadão brasileiro, não por ter
se manifestado no usufruto dos princípios ínsitos do Estado Democrático de
Direito, mas sim por ter externado evidentes desconhecimentos da realidade
brasileira sobre os verdadeiros fatos do cotidiano e a sua extremada irresponsabilidade
quanto ao momento prematuro da avaliação sobre a atuação de governo que apenas
acaba de assumir o cargo para o qual foi eleito pelo povo que anseia loucamente
por eficiência e competência na administração do país, a par da necessidade da urgente
moralização e da competente e eficiente governança.
Em
princípio, ele deveria, no mínimo, ter ficado calado ou, ao menos demonstrado
sua incapacidade de criticar exatamente os lídimos irresponsáveis por terem
conduzido o Brasil ao estado deplorável citado por ele, o que teria sido muito
mais justo e elegante, em demonstração da sua cumplicidade antipatriótica, por
ter ficado calado, por tanto tempo, sem notar que a tragédia a que ele se
refere precisa ser atribuída aos seus verdadeiros culpados.
Indubitavelmente,
caberia ao comunicador, se tivesse o mínimo de sensibilidade patriótica,
desejar sucesso ao novel presidente da República, ao menos em respeito aos
eleitores que votaram conscientemente nele, diante do veemente repúdio aos
governos que conseguiram deixar o Brasil no atual estágio de extrema precariedade,
que agora precisa de tempo para os devidos consertos, em especial quanto aos
rombos das contas públicas e às demais mazelas na prestação dos serviços
públicos de incumbência constitucional do Estado.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 7 de janeiro de 2019
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