quarta-feira, 3 de julho de 2019

Crime de lesa-pátria?


À vista da publicação da crônica intitulada “Brutal desperdício de dinheiro público”, onde foi analisada a reportagem realizada pelo programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, mostrando uma série de obras inacabadas, Brasil afora, em evidente flagrante de recursos públicos jogados sistematicamente na lixeira do descaso protagonizado por governantes, recebi a solidariedade de muitos seguidores, todo consternados com a gritante falta de sensatez dos agentes públicos responsáveis pela gestão do dinheiro dos sacrificados contribuintes, que são obrigados a arcar com esse abusivo descalabro envolvendo o desmazelo da res publica.
A maior decepção dos brasileiros que se interessam verdadeiramente pela saúde e integridade do patrimônio público, diante desse terrível descaso, é exatamente a contabilização de monstruoso prejuízo à conta dos contribuintes, em razão da facilidade como recursos públicos são descartados nos ralos da incompetência e da irresponsabilidade administrativas, e ninguém assume absolutamente nada nem há a necessária apuração de responsabilidades, que seria feita normalmente em país sério e civilizado, para o fim do devido ressarcimento dos valores referentes aos danos causados aos bens dos brasileiros.
Isso deveria ser mais do que normal, diante do compromisso constitucional que os governantes fazem quanto à fiel observância das normas constitucional e legal, com vistas ao cumprimento de gestão produtiva, efetiva, competente e eficiente, não se admitindo, por hipótese alguma, a dilapidação irresponsável do patrimônio dos brasileiros.
Em consonância com o sentimento sobre a necessidade da preservação da integridade do patrimônio público, conforme exposto na supracitada crônica, o atento senhor Adauto Galiza houve por bem dizer o seguinte: “Caro conterrâneo, os políticos do passado recente não só fizeram tudo isso como também estão obstruindo tudo o que o governo atual quer fazer para tirar o país desse atoleiro. São políticos de má fé que só querem o poder de qualquer forma!”.
A minha resposta à tão sensata mensagem foi feita imediatamente, nos termos adiante, quando eu disse que lamentava que o Brasil tivesse chegado ao fundo do poço, graças aos governantes extremamente incompetentes e irresponsáveis, como nesse lamentável caso das obras inacabadas, mas, infelizmente, a despeito desse fenomenal desastre administrativo, com notáveis prejuízos contra o interesse público, ainda há quem insista em não enxergar tamanha desgraça causada aos próprios brasileiros, inclusive aqueles cuja parcela significativa preferem achar isso de somenos importância, em termos de gestão pública, tanto que eles permanecem ao lado de quem teve a insensatez de levar o país à destruição e a esse estado deplorável e periclitante, em termos socioeconômico, com enorme reflexo, em especial, no desemprego, que tem sido permanente preocupação para os pais de família.
A verdade é que todas as obras inacabadas poderiam ter sido concluídas normalmente e ainda teria sobrado muito dinheiro se governos do passado não tivessem mandado, praticamente a fundo perdido, ou praticamente sem retorno para os cofres públicos, bilhões de reais para países comandados por ditadores, como Cuba, Venezuela, Nicarágua, Equador, países da África, entre outros, que sequer estão pagando, ou seja, passaram tranquilo e respeitoso calote no Brasil, porque esses fajutos financiamentos foram feitos, na maioria, com a garantia do próprio Tesouro brasileiro, valendo dizer que, quando os países não pagam, quem paga é o governo brasileiro, ou seja os bestas dos contribuintes tupiniquins.
Tudo isso não passa de verdadeiras incongruência e irresponsabilidade, por se imaginar que o país que tem graves problemas de infraestrutura, de obras estruturantes e necessidade da prestação de serviços públicos de qualidade, simplesmente prefere mandar bilhões de reais para o exterior, para a realização de obras suntuosas em países exclusivamente de regime socialista.
A conclusão da ópera é que foram mandados para países socialistas recursos públicos, por obra e graça de governos tupiniquins, sem a mínima justificativa plausível, os quais deveriam ter sido aplicados exclusivamente no Brasil, com destinação a essa infinidade de obras públicas que praticamente terão pouco aproveitamento, dando como certo gigantescos prejuízos contabilizados para os carentes brasileiros, que são obrigados a suportarem uma das maiores cargas tributárias, mas, em contraprestação, recebem dos governos insensatos os piores serviços públicos, em termos de saúde, educação, segurança pública, saneamento básico, infraestrutura etc.
Causa perplexidade que os defensores dos governos socialistas tupiniquins não consigam enxergar essa terrível e imperdoável desgraça protagonizada por meio dos financiamentos concedidos àqueles países, quando se tratava de recursos dura e penosamente arrecadados dos brasileiros, que somente poderiam ser aplicados no próprio país, para o benefício deles.
