terça-feira, 7 de novembro de 2023

As bem-aventuranças

 

Conforme mensagem constante de vídeo, da lavra do padre Joãozinho, em forma de minissermão, foi dito por ele que os “Benditos, bem-aventurados, felizes… são aqueles que entendem a sabedoria da Cruz, que é uma ponte para a Luz! Entendem a dinâmica de perder para ganhar, dar a vida para se salvar, passar pela lágrima para sorrir, abrir o coração para encontrar a salvação, ter sede para ser saciado, ter forme, ser perseguido, injuriado! Tudo isso pode parecer loucura para o mundo, mas é sabedoria para os que seguem o caminho de felicidade, que Jesus nos deixou (Mt 5,1-12).”.

No Sermão da Montanha (Mt 5,3-12), Jesus Cristo resume a essência da sua Boa Nova, em forma de bem-aventuranças, que os cristãos costumam chamar de obras da felicidade.

Segundo a interpretação humana, as bem-aventuranças são formas de felicidade colocadas por Deus no coração do homem, como essência da vida.

As bem-aventuranças são convites permanentes de escolhas decisivas em relação aos bens terrenos, oferecendo oportunidade para a purificação de nossos corações, para a facilitação da prática do amor, que é fonte primeira de aproximação a Deus.

Conforme as palavras divinas, as bem-aventuranças são:

1.    Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

2.    Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.

  3. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.

  4. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

  5. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
6. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

  7. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

  8. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.

  9. Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

Sim, trata-se de teoria bíblica que precisa ser muito bem e moderadamente interpretada, diante da possibilidade de se imaginar que seja, necessariamente, preciso dar a vida para se salvar, ou seja, se perder para se ganhar; passar pela lágrima, para sorrir; abrir o coração, para encontrar a salvação; ter sede, para ser saciado; etc.

Na verdade, para o melhor entendedor, quem vive conforme as bem-aventuranças do Evangelho de Jesus Cristo já basta para o merecimento da salvação, evidentemente sem necessidade de qualquer sacrifício extraordinário, que implique ser, primeiro, expiado para o reconhecimento vir por conta de seus méritos, para merecer o prêmio da salvação.

Acredita-se que os exemplos das perdas e dos louros pelos sacrifícios teriam alguma validade como consolo extremo, de se justificar alguma forma de recompensa, caso o cristão possa ter sido, diante de Deus, eventualmente, desviado para uma das sabedorias da Cruz, mas jamais esse caminho precisaria ser percorrido para se alcançar a glória celestial, quando a pessoa já se encontra enquadrado no figurino do verdadeiro bom cristão, procurando ser fiel aos ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo.

Sim, não se pode negar que alguma forma de sacrifício pode servir para o reconhecimento do poder divino de compensação à glória celestial, como forma de se entender que os bons merecem as bonanças divinas, quanto mais aqueles que foram submetidos ao sacrifício, certamente em nome do amor e das causas divinas?

Enfim, importa mesmo que estejamos com a alma sempre limpa perante Deus, para que o caminho até Ele seja sempre sem qualquer obstáculo nem necessidade de pagar, como espécie de castigo, por alguma forma de sacrifício, senão quanto à defesa da própria purificação de vida santa.

É preciso se compreender que se trata de interpretação estritamente pessoal, cabendo às pessoas, de per si, interpretarem o verdadeiro significado das bem-aventuranças, segundo a sabedoria da Cruz, conforme o ensinamento de Jesus Cristo, que é a fonte maior para o caminho da santidade.

Brasília, em 7 de novembro de 2023

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