Hoje se reverencia a lembrança das pessoas queridas que fizeram parte da nossa intimidade, com quem tivemos a felicidade de conviver e usufruir a bondade da existência delas, nos proporcionado a vida, o sustento, o alimento, a companhia, o carinho ou a amizade, enfim, nos ensinando o verdadeiro sentido da vida e do amor.
Essa é a verdade que consiste basicamente na sustentação da razão da vida, como forma que assegura o bálsamo da existência do viver em família, em amizade, com o pleno usufruto das benesses divinas, que têm tempo de duração limitada, com a validade exatamente no limite da bondade de Deus, que entende o tanto do merecimento da felicidade terrena para as pessoas.
Quando menos se espera, essa felicidade desaparece com a partida de ente amado, que desaparece da vida e deixa no seu lugar o enorme vazio da saudade avassaladora, justamente porque nós aprendemos a amá-lo, por conta do sentimento ardoroso da sua companhia, cuja dor se eterniza no coração, precisamente na proporção do quanto foi construído de bem e de bondade, no caminho da vida, na companhia de pessoa querida.
A tradição do reverenciamento aos mortos se reveste da maior relevância para os cristãos, pela memorável lembrança que continua nutrindo dentro de nossos corações, com relação às pessoas queridas, porque a sua imagem é eterna.
Essa forma tão amada às pessoas que se foram serve de lindo momento para se sentir a grandeza da saudade, que se transforma na companhia viva delas, que se ausentaram, sim, de nós, no plano físico, mas a marca da sua bondade nunca se afasta de nós, porque ela está sempre presente em nossos corações.
A verdade é que os valores religiosos e sentimentais nos ensinam que o sublime valor da vida resulta na grandeza na morte, que tem esse poder da lembrança eterna dos entes queridos que se foram, justamente pela importância do seu maravilhoso legado para nós.
Essa importante lição deixada pelos nossos antecedentes suscita em nós viventes a imperiosa necessidade da realização do melhor que o nosso coração aconselha, antes que chegue o momento determinado para a nossa partida.
Sim, é preciso que tenhamos a consciência de que o tempo corre com muita rapidez e estreita, quase que imperceptivelmente, a nossa breve existência, fato este que serve de alerta divino sobre a necessidade da celebração da vida, com a plenitude máxima, em especial, com a possibilidade da realização de boas obras de amor ao próximo.
Enfim, o dia de hoje está reservado especialmente para nos antenar com os nossos entes queridos, que agora são estrelas no firmamento de Deus, em justas homenagens de carinho e amor, dizendo que a saudade deles é imensurável, diante da grandeza da sua companhia terrena.
Neste dia, rogo a esperança em Deus que acolha no seu paraíso celestial as almas de todas as pessoas que cumpriram a sua importante missão terrena, que elas também sejam iluminadas com as luzes do amor divino.
Muitas saudades de meus entes queridos, cuja lembrança se renova com muita força neste dia especial dedicado aos finados.
Brasília, em 2 de novembro de 2023
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