sábado, 20 de julho de 2019

Em defesa da candidatura independente


Ameaçada de expulsão do PDT, por votar a favor da reforma da Previdência, uma deputada federal por São Paulo disse que “não vendeu seu voto e que o ‘sim’ às mudanças nas regras de aposentadoria não significam um ‘sim’ ao governo Jair Bolsonaro, tampouco um ‘não’ à orientação do partido.”.
O PDT fechou questão contra a reforma da Previdência, mas oito deputados declararam voto a favor, entre os quais se encontra uma deputada que é cotada para disputar a prefeitura de São Paulo pelo partido, mas ela já disse não ter preocupação com a eleição municipal de 2020.
A deputada disse que "A reforma que hoje votamos não pertence mais ao governo; ela sofreu diversas alterações feitas por esse mesmo Congresso. O sim que digo à reforma não é sim ao governo e não é um não a decisões partidárias. Meu voto é um voto de consciência, não é um voto vendido, não é por dinheiro de emendas. É um voto seguindo minhas convicções e tudo que estudei até aqui. Ao tomar essa decisão olho para o futuro do País e não para o próximo processo eleitoral.".
Ela divulgou, em redes sociais, vídeo em que lê discurso afirmando lutar pelos mais pobres, tendo afirmado que "Não é fácil, não é cômodo escolher esse caminho, mas é absolutamente urgente e necessário.".
A parlamentar disse que “teve coragem de tomar uma decisão ‘dolorosa’ e que o regime de previdência atual ‘tira dinheiro de quem menos tem e transfere para os mais ricos.’".
A deputado disse, justificando seu voto, que "Ela (a Previdência) aumenta a desigualdade do Brasil em um quinto e é impasse para o desenvolvimento do País. Ser de esquerda não pode significar ser contra um projeto que, de fato, pode tornar o Brasil mais desenvolvido e mais inclusivo. Damos um primeiro passo, aquele que é possível para que a gente possa voltar a crescer de forma fiscalmente responsável para então distribuir renda.". 
Ameaçada no PDT, a deputada já teve convite informal de outras legendas, entre elas o Cidadania, por causa de afinidades entre as convicções dela e o partido, segundo deputados da legenda.
Conforme jurisprudência no Tribunal Superior Eleitoral, não cabe ação de perda de mandato por infidelidade partidária se a expulsão for por descumprimento de orientação em votações no Congresso Nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Não há a menor dúvida de que, na atualidade, a cristalina  mentalidade da esquerda é fazer tudo para tornarem a gestão pública e o Brasil inviáveis, sem a menor condição para a retomada do desenvolvimento econômico, porque isso simplesmente permite se vislumbrar que o governo de direita não tem condições mínimas de adotar as necessárias providências administrativas na consecução da melhoria da economia, dos investimentos, da produção e do emprego, esquecendo que tem sido exatamente a esquerda insensata e incoerente que vem trabalhando para não se permitir que o governo aprove os instrumentos necessários à obtenção dos mecanismos próprios de mudanças.
Os partidos de esquerda fizeram o diabo para dificultar a aprovação da reforma da Previdência, que se apresenta como uma das medidas capazes de contribuir para o ajuste das contas públicas, o equilíbrio dos orçamentos e a retomada do crescimento econômico, por meio de maior arrecadação, da volta da produtividade e do emprego, por  consequência dos investimentos em obras públicas e a liberação de recursos para a realização de empreendimentos sociais.
Tenho defendido, com ardor e veemência, urgente reforma política que permita o aperfeiçoamento e a modernização do sistema político-partidário, de modo que possam ser quebradas as amarras do retrocesso, da ignorância e principalmente das mentalidades retrógradas fortemente existentes nas atividades políticas, principalmente no que tange à esquerda, que não se conforma com a prematura perda do poder e, via de consequência, das influências decorrentes dele.
A ideia que defendo é a permissão do candidato autônomo, independente, sem partido, que possa exercer seu mandato exclusivamente sob a orientação da sua mentalidade, do seu pensamento político, cuja ideologia possa ser capaz de agregar no seu patrimônio político somente aquilo que a pessoa imagina que possa ser salutar e benéfico para a sociedade e o interesse público, sem precisar se curvar a possíveis interesses escusos nem ao fechamento de questão, quase sempre por interesse ou conveniência com finalidade ideológica ou por outros motivos não claramente justificáveis, à luz do interesse público, quando o partido, como no presente caso, acena claramente que não gosta do governo, mas se esquece, de forma absurda e brutal, que os projetos precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional, em atendimento aos interesses nacionais, ou seja, da população, que não pode ficar prejudicada porque os partidos de esquerda são contra os projetos apresentados pelo governo.
O que o partido da deputada fez só demonstra que o sistema político não passa de monstruosidade que não atenta para o sentimento de brasilidade, ou seja, mesmo que o projeto possa ser em benefício do Brasil e dos brasileiros, o parlamentar fica proibido, por vontade partidária, de votar nele, simplesmente, pasmem, porque o partido é oposição ao governo, fato a evidenciar estrondoso e injustificável distanciamento do bom senso e da extrema falta de razoabilidade.
Pode até ser compreensível que haja divergência de ideologias, mas jamais isso poderia ter o condão de prejudicar a aprovação de projetos que digam respeito aos interesses nacionais, que exigem convergência de vontade política para o bem do Brasil e não para a imagem do governo, que apenas tem obrigação de mostrar serviço em benefício da população, não por ser de direita, mas sim porque o Brasil nunca esteve tão carente de medidas do bem.
É preciso se levar em conta que não se pode fazer política com mentalidade de rato de laboratório, ao sabor das circunstâncias, em cristalino desejo, como no caso em apreço, de que o governo precisa ser fragorosamente derrotado pela esquerda, para que isso possa contribuir para a vitória de seus opositores no próximo pleito eleitoral, como se só valessem as conveniências políticas, em claro detrimento das causas do Brasil e dos brasileiros, que terminam pagando preço altíssimo pela mediocridade da classe política, por não ter sabedoria nem competência para apresentar projeto construtivo em contraposição ao oferecido pelo governo, que, apesar dos pesares, tem sido a única alternativa para o ajuste imaginado para o saneamento das contas públicas.
É fora de dúvida de que, nos países sérios, civilizados e evoluídos, em termos políticos e democráticos, os homens públicos podem se candidatar livremente, para que as suas ideias políticas possam ser sintonizadas exclusivamente com o seu pensamento e os de seus eleitores, com o compromisso de que eles tenham o direito de apenas defender as questões relacionadas com o interesse público, com embargo dessa mentalidade política retrógrada e poluída com os resquícios do domínio das ultrapassadas ideias oligárquicas, prejudiciais à evolução e à modernidade políticas, ansiadas pela sociedade, que não suporta mais o terrível posicionamento segundo o qual, quanto pior na gestão pública, melhor para os opositores, em fortalecimento de seus planos políticos de poder, não havendo nisso qualquer mérito a justificar a derrocado de um lado e a ascensão do outro.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 20 de julho de 2019

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