segunda-feira, 30 de junho de 2014

Homenagem (in memoriam) a Dedé de Capitão

A arte musical foi enriquecida com a intensa e brilhante participação do grande timoneiro Dedé de Capitão, que, com reconhecidas competência e respeitabilidade, comandou com invulgar maestria a mais famosa banda de música Jesus, Maria e José, da querida Uiraúna. Sem menosprezo aos demais maestros, ele foi sem dúvida o mais destacado músico que integrou aquela banda, por ter sido possuidor do dom professoral da música, elegante na transmissão do conhecimento aos seus comandados e majestoso, sem ser arrogante, no comando, por tanto tempo, da banda de música mais respeitada da região, que, certamente, não teria alcançado tamanho destaque e reconhecimento no mundo musical não fossem a sabedoria, a dedicação, o sacrifício e o empenho do carismático Dedé de Capitão, que teve a competência e o regozijo de dirigir os maiores músicos da sua época, todos de renomes no meio musical (deixo de nominá-los por possível injustificável omissão), que também contribuíram para enaltecer as marcantes qualidades do grande maestro e da sua imponente banda de música. Sem dúvida, são notáveis as contribuições do venerado maestro Dedé de Capitão à cultura de Uiraúra e quiçá da região, cujo legado reforça o entendimento de que ele será sempre lembrado como o cidadão que soube, com muita inteligência e espírito humanitário, valorizar não somente a disseminação da nobre arte musical, mas o ensinamento dela aos seus semelhantes. A cidade de Uiraúna tem preito de enorme reconhecimento e gratidão a esse baluarte da sua história, sendo ele merecedor das maiores e possíveis homenagens, como forma de ficar registradas para sempre a importância e a grandeza da contribuição dele para a história e o desenvolvimento dessa cidade. Despede-se de nós esse magnífico maestro, com a certeza de que a sua passagem pela terra deixou rastros que jamais serão destruídos, por terem sido marcados por belas e importantes obras musicais, em benefício de seus compatriotas. Que as liras celestiais conduzam sua alma junto ao Pai, na serenidade dos seus sublimes sonetos musicais, tão bem solfejados por ele, na sua existência. Com a solidariedade aos respeitados familiares, por tão sentida e irreparável perda.   
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de junho de 2014

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