Ao comentar as vaias
e os xingamentos proferidos contra a sua sucessora, por ocasião da abertura da
Copa do Mundo, o ex-presidente da República petista declarou, em entrevista ao
Jornal do SBT, que seu partido não pode fazer campanha sem discutir o tema corrupção:
“As pessoas mais humildes, as pessoas que
trabalham neste país, não têm a cultura de ofender as autoridades. Aqueles
palavrões me cheirou (sic) a coisa
organizada, o preconceito, a raiva demonstrada, possivelmente a gente tenha
culpa de não ter cuidado disso com carinho. O PT não pode fazer uma campanha
sem discutir o tema da corrupção, não podemos fazer como avestruz e enfiar a
cabeça na areia e falar que este tema não podemos debater.”. Ele disse que o
julgamento do mensalão sofreu com a pressão da imprensa: “A minha tese é de que, possivelmente, esse tenha sido o processo que
tenha sido julgado com a maior pressão de determinados setores dos meios de
comunicação da história da humanidade. Nunca as pessoas envolvidas num processo
foram condenadas com tanta antecedência. Não estou julgando os ministros e não
vou julgá-los, mesmo que uma decisão ou outra não me agrade. Não é meu papel
julgar a Suprema Corte. Agora, o que temos que fazer é recontar essa história.
As penas desses companheiros já foram dadas. O que esses companheiros agora
precisam conquistar é o direito de andar de cabeça erguida nas ruas desse
país.”. O petista precisa se despertar, com urgência, da letargia da
ignorância política e se conscientizar de que o Brasil é constituído não somente
de pessoas humildes, principalmente aquelas carentes e beneficiárias do
programa Bolsa Família, que dão graças do “todo-poderoso” petista por ter
turbinado o assistencialismo para cerca de cinquenta milhões de brasileiros,
que não precisam trabalhar nem produzir coisa alguma, porque, mesmo sendo
ninharia, não vai faltar o dinheiro para a cesta da família. Esses brasileiros,
que não têm a menor preocupação com o destino do país, evidentemente também não
vão perceber a forma deletéria como o país vem sendo administrado, com as
políticas públicas voltadas para as coalizões de governabilidade direcionadas
para o apaziguamento dos interesses pessoais e partidários, consistente na
distribuição de cargos públicos sem o menor escrúpulo e sem a nenhum
compromisso com a eficiência e o interesse público, porquanto o que importa
mesmo é o apoio político em troca de um ou dois minutos de programa eleitoral,
para que a candidata do governo tenha mais tempo para apresentar à nação as
inverdades como sendo as realizações mais fantásticas deste mundo, quando se sabe
que as potencialidades e as riquezas sociais e econômicas brasileiras, se
administradas com competência, eficiência e responsabilidade pública,
certamente não permitiriam que a nação estivesse na situação de precariedade
quanto à prestação de serviços públicos, refletida, de forma realista, nos
resultados de avaliação promovidos pelos organismos internacionais confiáveis,
mostrando que o Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil figura bem distante
de países sem nenhuma expressão econômica, que jamais teriam condições de se
encontrar onde estão se não tivessem dado prioridades às políticas públicas em
prol da melhoria das condições de vida do seu povo, justamente em contraposição
ao que é feito pelo governo tupiniquim, que permite o aprofundamento da
precariedade dos sistemas de saúde pública, educação, segurança pública,
transportes, saneamento básico, infraestrutura etc., que subsistem em
permanente sucateamento e degradação. A outra parte da população, totalmente
esclarecida, responsável pela produção do país e não dependente das benesses
assistencialistas do governo, que funcionam sob sistema estruturado como se os
recursos pertinentes tivessem origem no PT, tem sido capaz de enxergar não
somente a plena incapacidade gerencial do país, a fartura de atos de corrupção
no governo, a leniência com a impunidade, a ausência de projetos de impacto e
de obras de infraestrutura, que, se tivessem, seriam capazes de contribuir para
o progresso do país, mas também a forma nociva aos interesses do país, com os
espúrios conchavos políticos, a complacência com a corrupção, a ausência de
reformas estruturais do Estado e tantas outras deficiências que conspiram
fortemente contra a continuidade administrativa, que seria ainda mais
prejudicial aos interesses nacionais. São exatamente esses brasileiros que têm
a dignidade de dizer ao mundo, em bom e alto som, que existe insatisfação
contra o desgoverno, dita com bastante clareza, embora em linguagem não muito
clássica para o momento solene. Por sua vez, custa acreditar no nível de
sinceridade e de honestidade que o PT possa ter para se discutir o tema da
corrupção, notadamente por se tratar do partido cujo governo mais se envolveu
com casos de corrupção com recursos públicos, sendo também pródigo em se omitir
quanto às medidas saneadoras das irregularidades havidas, a despeito de nenhuma
apuração ter sido disponibilizada para o conhecimento público e de ninguém ter
sido punido pelo partido, a exemplo dos mensaleiros, que foram condenados pelo
Supremo Tribunal Federal, por ministros nomeados pelo governo petista e com
base em provas legalmente coligidas aos autos, que, ao contrário, foram
transformados em verdadeiros heróis e suas multas pecuniárias foram quitadas,
em processo de mutirão entre os cumpanheiros, que, a exemplo do líder-mor, não
acreditam sequer na existência do esquema ilegítimo da compra de parlamentares,
para a aprovação de projetos de interesse do governo. A sociedade precisa se
conscientizar sobre o conjunto da nefasta obra petista que tem sido altamente
prejudicial aos interesses da sociedade e do país, por ter ficado devidamente
evidenciado que a sua atuação no governo se traduz na exclusiva consecução da
perenidade no poder, não importando a forma nem os fins para serem atingidos
seus objetivos. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de junho de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário