quinta-feira, 11 de julho de 2019

Por que não amor ao Brasil?


Diante da crônica que escrevi, há poucos dias, sob o título “O distanciamento da modernidade”, em que foi abordada minha opinião sobre atitudes de autoridades públicas que insistem, com unhas e dentes, na soltura de importante político condenado pela Justiça, tendo por base as conversas entre membros da força-tarefa da Operação Lava-Jato, ilicitamente vazadas pela imprensa, alguns comentários foram feitos sobre o texto.
O ilustre senhor Edival Fernandes houve por bem ressaltar, a propósito, talvez por entender que tem correlação com meu texto, o seguinte fato: “Em entrevista publicada pelo site da GaúchaZH, Ciro Gomes atacou Sergio Moro. O candidato derrotado ao Planalto em 2018 afirmou que o ex-juiz da Lava Jato é um ‘herói com pés de barro’ e está ‘em processo de desmoronamento.’”.
 Prezado senhor Edival, não é verdade que aquele que os brasileiros honrados consideram verdadeiro herói nacional, por ter realizado brilhante e precioso trabalho em benefício da moralização da administração pública, sofra processo de desmoralização, salvo, por óbvias razões, por parte de políticos e  pessoas que ainda não sentiram na pele e na sua consciência nada cívica e antipatriótica a suma importância do que seja o Brasil sem corrupção e livre de homens públicos desavergonhados e sem escrúpulos.
A verdade é que as pessoas honradas que amam o país estão prestando, inclusive em manifestações públicas, as melhores homenagens a quem, pela primeira vez, na República brasileira, conseguiu contrariar as raízes dos interesses espúrios de homens públicos inescrupulosos e desonestos que participaram da maior ladroagem já vista nas terras tupiniquins, em que pese, estranhamente, muitos dos quais ainda continuarem sendo aplaudidos e consagrados como autênticos cidadãos de bem e considerados injustiçados, exatamente pelas pessoas que torcem pelo desmoronamento do então juiz que ousou simplesmente agir na forma da lei e contrariar a força poderosa dos péssimos brasileiros que nada fizeram para evitar que bilhões de reais fossem desviados dos cofres públicos, à vista do que consta do petrolão, tendo colocado atrás das grandes a nata dos ilustres envolvidos nesse mar de perversidade e esculhambação com o dinheiro público, que foi capaz de estarrecer a sociedade honrada, diante do protagonismo deletério por parte de quem prometia amor aos princípios da ética e da moralidade.  
Nobre senhor Edival, é sabido que, quem tem boca, pode dizer qualquer bobagem, o que bem estender, inclusive agredir as pessoas honradas, responsáveis, cônscias de seus deveres cívicos, patrióticos e interessadas na defesa das causas nacionais e dos brasileiros.
Quem tem visão normal e quer enxergar a realidade dos fatos, sempre evita dizer inverdades e fazer acusações sem fundamento, com a finalidade exclusivamente de graciosa agressão, para a satisfação de seu ego antipatriótico.
Os fatos mostram à saciedade e têm o condão de falar muito mais alto do que muitas opiniões vazias e apenas agressivas e ainda negam quaisquer avaliações precipitadas, irreais e irresponsáveis, tão somente na tentativa de enaltecer as qualidades inexistentes de criminosos que usaram recursos públicos em benefício, entre outros, de megalomaníacos projetos políticos, com vistas à absoluta dominação das classes política e social, em especial daquela que foi facilmente catequizada com o propósito específico para enxergar somente o que serve à ideologia de liderança política em visível decadência, por força de determinação da Justiça, em razão do reconhecimento da prática de graves crimes contra a sociedade.
Em que pese todo definhamento moral e político, ainda há quem o venere como o “deus” e salvador da pátria, o que bem demonstra a que nível se permite parte expressiva da sociedade que não se interessa pela formação de consciência cívica e patriótica para perceberem que os interesses do Brasil são bem maiores do que causa defendida por quem, segundo o Ministério Público Federal, conseguiu destruir parte importante da moralidade do Brasil, por meio de esquemas  de corrupção, engendrado com o auxílio de eficiente e bem articulada organização criminosa, consistente, basicamente, no petrolão, cujos métodos técnico-científicos são de todos reconhecidos, porque realizados por meio de investigações legalmente respaldada pelo ordenamento jurídico brasileiro e retratados em reiterados julgamentos do Poder Judiciário, evidenciando tantos e enormes prejuízos causaram aos cofres públicos e aos interesses dos brasileiros, cujos fatos são inegáveis e patentes.
Não obstante, esses fatos somente são negadas e ignorados por pessoas que preferem endeusar homens públicos que dizem mundos e fundos que interessam e agradam ao povão, mas, na prática, alguns atos foram resumidos em processo concreto e efetivo sobre irregularidades praticadas contra o patrimônio dos brasileiros, com a juntada aos autos de inevitáveis elementos de prova material, capazes de levá-los à condenação e à prisão, justamente por aquele que deveria ser respeitado por seu trabalho notoriamente digno em prol do interesse da nação, por meio de implacável combate à corrupção, que é considerado um dos piores cânceres na administração do Brasil, conforme mostram os fatos investigados.
