quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Pesquisa enganosa?

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, é mostrado o resultado de pesquisa sobre o desempenho do governo, em que 45% das pessoas consultados responderam ruim ou péssimo, enquanto 43% entenderam que ele é bom ou excelente.

À toda evidência, embora se trate de pesquisa sobre o desempenho do governo, imagina-se que ela tem muito mais conotação com o sentimento ideológico, em que se responde apenas pelo instinto de simpatia política, sem qualquer vinculação propriamente com a execução das políticas públicas, como forma de refletir a real finalidade da pesquisa popular.

A bem da verdade, quando se avalia o desempenho de alguém, é preciso se levar em conta parâmetros substanciais sobre o que foi efetivamente executado.

A avaliação a que se refere a pesquisa em causa diz com o desempenho do governo federal, que se encerrou com empate técnico, mostrando que meio a meio das pessoas consultadas consideraram que ele foi péssimo ou ruim, enquanto a outra parte entendeu que seu desempenho foi bom e excelente.

Pois bem, no que diz respeito às precariedades e deficiências, elas são notórias, monstruosas e incontáveis, principalmente com relação aos rombos nas contas públicas; aos prejuízos no desempenho de estatais; à fartura de ministérios, absolutamente insustentáveis e injustificáveis, à vista exatamente pela constatação de nada fazerem nem executarem em benefício para a sociedade; ao fechamento dos registros da transposição das águas do Rio São Francisco; aos incontroláveis aumentos de tributos; à amizade promíscua com organizações criminosas; à aproximação com governos ditatoriais e desumanos; à drástica redução do Bolsa Família; ao aumento das queimadas da floresta amazônica; às inúmeras viagens internacionais, com hospedagem em diária milionária e comitiva injustificável, às custas dos bestas dos contribuintes; à aliança com o desprezível e fisiológico Centrão; entre outras tantas deformidades administrativas prejudiciais ao interesse da população.

Bem, agora, convém se enumerar as realizações positivas do governo, por exemplo, o… e…

Os pontinhos ficam no aguardo de alguma ótica realização do governo, em benefício da população, se é que ele tenha capacidade para tanto, em que pese a infinidade de ministérios, que nem sabem exatamente para qual finalidade muitos deles foram criados, salvo para o vergonhoso provimento de cargo para apaniguados de partidos aliados do governo.

Por dever de justiça, a avaliação do desempenho do governo precisa se levar em conta a comparação do que foi realizado por ele, sopesando os valores positivos e negativos.

Como se vê, na minha avaliação, eu somente consegui levantar realizações negativas, mas há quem enxergue algo positivo executado por ele, o que é normal, mas apenas no âmbito da ideologia, porquanto inexiste qualquer fato considerado importante para a sociedade, partindo do governo.

Na minha ótica, a avaliação do governo, com o devido mérito, é 100% ruim ou péssimo, exatamente porque ele só produziu ruindade, em forma nociva aos brasileiros e ainda não começou a trabalhar em efetivo benefício para a sociedade.

No meu modesto entendimento, a avaliação sobre o desempenho do governo se mostra absolutamente enganosa, porque termina dando a falsa impressão para o presidente que, apesar da notória mediocridade do seu trabalho, mesmo assim a metade das pessoas pesquisadas ainda acha bom ou excelente o seu desempenho, quando, na verdade, não é nada disso, infelizmente.

Para o bem dos próprios brasileiros, convém que se atribua avaliação de desempenho exatamente na medida do devido merecimento, porque a honestidade acerca da indicação exata do desempenho do governo pode exigir que ele se conscientize quanto ao seu pífio desempenho e se interesse em melhorar o seu trabalho, em benefício do Brasil e dos brasileiros.

Brasília, em 23 de novembro de 2023

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