Um
empresário paraibano morreu durante vaquejada que estava acontecendo no
município de Catingueira, na Paraíba.
Segundo
relato, a citada morte foi causada quando o cavalo em que ele estava se
assustou com um boi que passava na frente dele.
Um vídeo mostra como houve
o acidente, que teve início com o susto do animal, provocando a queda do
empresário e, em sequência, também a do cavalo, logo em cima da vítima.
O
empresário, em estado grave, foi imediatamente encaminhado para o Complexo
Hospitalar de Patos, mas sofreu parada cardíaca e morreu a caminho da unidade
de saúde.
Nos
últimos tempos, tem-se debatido muito sobre os riscos e as maldades do homem
contra os animais, na prática de vaquejada,
quando muitos acidentes resultam em danos aos bois, com extração do rabo,
quebra de membros e outras formas de maus-tratos, que poderiam ser evitados,
como forma de preservação da integridade deles.
Nesse
caso específico, pode-se até alegar que a morte do empresário não tenha ocorrido
propriamente em razão direta das operações entre o vaqueiro e o boi, mas é
certo que ele não teria morrido se não estivesse participando ativamente na
área dos animais e o acidente não teria acontecido se não houvesse a vaquejada.
Ou
seja, desta feita, infelizmente a vítima foi o ser humano que era defensor da prática
abusiva e criminosa da judiação de animais indefesos, que são expostos à
própria sorte.
Embora
a vaquejada seja forma de atividade cultural dos sertanejos e sobre isso não há
que ignorar, porque é pura realidade regional, o homem precisa, urgentemente,
optar por outra forma de divertimento que não envolva o sofrimento de animais,
porque certamente haverá demonstração de que a evolução humana pode perfeitamente
contribuir para mostrar que as suas inteligência e sensibilidade são capazes de
compreender que não vale a pena a sua egoística satisfação independentemente do
sofrimento de animais, inclusive sobre risco de morte, como no trágico caso em
referência.
Sobreleva
se imaginar que não seja apenas a questão cultural da sociedade, porque não é
difícil se intuir que a ganância pelo lucro financeiro, nas operações
relacionadas com a vaquejada, tem grande influência nas suas práticas, mesmo
com o apelo dos defensores da preservação do meio ambiente e dos animais.
Quando
há o envolvimento do poder econômico, não é tão fácil se mudar práticas
enraizadas na cultura do povo, mesmo que isso já esteja mais do comprovado que
há risco de acidente e até de morte, com inevitáveis danos à sociedade ou aos
animais, realidade esta que se confirma, infelizmente, com a morte do
empresário.
Sensibilizado
com a lamentável perda desse empresário paraibano, concito os homens de boa
vontade que se conscientizem sobre a urgente necessidade de se substituir a
prática da vaquejada por outra forma de diversão compatível com a sensibilidade
humana, em harmonia com a evolução natural da humanidade, diante dos
inevitáveis riscos que não se justificam mais na atualidade, em razão da
necessidade da mudança de hábitos para outros capazes de contribuir para a
preservação e a integridade da vida humana e animal.
Brasil: apenas o
ame!
Brasília, em 29 de julho de 2019
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