Está sendo veiculada na internet mensagem
retratando alguns políticos da esquerda, de grande influência política
nacional, onde figuram o líder e, em sequência de importância no quadro de
seguidores dele, seus principais idólatras e colaboradores partidários e
políticos.
O que impressiona terrivelmente é a notória e
espetacular criatividade dos codinomes extremamente depreciativos e
pejorativos, com conotação visivelmente destinada a denegrir as imagens deles,
tanto no que tange ao sentimento humano como, em especial, no que se refere à
representatividade política, visto que todos são designados como abjetos, completamente
desprezíveis, como ser humano.
É evidente que essa forma explícita e absolutamente
injustificável de desprezo ao ser humano não pode servir de bons exemplos para
as pessoas e muito menos merecer a complacência de ninguém de bom senso, diante
da necessidade do mínimo sentimento sobre o respeito e o valor ao seu
semelhante.
Sem dúvida alguma, isso apenas demonstra extrema
falta de amor ao próximo e muita irracionalidade humanitária, quando se faz
algo assim, de forma deliberada, por pura satisfação ao ego pessoal, como se
isso fosse alguma coisa importante, necessária e absolutamente normal e natural,
quando, ao contrário, não passa de algo frívolo, absolutamente dispensável,
inútil.
Na verdade, trata-se essencialmente de comparação
de pessoas com instrumentos fecais de animais, equiparando-as ao que mais
existe de inferioridade na face da Terra, ou seja, o ser humano permite se
despojar daquilo que é mais sagrado no seu íntimo, que é o respeito à espécie,
quando o capricho dos apoiadores deixa se ponderar exclusivamente as pessoas
políticas, que são confundidas com possíveis atos inerentes às atividades públicas,
quando os políticos precisam ser avaliados e, se for o caso, julgados pela
Justiça ou pelos próprios eleitores, que têm competência para os elegerem,
quando acharem que seus atos, mesmo suspeitos de anormais, não são impeditivos ao
exercício de cargos públicos eletivos.
Custa acreditar que o ser humano, com tanta
inteligência e intelectualidade possa se dignar ao desprezo do seu precioso raciocínio
para criar algo absolutamente ilógico e extremamente contraproducente no caminho
da humanidade, que objetiva tão somente estimular o prazer mórbido de, no pior
das hipóteses, mostrar ao semelhante algo em forma de vingança por alguma coisa
que, na verdade, não se pode garantir, com absoluta certeza, que tenha realmente
acontecido, como, por exemplo, que as figuras ali retratadas e defloradas na
sua sagrada honra tenham sido reais vilãs da nacionalidade, tendo desviado
dinheiro público ou até mesmo causado algum desvio de conduta prejudicial ao
interesse dos brasileiros.
E que tudo de pior e mais grave possa ter acontecido,
mesmo assim, não se justificaria que alguém trouxesse a público e recebesse a
cumplicidade de quem, quer queira aceitar ou não, tenha a mesma índole
destinada a mostrar a sua indignidade graciosa pela desgraça possivelmente
praticada por esses homens públicos que fazem parte da história política
nacional.
Na realidade. compete ao Poder Judiciário, no
âmbito da sua competência constitucional e legal, conduzir ou promover, quando
for o caso, as medidas cabíveis e apropriadas ao saneamento das demandas
pertinentes, com relação às medidas necessárias, inclusive à condenação, repita-se,
se for o caso, desses políticos, cujas imagens estão sendo severamente castigadas
e esculhambadas nas redes sociais, de forma extremamente injusta, ao meu sentir
e ao que tudo indica, por nada justificar atitude isolada com o cunho da maior
gravidade e desumanidade, quanto à honra do seu semelhante, em cristalina demonstração
de irresponsabilidade atrevida e grosseira.
Sem a menor dúvida, essa forma de procedimento
poderá implicar punição aos envolvidos, diante da indiscutível caracterização dos
crimes de danos morais e desgaste da imagem, caso os atingidos resolvam
defender a sua honra, bastando que os idealizadores dessa barbaridade não
consigam provar a motivação da afronta à dignidade dos políticos desmoralizados
pelas imagens.
À toda evidência, trata-se de exposição de risco, por
parte de quem assume ser favorável e apoiador, por meio de postagem, nas redes
sociais, de medidas contrárias à honra e à dignidade de pessoas, por apenas as encamparem
pelo fato de acharem linda a disseminação de imagens que não levam a absolutamente
nada, em termos de reparação de possível lesão ao sentimento de moralidade e
brasilidade, sem outra razoável motivação para tanto.
Sem nenhuma forma de censura a quem quer que seja,
porque cada qual é dono do seu livre arbítrio e age da maneira que achar
conveniente e correto, segundo a sua consciência, conviria que as pessoas procurassem
compreender que aquilo que não presta para si ou que possa contrariar o
sentimento humano poderia ser descartado, desprezado, como forma de se
contribuir para a valorização da dignidade das pessoas.
Todos nossos esforços em prol da melhoria das
relações sociais, normalmente podem contribuir para a geração de movimentos
saudáveis capazes de minimizar o ódio e de fortalecer a aproximação das pessoas,
diante do sentimento de solidariedade tão necessário na atualidade.
É evidente que esta crônica não pretende senão
alertar as pessoas para a necessidade de maior reflexão quanto às atitudes
contumazes, que, muitas vezes, não permitem se vislumbrar que elas poderiam ser
evitadas, em benefício pessoal e do próximo, segundo a essência do ensinamento
de Juses Cristo, que se assenta no princípio que manda amar ao próximo como a
si mesmo.
Causa enorme perplexidade se perceber que esses chamados
“gênios” da publicidade e da propaganda, com viés voltado para a destruição de
imagens e a difamação de políticos, nada importando as suas ideologias, que até
possam ter reputação péssima, em termos de conduta cívica, não consigam reverter
as suas capacidades intelectuais em benefício da construção do bem e, ao
contrário, de ações de benemerência, com a criação de quadros voltados, por
exemplo, para o combate à violência, à melhoria da saúde pública, ao amor ao
próximo e outros painéis incentivadores de algo capaz de reverter a péssima
conduta de políticos, mostrando caminhos que possam levar à pureza das atividades
políticas, entre outros que incentivem a população em não se permitir o apoio a
algo que não seja realmente construtivo e digno à elevação do sentimento humano
e de profissão do amor ao próximo.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 16 de julho de 2019
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