Conforme pesquisa realizada
por Pew Research Center, instituto norte-americano que faz levantamentos sobre
tendências e temas mundiais, foi revelado, na sua página na internet, que 72% dos brasileiros estão insatisfeitos com a situação do país,
ante a nítida ausência de governo e de políticas públicas capazes de solucionar
as questões essenciais dos brasileiros. De acordo com a pesquisa, semanas antes
dos protestos de junho de 2013, a parcela da população insatisfeita era de 55%,
bem menor que apresentado agora. No levantamento, que teve abrangência de 1.003
ouvintes, foi verificado que somente 26% dos brasileiros estão satisfeitos com
o país. Os brasileiros entrevistados, no percentual de 61%, disseram que a
realização da Copa do Mundo no Brasil não foi boa ideia para a população, pelo
fato de ter sido desviado dinheiro da saúde, educação, segurança pública e de
outros serviços públicos que continuarão sendo prestados de forma precária. O
instituto ressalta que a qualidade dos serviços públicos foi um dos motivadores
dos protestos de junho do ano passado, mas, nem por isso, houve qualquer
melhoria para o povo depois dos movimentos de ruas. No levantamento, 34%
disseram que a copa pode contribuir para a criação de empregos e ajudar a
economia. Conforme a pesquisa, a população considera que os principais
problemas do país são a alta nos preços, a criminalidade, a saúde pública e a
corrupção dos políticos, respectivamente em 85%, 83%, 83% e 78%. O instituto
Pew Research Center ressalta que, em 2010, esses problemas já constavam entre
os mais citados pela população, em pesquisa semelhante realizada por ele. Parcela
de 52% dos entrevistados disse que a gestão da presidente do país é "uma
boa influência" para o país, enquanto pesquisa similar, realizada em 2010,
o índice de aprovação do presidente antecedido foi de 84%. O índice dos brasileiros
que desaprovam o desempenho da presidente com relação no tema corrupção é de
86%. A desaprovação do modo como a presidente lida com a criminalidade e com a
saúde é de 85%. A desaprovação dela nos itens transportes públicos, educação e
política externa foi respectivamente de 76%, 71% e 71%. Conforme a pesquisa,
as taxas de aprovação dos presidentes petistas são nitidamente maiores entre os
grupos da população com menores escolaridade e renda. O instituto estranha que,
apesar das altas taxas de desaprovação nos temas específicos, a presidente é
mais bem avaliada pela população do que seus concorrentes na próxima eleição,
porquanto 51% têm "visão favorável" a ela, enquanto os candidatos
tucano e socialista têm respectivamente 27% e 24%. Por fim, o Pew Research
Center aferiu que a polícia é vista de forma positiva por 33% dos entrevistados,
bem inferior à pesquisa realizada em 2010, que teria chegado a 53%. A atuação
do governo federal foi vista com a influência de 47%, que teve índice de 75% na
pesquisa de 2010. Já a mídia desfruta da simpatia da população em 69%, quando a
sua influência no país, em 2010, atingiu a taxa de 81%. Verifica-se que, embora
a pesquisa em apreço tivesse incidência sobre universo bem reduzido, com
representatividade muito pouco confiável, ante a grandiosidade populacional de
duzentos milhões de brasileiros, os resultados são bastante significativos, por
revelarem realidades palpáveis, visíveis e incontestáveis sobre as
precariedades político-administrativas da nação, que são completamente ignoradas
pelos governantes, por entendem, bem ao contrário do sentimento das pessoas
ouvidas, que a sua gestão tem sido a melhor dos mundos, naturalmente que os
efeitos dela não são sentidos por quem se encastelam nos confortáveis e muito
bem seguros palácios, onde existe outro maravilhoso país dentro do Brasil, que
nada falta e sombra aconchego entre seus integrantes. Urge que a sociedade se
conscientize que as reais deficiências do gerenciamento do país, muito bem
reveladas nos expressivos e alarmantes índices da pesquisa em comento, são inegáveis
estorvos ao desenvolvimento socioeconômico da nação, justamente diante da
fragilidade, omissão administrativa e falta de priorização de políticas
públicas capazes de solucionar as precariedades de gestão que se arrastão
continuamente e de longa data, sem a menor perspectiva de melhoras em curto
prazo, ante a inércia administrativa e a falta de indicativo de medidas capazes
de mudanças do contexto vigente. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de junho de 2014
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