Infelizmente ainda têm brasileiros que ficam apoiando aqueles que criticam o gigantismo do corajoso e competente trabalho de moralização do Brasil, promovido por um juiz, que se trata de algo inédito na história republicana, que foi capaz de colocar na prisão influentes e poderosos políticos de diversas ideologias, executivos, empresários e outros perigosos criminosos assemelhados, além de ter conseguido reverter para os cofres públicos milhões de reais que foram desviados de suas verdadeiras finalidade públicas, como a melhoria dos serviços de incumbência do Estado.
Somente os cegos, os alienados, os  fanatizados e as pessoas que não têm amor ao Brasil ainda insistem em não reconhecer o trabalho maravilhoso que foi feito em combate à corrupção que imperava viva e fortemente no Brasil, à vista dos resultados das investigações levadas a efeito pela competente Operação Lava-Jato, que os opositores a ela demandam e instilam veneno contra o seu importante trabalho, de excelentes benefícios para a saúde do interesse público.
Certamente que seja bem possível que somente quem trama abertamente para o descrédito do importante trabalho daquela operação, com manifestação infundada e em menosprezo direto para tentar apequenar o seu valioso valor quanto ao desejo de moralização do país, em clara conspiração a favor à volta das organizações criminosas, sejam aqueles que sempre tiveram seus propósitos atendidos e sempre se aproveitam das facilidades propiciadas pela coisa pública, principalmente quando prevalentes no seio de governos que não conseguiram evitar a implantação de gigantesca organização criminosa no âmbito de empresas estatais, a exemplo da Petrobras, BNDES, e fundos de pensão, à vista de elementos e provas coligidos por meio de investigações,  tanto por determinação de quem é considerado, por algum homem público, de forma maldosa, “herói com pés de barro” como por outros meios de apuração, levando-se à conclusão de que aos abutres não há o menor interesse no combate à corrupção e muito menos à impunidade.
Ao contrário, para eles, é preferível a prevalência dos esquemas ilícitos que eram capazes de contribuir para o enriquecimento fraudulento de aproveitadores e a manutenção de milionárias e sujas campanhas eleitorais, mantidas com o dinheiro dos sacrificados contribuintes, que, ingenuamente, são obrigados a recolherem escorchantes tributos para a manutenção da onerosa, deficiente e incompetente máquina pública, para depois perceberem que organizações criminosas havia conseguido desviar boa parte dos recursos para fins outros, em detrimento das finalidades públicas.
Caro Edival, o que se percebe, na atualidade, é o despudorado avanço dos operadores do crime institucionalizado no país, que não se acostumam com a dureza e a ferocidade que precisava ser imprimido em combate à corrupção, diante do enfraquecimento de suas garras delituosas em proveito de recursos públicos, sempre desviados à luz do dia e sem qualquer controle e fiscalização, que, aliás, essa forma de deficiência tem muito a ver com a índole dos políticos, que não se se interessam pela adoção de controle algum, por qual motivo ainda não foi possível se perceber, por óbvio.
Não há a menor dificuldade para se perceber que quase nada se consegue modernizar neste país, que não sabe o que é reforma nas suas estruturas e conjunturas, o que tem muito a ver com a mentalidade decrépita de muitos homens públicos, que preferem que a máquina pública permaneça exatamente ineficiente, incompetente, atrasada e distanciada da modernidade alcançada nos países sérios, civilizados e evoluídos, em termos políticos e democráticos.
Quando se imagina que é preciso se implantar mudanças nas estruturas do Estado, a reação é exatamente o que se percebe com o que aconteceu com muitos congressistas que se insurgiram contra a onda de moralidade, com a retirada das benesses propiciadas pelo arcaico fisiologismo imperante nos últimos governos, que contribuíram para a depravação na gestão dos recursos públicos, notando-se idêntica mentalidade com relação aos aproveitadores dos dinheiro público, que sentiram o golpe e os estragos causados pela Operação Lava-Jato, depois das investigações e dos julgamentos contrários aos seus interesses, pondo obstáculos à voracidade de suas mentes doentias diante dos cofres públicos.     
 Convém que os brasileiros demonstrem seu verdadeiro amor ao Brasil, no sentido de que houve sim verdadeira roubalheira, embora seus mentores e envolvidos não tivessem a dignidade de assumir seus atos, que foram devidamente confirmados por meio de investigações competentes, sérias e confiáveis, por que com vistas à obtenção da verdade, conforme mostram os resultados devidamente palpáveis e comprovados, para o fim de se apoiar campanhas e movimentos em prol da moralização da administração pública, em clara negação em desprezo às péssimas pessoas que procuram desconstruir o magnífico trabalho que somente vem sendo feito, no mundo, contra as organizações criminosas que vicejaram no seio de governos absolutamente contrários ao interesse público, à vista dos deploráveis escândalos do mensalão e do petrolão, que conseguiram lançar mar de desgraça à credibilidade da gestão pública brasileira.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 11 de julho de 2019

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