quarta-feira, 17 de julho de 2019

Lição de sensibilidade


Ontem escrevi a crônica intitulada “Tudo pelo amor ao próximo”, onde foi enfatizado que o texto de que se trata pretendia tão somente alertar as pessoas para a necessidade de maior reflexão quanto às atitudes contumazes, que, muitas vezes, não permitem se vislumbrar que elas poderiam ser evitadas, em benefício pessoal e do próximo, segundo a essência do ensinamento de Jesus Cristo, que se assenta no princípio que manda amar o próximo como a si mesmo.
O atento e sempre elegante no uso das palavras, o  amigo/irmão João Tebaldi, demonstrando sensibilidade com a minha mensagem, ponderou nesse sentido, in verbis:Obrigado irmão/amigo pelo alerta. Do ponto de vista cristão, está corretíssima a sua observação. Falta-nos mais amor no coração, tolerância e respeito com o próximo, ainda que seja um tremendo político que não demonstre caráter. Não julgue, para não serdes julgado, afirma a máxima.”.
Em resposta, eu digo que o exemplar cidadão Tebaldi foi muitíssimo justo e feliz, em resumir com importantes e tocantes palavras a essência do sentimento que precisa permear o ser humano, que, muitas vezes, no afã de misto de rancor e vingança, até mesmo com viés ideológico ou contra determinado princípio, entende que pode julgar seu próximo, rebaixá-lo ao pior nível  e ainda fazer justiça com as próximas mãos, sem imaginar que ninguém pode se arvorar em imaginar que seja o dano da verdade, que pode se superior aos outros, em situação nitidamente destoante dos princípios humanitários, em que todos são iguais perante Deus, com a única diferença de que quem comete crime apenas precisa se explicar nos tribunais próprios.
É preciso que as pessoas mais experientes e vividas, com bagagem acumulada na vida, se esforcem em procurar ser o equilíbrio nesse mundo de Deus, que permite tudo, mas também implora para que o bom senso e a sensibilidade possam imperar e estar presentes em nossos corações, como forma de intermediação entre os insensatos e aqueles que pensam que são donos da verdade.
Eu lamento profundamente quando me deparo com situações em que pessoas do bem, experimentadas, educadas, vividas, gentleman no trato, não conseguem perceber que, quanto mais se incentiva a disseminação de algo sem propósitos senão destrutivos e absolutamente inúteis, apenas se estar contribuindo para empobrecer ainda mais os nossos conhecimento e cultura, que já são terrivelmente inaceitáveis e deprimentes, possivelmente em razão dessa falta de sensibilidade, que precisa nascer dentro dos corações das pessoas de bem e dignas.
Pensando um pouco melhor, não há a menor dúvida de que o homem é o principal e direto responsável pelo que há de bom e pior em nosso redor, não permitindo que haja o desvencilhar desses trambolhos inúteis, que somente perturbam a sua vida, exatamente quando deixa de perceber a gravidade das atitudes maldosas que poderiam ser evitadas com o simples gesto de não disseminá-las nem apoiá-las de maneira nenhuma.
Infelizmente, às vezes, esse apoio é feito por puras leviandade e imprudência, pensando ingenuamente que aquilo é apenas demonstração de brasilidade, quando, na verdade, a sua participação apenas contribui para acrescentar mais ódio e ressentimento que poderiam ser evitados, ou seja, a contribuição nesse sentido tem efeito contrário sobre o que se imagina que seja melhor para o mundo.
Realmente, irmão Tebaldi, o nosso coração se alegra muito quando a gente pratica ação de amor ao próximo, porque ele sente aliviado e feliz, por compreender que a humanidade cresce e se desenvolve quando as boas coisas acontecem, mas, ao contrário, ele entristece e fica péssimo quando percebe que ainda há pessoas que têm dificuldade para compreender o real sentimento de amor ao próximo, mesmo que este nunca lhes tenha sido hostil, fato que, mesmo assim, não se justifica a prática do mal, porque isso somente serve para aumentar o sentimento de vingança e desamor entre as pessoas.
Que a paz de Deus possa penetrar nos corações das pessoas que acham que pode fazer justiça por conta própria, tentando, em vão, corrigir o mundo, apenas por se sentir pessoas corretas e justas, quando a nossa missão na Terra tem exclusivo e supremo propósito de amar o próximo como a si mesmo, na verdadeira dimensão das sábias palavras ditas pelo Mestre dos mestre: Jesus Cristo.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 17 de julho de 2019

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