segunda-feira, 29 de julho de 2019

Mudança de hábitos?

Um empresário paraibano morreu durante vaquejada que estava acontecendo no município de Catingueira, na Paraíba.
Segundo relato, a citada morte foi causada quando o cavalo em que ele estava se assustou com um boi que passava na frente dele.
Um vídeo mostra como houve o acidente, que teve início com o susto do animal, provocando a queda do empresário e, em sequência, também a do cavalo, logo em cima da vítima.
O empresário, em estado grave, foi imediatamente encaminhado para o Complexo Hospitalar de Patos, mas sofreu parada cardíaca e morreu a caminho da unidade de saúde.
Nos últimos tempos, tem-se debatido muito sobre os riscos e as maldades do homem contra os  animais, na prática de vaquejada, quando muitos acidentes resultam em danos aos bois, com extração do rabo, quebra de membros e outras formas de maus-tratos, que poderiam ser evitados, como forma de preservação da integridade deles.
Nesse caso específico, pode-se até alegar que a morte do empresário não tenha ocorrido propriamente em razão direta das operações entre o vaqueiro e o boi, mas é certo que ele não teria morrido se não estivesse participando ativamente na área dos animais e o acidente não teria acontecido se não houvesse a vaquejada.
Ou seja, desta feita, infelizmente a vítima foi o ser humano que era defensor da prática abusiva e criminosa da judiação de animais indefesos, que são expostos à própria sorte.
Embora a vaquejada seja forma de atividade cultural dos sertanejos e sobre isso não há que ignorar, porque é pura realidade regional, o homem precisa, urgentemente, optar por outra forma de divertimento que não envolva o sofrimento de animais, porque certamente haverá demonstração de que a evolução humana pode perfeitamente contribuir para mostrar que as suas inteligência e sensibilidade são capazes de compreender que não vale a pena a sua egoística satisfação independentemente do sofrimento de animais, inclusive sobre risco de morte, como no trágico caso em referência.
Sobreleva se imaginar que não seja apenas a questão cultural da sociedade, porque não é difícil se intuir que a ganância pelo lucro financeiro, nas operações relacionadas com a vaquejada, tem grande influência nas suas práticas, mesmo com o apelo dos defensores da preservação do meio ambiente e dos animais.
Quando há o envolvimento do poder econômico, não é tão fácil se mudar práticas enraizadas na cultura do povo, mesmo que isso já esteja mais do comprovado que há risco de acidente e até de morte, com inevitáveis danos à sociedade ou aos animais, realidade esta que se confirma, infelizmente, com a morte do empresário.
Sensibilizado com a lamentável perda desse empresário paraibano, concito os homens de boa vontade que se conscientizem sobre a urgente necessidade de se substituir a prática da vaquejada por outra forma de diversão compatível com a sensibilidade humana, em harmonia com a evolução natural da humanidade, diante dos inevitáveis riscos que não se justificam mais na atualidade, em razão da necessidade da mudança de hábitos para outros capazes de contribuir para a preservação e a integridade da vida humana e animal.
          Brasil: apenas o ame!
          Brasília, em 29 de julho de 2019

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