segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Valorização do professor!

 

O sonho da maioria dos alunos é ser professor, porque a profissão espelha a mais sublime arte de amor traduzida em ensinar, educar e formar pessoas de bem.

Essa verdade de cada criança vai se desfazendo com a continuidade dos estudos, quando ela percebe que o poder público, que tem a incumbência constitucional da execução das políticas inerente à educação, tem muito pouco interesse em valorizar o importante trabalho do professor.

Na verdade, o prestígio do professor é inversamente contrário à sua importância de principal educador, que ainda tem o desafio do enfrentamento das complexas adversidades, a exemplo da violência, da falta de estrutura nas escolas, da indisciplina e do desinteresse de alunos, além do salário aviltante, em relação ao que representa a sua grandeza como educador.

O trabalho do professor se torna ainda mais difícil por conta das realidades sociais de muita desigualdade, em que muitos estudantes se encontram em verdadeira situação de vulnerabilidade social, obrigando o professor ao desafio de conciliador de conflitos sociais.

O Censo Escolar de 2021 mostrou que mais de 2,2 milhões de professores davam aulas, no Brasil, sendo obrigados ao enfrentamento natural dos mais diferenciados desafios contextualizados no cotidiano, para desempenhar o importante papel de educar crianças e jovens.

Sem margem de dúvidas, o fator mais importante do aprendizagem é o professor, não bastando ter estrutura orgânica, porque o sucesso dos alunos depende do mestre, que precisa ser visto com olhar especial, em todos os sentidos.

Estudos realizados nos Estados Unidos da América concluíram que alunos orientados por professores de alta qualidade tinham muito mais probabilidade de frequentar a universidade, com ótimos rendimentos na idade adulta e, o mais importante, menor probabilidade de se envolverem em comportamentos de risco, na adolescência.

Sim, é preciso que o professor tenha vocação, conquanto o bom mestre dependa também, em especial, do alto grau de profissionalização e o constante desenvolvimento, por meio de aperfeiçoamento técnico-científico.

Conforme o Indicador de Valorização de Professores (IVP), que pesquisa o desempenho do professor, apenas 26% dos brasileiros acreditam que os professores são bem valorizados, no país, enquanto somente 20% dos docentes têm essa percepção.

O mesmo indicador aponta que um em cada três brasileiros percebe que a carreira de docente é pouco valorizada, quando a mesma observação é feita por 18% dos professores.

O IVP também aponta que a percepção da sociedade e dos professores sobre a educação é positiva, no Brasil, fato este que mostra que ambos a entendem como um valor fundamental e valorizam essa área de atuação.

Na verdade, há o consenso por parte da sociedade de que os professores precisam de melhores condições de trabalho e de carreira mais atraente, em termos salariais.

Nesse sentido, convém que haja urgente mudança de estratégia para a execução de importantes políticas públicas, de modo que a figura do professor seja eleita como peça-chave no mecanismo da educação de qualidade, aperfeiçoada e modernizada, em harmonia com a evolução da ciência e da tecnologia.

Na verdade, percebe-se que alguns estados brasileiros já estão avançando na melhoria da educação, tendo, a partir de agora, a compreensão do Congresso Nacional, que se une aos estados, em esforço com vistas ao movimento da elevação da qualidade da educação, para que os professores possam ser valorizados e tenham condições dignas de trabalho e desenvolvimento à altura da sua importância como educador.

Urge, sim, a imperiosa necessidade de que os professores possam ter condições privilegiadas de atuação, com o seu máximo potencial, de modo que eles sejam capazes de melhorar a aprendizagem dos alunos, nos melhores níveis possíveis, uma vez que isso somente será viável se houver interesse do poder público.

Diante de novas perspectivas de ampliação do potencial, das habilidades e das competências atribuídos em benefício dos professores, a tendência natural será o atingimento da melhor qualidade da educação, no Brasil.

A verdade é que não existe país que tenha se desenvolvido senão privilegiando a educação e, por via de consequência, os seus professores.

A conquista do desenvolvimento e da prosperidade somente será possível se o país, com base no poder público, e a sociedade se unirem em esforços, de forma convergente, com vistas à modernidade e ao aperfeiçoamento da educação e que, no seu bojo, esteja a prioridade à valorização do trabalho do professor, de modo que ele possa ensinar e educar com a melhor qualidade possível.

            Brasília, em 13 de novembro de 2023

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