A arte musical foi enriquecida com a intensa e brilhante
participação do grande timoneiro Dedé de Capitão, que, com reconhecidas
competência e respeitabilidade, comandou com invulgar maestria a mais famosa
banda de música Jesus, Maria e José, da querida Uiraúna. Sem menosprezo aos
demais maestros, ele foi sem dúvida o mais destacado músico que integrou aquela
banda, por ter sido possuidor do dom professoral da música, elegante na
transmissão do conhecimento aos seus comandados e majestoso, sem ser arrogante,
no comando, por tanto tempo, da banda de música mais respeitada da região, que,
certamente, não teria alcançado tamanho destaque e reconhecimento no mundo
musical não fossem a sabedoria, a dedicação, o sacrifício e o empenho do
carismático Dedé de Capitão, que teve a competência e o regozijo de dirigir os
maiores músicos da sua época, todos de renomes no meio musical (deixo de
nominá-los por possível injustificável omissão), que também contribuíram para
enaltecer as marcantes qualidades do grande maestro e da sua imponente banda de
música. Sem dúvida, são notáveis as contribuições do venerado maestro Dedé de
Capitão à cultura de Uiraúra e quiçá da região, cujo legado reforça o
entendimento de que ele será sempre lembrado como o cidadão que soube, com
muita inteligência e espírito humanitário, valorizar não somente a disseminação
da nobre arte musical, mas o ensinamento dela aos seus semelhantes. A cidade de
Uiraúna tem preito de enorme reconhecimento e gratidão a esse baluarte da sua
história, sendo ele merecedor das maiores e possíveis homenagens, como forma de
ficar registradas para sempre a importância e a grandeza da contribuição dele
para a história e o desenvolvimento dessa cidade. Despede-se de nós esse
magnífico maestro, com a certeza de que a sua passagem pela terra deixou
rastros que jamais serão destruídos, por terem sido marcados por belas e
importantes obras musicais, em benefício de seus compatriotas. Que as liras
celestiais conduzam sua alma junto ao Pai, na serenidade dos seus sublimes
sonetos musicais, tão bem solfejados por ele, na sua existência. Com a
solidariedade aos respeitados familiares, por tão sentida e irreparável
perda.
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de junho de 2014
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