A
pesquisa DataFolha não é lá muito auspiciosa para a candidata petista à reeleição.
Ela perdeu três pontos em intenção de votos, saindo de 37% para 34%, tendo perdido
também na avaliação quanto ao seu desempenho no governo, com 33% para governo
bom ou ótimo. Ela também tem queda no quesito aprovação do governo - em maio, era
de 80% e agora é de 72% dos que consideram o governo bom ou ótimo. A rejeição cresceu,
tendo atingindo 35%. Embora a presidente tivesse perda na intenção de votos, os
principais candidatos de oposição a ela não tiveram aumenta. O candidato tucano
passou de 20% para 19% e o socialista saiu de 11% para 7% das intenções de
votos. Os que não sabem em quem votar (13%) ou acham que vão votar em branco ou
nulo (17%) ainda representam percentual elevado de 30% dos eleitores. A
pesquisa foi realizada às vésperas da Copa do Mundo, que tem sido motivo de fortes
críticas sobre os gastos com as obras para a sua realização, mas a maior preocupação
do povo, na atualidade, está mesmo com a economia, cuja pesquisa mostrou
crescimento ao contrário sobre os principais fatores, como receio sobre a piora
do desempenho econômico (36%); temor do desemprego (48%); medo da inflação
(64%); e medo de empobrecer (38%). Em suma, parece que a economia pode ser o
calcanhar de Aquiles desse governo, que tem sido um de seus indicadores fracos
e repletos de vulnerabilidades, a ponto de não mostrar credibilidade e muito
menos conseguir imprimir confiança ao povo nem ao empresariado, que estão
demonstrando temor quanto à continuidade da gestão do país, por falta de
competência e de coordenação, devido à imprecisa execução da política econômica
brasileira, cujos resultados melancólicos e desanimadores são evidenciados nos
constantes desempenhos do Produto Interno Bruto – PIB; no aumento da inflação; nos
juros muito altos; na carga tributária na órbita celestial; nos elevados
encargos previdenciários; e noutros tantos fatores que estão contribuindo
fortemente para afetar seriamente o desempenho da economia, que se reprime
diante dos poderosos gargalos que são visíveis, porém intocáveis pela
incompetência da administração do país, que simplesmente se omite ante a
calamitosa situação de estagnação da economia, que perde competitividade a cada
dia, justamente por falta de reestruturação dos mecanismos propulsores do
desenvolvimento. Os
números da pesquisa aparecem no momento de fraca atividade econômica, que contribui
para diminuir a confiança na gestão do país, que não acena para a adoção de medidas
capazes de contornar a crise a crise econômica que parece ter chegado para
ficar. A queda na preferência da presidente do país é tão importante que ajudou
a incrementar as aplicações na Bolsa de Valores, com a elevação de 3%, segundo
os agentes financeiros, que comemoraram a sábia decisão dos entrevistados, que
sinalizam quanto à perspectiva de mudanças na condução da política econômica e
na possibilidade de menor intervenção oficial, após as eleições, em empresas
estatais. A pesquisa também demonstrou que os
brasileiros são favoráveis a urgente mudança nas estruturas do Estado, conforme
a indicação de 74% dos entrevistados. Na verdade, a pesquisa ainda está
longe de refletir a realidade sobre os candidatos, principalmente acerca da
representante petista, mas a tendência tem sido no sentido de o povo se
conscientizar sobre a necessidade de serem avaliadas as realizações do governo,
que já teve bastante tempo de gestão, mais de década, e conseguiu apenas
administrar, de forma prioritária, porém bisonha, os programas
assistencialistas, com os defeitos e as desorganizações notórios, consistentes
na falha de cadastramento dos beneficiários, na falta de controle e
fiscalização e, sobretudo, na ausência de avaliação sobre o custo-benefício
quanto aos dispêndios. Por certo, o povo há de perceber o mesmo que os
empresários já entenderam bem antes, qual seja, a enorme maldade causada ao
país e à sociedade pela administração incapaz de contribuir positivamente para
o desenvolvimento econômico, em evidente prejuízo aos interesses nacionais.
Compete ao povo analisar o verdadeiro desempenho do governo, de modo a se
conscientizar se ele tem ou não condições de continuar administrando o
país na forma deletéria e prejudicial ao desenvolvimento econômico brasileiro.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de junho de 2014
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