segunda-feira, 9 de junho de 2014

Administração deletéria

A pesquisa DataFolha não é lá muito auspiciosa para a candidata petista à reeleição. Ela perdeu três pontos em intenção de votos, saindo de 37% para 34%, tendo perdido também na avaliação quanto ao seu desempenho no governo, com 33% para governo bom ou ótimo. Ela também tem queda no quesito aprovação do governo - em maio, era de 80% e agora é de 72% dos que consideram o governo bom ou ótimo. A rejeição cresceu, tendo atingindo 35%. Embora a presidente tivesse perda na intenção de votos, os principais candidatos de oposição a ela não tiveram aumenta. O candidato tucano passou de 20% para 19% e o socialista saiu de 11% para 7% das intenções de votos. Os que não sabem em quem votar (13%) ou acham que vão votar em branco ou nulo (17%) ainda representam percentual elevado de 30% dos eleitores. A pesquisa foi realizada às vésperas da Copa do Mundo, que tem sido motivo de fortes críticas sobre os gastos com as obras para a sua realização, mas a maior preocupação do povo, na atualidade, está mesmo com a economia, cuja pesquisa mostrou crescimento ao contrário sobre os principais fatores, como receio sobre a piora do desempenho econômico (36%); temor do desemprego (48%); medo da inflação (64%); e medo de empobrecer (38%). Em suma, parece que a economia pode ser o calcanhar de Aquiles desse governo, que tem sido um de seus indicadores fracos e repletos de vulnerabilidades, a ponto de não mostrar credibilidade e muito menos conseguir imprimir confiança ao povo nem ao empresariado, que estão demonstrando temor quanto à continuidade da gestão do país, por falta de competência e de coordenação, devido à imprecisa execução da política econômica brasileira, cujos resultados melancólicos e desanimadores são evidenciados nos constantes desempenhos do Produto Interno Bruto – PIB; no aumento da inflação; nos juros muito altos; na carga tributária na órbita celestial; nos elevados encargos previdenciários; e noutros tantos fatores que estão contribuindo fortemente para afetar seriamente o desempenho da economia, que se reprime diante dos poderosos gargalos que são visíveis, porém intocáveis pela incompetência da administração do país, que simplesmente se omite ante a calamitosa situação de estagnação da economia, que perde competitividade a cada dia, justamente por falta de reestruturação dos mecanismos propulsores do desenvolvimento. Os números da pesquisa aparecem no momento de fraca atividade econômica, que contribui para diminuir a confiança na gestão do país, que não acena para a adoção de medidas capazes de contornar a crise a crise econômica que parece ter chegado para ficar. A queda na preferência da presidente do país é tão importante que ajudou a incrementar as aplicações na Bolsa de Valores, com a elevação de 3%, segundo os agentes financeiros, que comemoraram a sábia decisão dos entrevistados, que sinalizam quanto à perspectiva de mudanças na condução da política econômica e na possibilidade de menor intervenção oficial, após as eleições, em empresas estatais. A pesquisa também demonstrou que os brasileiros são favoráveis a urgente mudança nas estruturas do Estado, conforme a indicação de 74% dos entrevistados. Na verdade, a pesquisa ainda está longe de refletir a realidade sobre os candidatos, principalmente acerca da representante petista, mas a tendência tem sido no sentido de o povo se conscientizar sobre a necessidade de serem avaliadas as realizações do governo, que já teve bastante tempo de gestão, mais de década, e conseguiu apenas administrar, de forma prioritária, porém bisonha, os programas assistencialistas, com os defeitos e as desorganizações notórios, consistentes na falha de cadastramento dos beneficiários, na falta de controle e fiscalização e, sobretudo, na ausência de avaliação sobre o custo-benefício quanto aos dispêndios. Por certo, o povo há de perceber o mesmo que os empresários já entenderam bem antes, qual seja, a enorme maldade causada ao país e à sociedade pela administração incapaz de contribuir positivamente para o desenvolvimento econômico, em evidente prejuízo aos interesses nacionais. Compete ao povo analisar o verdadeiro desempenho do governo, de modo a se conscientizar se ele tem ou não condições de continuar administrando o país na forma deletéria e prejudicial ao desenvolvimento econômico brasileiro. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de junho de 2014

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