          Essa tragédia de mandar dinheiro público para países socialistas, além de não encontrar o mínimo de plausibilidade e muito menos de amparo constitucional e legal, porque, em princípio, os empréstimos e os créditos internacionais precisam da devida autorização do Congresso Nacional, a sua falta teve enorme reflexo nessa interminável atrocidade contra a retomada do emprego, que começou a escassear e se consolidar justamente nos governos passados que mandaram, a seu bel-prazer, dinheiro para o estrangeiro, cuja lamentável situação das obras inacabadas poderia ter sido evitada se essa dinheirama tivesse tido aplicação exclusivamente no Brasil, mais especificamente com destino às obras inacabadas, que chegaram certamente onde estão, em estado de lástima, precisamente por falta de recursos, porque o dinheiro que tinha, que poderia ter sido destinado para elas, na sua maioria, foi desviado para os bolsos de aproveitadores, por falta de controle e fiscalização, conforme mostram muitas investigações.
É bastante complicado que os homens públicos que agiram em visível e indiscutível contrariedade com o interesse público, como nesse caso do financiamento de obras públicas no exterior, quando elas deveriam ter sido feitas tão somente no território brasileiro, por questão de sensatez e razoabilidade administrativas, ainda recebem calorosos aplausos de importante parcela de brasileiros, que, igualmente insensíveis à realidade sobre a real situação da carência nacional, demonstram enorme desprezo, quer queira ou não, diante dessa triste trágica, aos comezinhos sentimentos de brasilidade, em razão de não haver nada que justifique tamanha irresponsabilidade administrativa, ao se privilegiar os interesses estrangeiros, em detrimento das causas brasileiras, diante da imperiosa necessidade de obras semelhantes, conquanto elas foram realizadas no exterior, enquanto os brasileiros ficaram a ver navio e ainda com a obrigação de arcar com a dupla arrecadação de tributos, com relação ao financiamento e ao pagamento referente ao calote dado ao Brasil, pela falta da quitação da dívida.
É preciso se atentar que os financiamentos eram feitos em nome de empreiteiras que estão sendo investigadas pela Operação Lava-Jato, ou seja, com envolvimento delas com os escândalos e falcatruas relacionados com o petrolão, levando a se acreditar que os esquemas são complexos e complicados, por envolverem interesses espúrios e escusos, ainda não esclarecidos, em pese muitos aproveitadores já estejam amargando castigo na prisão, por conta da prática de atos irregulares.
Enfim, como justificar que o critério de financiamentos de obras públicas no exterior somente beneficiou países de índole socialista/comunista, quando outros países igualmente carentes, mas de regimes de ideologias diferentes não receberam empréstimos do Brasil, fato que demonstra razão para questionamento, por se tratarem de recursos públicos, que não deveriam ser marcados pela ideologia, caso fosse realmente possível se emprestar dinheiro público, quando ele faz tremenda falta para os brasileiros?
Diante da confirmação visível e inegável das alarmantes obras inacabadas, esparramadas pelo Brasil afora, conforme mostrou, de forma minuciosa e detalhada, o programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, e dos substanciosos bilhões de recursos que serviram para a construção de inúmeras e importantes obras no exterior, não há menor dúvida de que fica bastante caracterizado o crime de lesa-pátria, que foi a prática do insensato desvio de recursos públicos para destinação que resultou em inevitável prejuízo aos brasileiros, ou seja, ao Brasil, diante da impossibilidade de investimentos em obras públicas no pais, por falta de recursos, porque eles, que deveriam ter ficado aqui, foram mandados, de maneira absolutamente injustificável, para o custeio de obras importantes em outros países, fato que teria causado forte reflexo na soberania e na economia nacionais e ainda por privilegiar deliberadamente interesses estrangeiros, em cristalino detrimento da satisfação de carências da população brasileira.
Convém que os brasileiros, não importando suas ideologias, se conscientizem de que, nesse estranhíssimo caso dos financiamentos para obras em países de regime socialista/comunista não houve nenhum benefício para o interesse público, ou seja, para os brasileiros, o que significa se intuir que esse rumoroso caso exige, inevitavelmente, as devidas investigações, com a necessária urgência, diante do envolvimento de montanhas de recursos públicos, extremamente necessários à satisfação de carências dos brasileiros, os quais saíram do Brasil sem qualquer motivação nem justificativa capazes de ancorar tamanho desvio de finalidade, quando seus legítimos donos da dinheirama pertinente ficaram em estado lastimável de água e pão, quanto ao usufruto das benesses resultantes, que deveriam ser somente dos brasileiros.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 3 de julho de 2019

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