segunda-feira, 30 de junho de 2014

Absoluta insatisfação dos brasileiros

Conforme pesquisa realizada por Pew Research Center, instituto norte-americano que faz levantamentos sobre tendências e temas mundiais, foi revelado, na sua página na internet, que 72% dos brasileiros estão insatisfeitos com a situação do país, ante a nítida ausência de governo e de políticas públicas capazes de solucionar as questões essenciais dos brasileiros. De acordo com a pesquisa, semanas antes dos protestos de junho de 2013, a parcela da população insatisfeita era de 55%, bem menor que apresentado agora. No levantamento, que teve abrangência de 1.003 ouvintes, foi verificado que somente 26% dos brasileiros estão satisfeitos com o país. Os brasileiros entrevistados, no percentual de 61%, disseram que a realização da Copa do Mundo no Brasil não foi boa ideia para a população, pelo fato de ter sido desviado dinheiro da saúde, educação, segurança pública e de outros serviços públicos que continuarão sendo prestados de forma precária. O instituto ressalta que a qualidade dos serviços públicos foi um dos motivadores dos protestos de junho do ano passado, mas, nem por isso, houve qualquer melhoria para o povo depois dos movimentos de ruas. No levantamento, 34% disseram que a copa pode contribuir para a criação de empregos e ajudar a economia. Conforme a pesquisa, a população considera que os principais problemas do país são a alta nos preços, a criminalidade, a saúde pública e a corrupção dos políticos, respectivamente em 85%, 83%, 83% e 78%. O instituto Pew Research Center ressalta que, em 2010, esses problemas já constavam entre os mais citados pela população, em pesquisa semelhante realizada por ele. Parcela de 52% dos entrevistados disse que a gestão da presidente do país é "uma boa influência" para o país, enquanto pesquisa similar, realizada em 2010, o índice de aprovação do presidente antecedido foi de 84%. O índice dos brasileiros que desaprovam o desempenho da presidente com relação no tema corrupção é de 86%. A desaprovação do modo como a presidente lida com a criminalidade e com a saúde é de 85%. A desaprovação dela nos itens transportes públicos, educação e política externa foi respectivamente de 76%, 71% e 71%. Conforme a pesquisa, as taxas de aprovação dos presidentes petistas são nitidamente maiores entre os grupos da população com menores escolaridade e renda. O instituto estranha que, apesar das altas taxas de desaprovação nos temas específicos, a presidente é mais bem avaliada pela população do que seus concorrentes na próxima eleição, porquanto 51% têm "visão favorável" a ela, enquanto os candidatos tucano e socialista têm respectivamente 27% e 24%. Por fim, o Pew Research Center aferiu que a polícia é vista de forma positiva por 33% dos entrevistados, bem inferior à pesquisa realizada em 2010, que teria chegado a 53%. A atuação do governo federal foi vista com a influência de 47%, que teve índice de 75% na pesquisa de 2010. Já a mídia desfruta da simpatia da população em 69%, quando a sua influência no país, em 2010, atingiu a taxa de 81%. Verifica-se que, embora a pesquisa em apreço tivesse incidência sobre universo bem reduzido, com representatividade muito pouco confiável, ante a grandiosidade populacional de duzentos milhões de brasileiros, os resultados são bastante significativos, por revelarem realidades palpáveis, visíveis e incontestáveis sobre as precariedades político-administrativas da nação, que são completamente ignoradas pelos governantes, por entendem, bem ao contrário do sentimento das pessoas ouvidas, que a sua gestão tem sido a melhor dos mundos, naturalmente que os efeitos dela não são sentidos por quem se encastelam nos confortáveis e muito bem seguros palácios, onde existe outro maravilhoso país dentro do Brasil, que nada falta e sombra aconchego entre seus integrantes. Urge que a sociedade se conscientize que as reais deficiências do gerenciamento do país, muito bem reveladas nos expressivos e alarmantes índices da pesquisa em comento, são inegáveis estorvos ao desenvolvimento socioeconômico da nação, justamente diante da fragilidade, omissão administrativa e falta de priorização de políticas públicas capazes de solucionar as precariedades de gestão que se arrastão continuamente e de longa data, sem a menor perspectiva de melhoras em curto prazo, ante a inércia administrativa e a falta de indicativo de medidas capazes de mudanças do contexto vigente. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de junho de 2014

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