quarta-feira, 17 de julho de 2019

Somente pelo amor ao próximo


Está sendo veiculada na internet mensagem retratando alguns políticos da esquerda, de grande influência política nacional, onde figuram o líder e, em sequência de importância no quadro de seguidores dele, seus principais idólatras e colaboradores partidários e políticos.
O que impressiona terrivelmente é a notória e espetacular criatividade dos codinomes extremamente depreciativos e pejorativos, com conotação visivelmente destinada a denegrir as imagens deles, tanto no que tange ao sentimento humano como, em especial, no que se refere à representatividade política, visto que todos são designados como abjetos, completamente desprezíveis, como ser humano.
É evidente que essa forma explícita e absolutamente injustificável de desprezo ao ser humano não pode servir de bons exemplos para as pessoas e muito menos merecer a complacência de ninguém de bom senso, diante da necessidade do mínimo sentimento sobre o respeito e o valor ao seu semelhante.
Sem dúvida alguma, isso apenas demonstra extrema falta de amor ao próximo e muita irracionalidade humanitária, quando se faz algo assim, de forma deliberada, por pura satisfação ao ego pessoal, como se isso fosse alguma coisa importante, necessária e absolutamente normal e natural, quando, ao contrário, não passa de algo frívolo, absolutamente dispensável, inútil.
Na verdade, trata-se essencialmente de comparação de pessoas com instrumentos fecais de animais, equiparando-as ao que mais existe de inferioridade na face da Terra, ou seja, o ser humano permite se despojar daquilo que é mais sagrado no seu íntimo, que é o respeito à espécie, quando o capricho dos apoiadores deixa se ponderar exclusivamente as pessoas políticas, que são confundidas com possíveis atos inerentes às atividades públicas, quando os políticos precisam ser avaliados e, se for o caso, julgados pela Justiça ou pelos próprios eleitores, que têm competência para os elegerem, quando acharem que seus atos, mesmo suspeitos de anormais, não são impeditivos ao exercício de cargos públicos eletivos.
Custa acreditar que o ser humano, com tanta inteligência e intelectualidade possa se dignar ao desprezo do seu precioso raciocínio para criar algo absolutamente ilógico e extremamente contraproducente no caminho da humanidade, que objetiva tão somente estimular o prazer mórbido de, no pior das hipóteses, mostrar ao semelhante algo em forma de vingança por alguma coisa que, na verdade, não se pode garantir, com absoluta certeza, que tenha realmente acontecido, como, por exemplo, que as figuras ali retratadas e defloradas na sua sagrada honra tenham sido reais vilãs da nacionalidade, tendo desviado dinheiro público ou até mesmo causado algum desvio de conduta prejudicial ao interesse dos brasileiros.
E que tudo de pior e mais grave possa ter acontecido, mesmo assim, não se justificaria que alguém trouxesse a público e recebesse a cumplicidade de quem, quer queira aceitar ou não, tenha a mesma índole destinada a mostrar a sua indignidade graciosa pela desgraça possivelmente praticada por esses homens públicos que fazem parte da história política nacional.
Na realidade. compete ao Poder Judiciário, no âmbito da sua competência constitucional e legal, conduzir ou promover, quando for o caso, as medidas cabíveis e apropriadas ao saneamento das demandas pertinentes, com relação às medidas necessárias, inclusive à condenação, repita-se, se for o caso, desses políticos, cujas imagens estão sendo severamente castigadas e esculhambadas nas redes sociais, de forma extremamente injusta, ao meu sentir e ao que tudo indica, por nada justificar atitude isolada com o cunho da maior gravidade e desumanidade, quanto à honra do seu semelhante, em cristalina demonstração de irresponsabilidade atrevida e grosseira.
Sem a menor dúvida, essa forma de procedimento poderá implicar punição aos envolvidos, diante da indiscutível caracterização dos crimes de danos morais e desgaste da imagem, caso os atingidos resolvam defender a sua honra, bastando que os idealizadores dessa barbaridade não consigam provar a motivação da afronta à dignidade dos políticos desmoralizados pelas imagens.
À toda evidência, trata-se de exposição de risco, por parte de quem assume ser favorável e apoiador, por meio de postagem, nas redes sociais, de medidas contrárias à honra e à dignidade de pessoas, por apenas as encamparem pelo fato de acharem linda a disseminação de imagens que não levam a absolutamente nada, em termos de reparação de possível lesão ao sentimento de moralidade e brasilidade, sem outra razoável motivação para tanto.
Sem nenhuma forma de censura a quem quer que seja, porque cada qual é dono do seu livre arbítrio e age da maneira que achar conveniente e correto, segundo a sua consciência, conviria que as pessoas procurassem compreender que aquilo que não presta para si ou que possa contrariar o sentimento humano poderia ser descartado, desprezado, como forma de se contribuir para a valorização da dignidade das pessoas.
Todos nossos esforços em prol da melhoria das relações sociais, normalmente podem contribuir para a geração de movimentos saudáveis capazes de minimizar o ódio e de fortalecer a aproximação das pessoas, diante do sentimento de solidariedade tão necessário na atualidade.
É evidente que esta crônica não pretende senão alertar as pessoas para a necessidade de maior reflexão quanto às atitudes contumazes, que, muitas vezes, não permitem se vislumbrar que elas poderiam ser evitadas, em benefício pessoal e do próximo, segundo a essência do ensinamento de Juses Cristo, que se assenta no princípio que manda amar ao próximo como a si mesmo.     
Causa enorme perplexidade se perceber que esses chamados “gênios” da publicidade e da propaganda, com viés voltado para a destruição de imagens e a difamação de políticos, nada importando as suas ideologias, que até possam ter reputação péssima, em termos de conduta cívica, não consigam reverter as suas capacidades intelectuais em benefício da construção do bem e, ao contrário, de ações de benemerência, com a criação de quadros voltados, por exemplo, para o combate à violência, à melhoria da saúde pública, ao amor ao próximo e outros painéis incentivadores de algo capaz de reverter a péssima conduta de políticos, mostrando caminhos que possam levar à pureza das atividades políticas, entre outros que incentivem a população em não se permitir o apoio a algo que não seja realmente construtivo e digno à elevação do sentimento humano e de profissão do amor ao próximo.          
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 16 de julho de 2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário