Em
recente encontro com comunidades, o então ministro da Secretaria Geral da
Presidência da República, a par de ressaltar que a presidente da República tem
disposição para valorizar diálogo com o povo, dar prioridade aos pobres e
combater diuturnamente a corrupção, afirmou que, no governo tucano, bilhões de
reais eram destinados ao pagamento da dívida, ao contrário dos governos
petistas, onde o dinheiro começou a ser empregado na distribuição de renda e
"É isso que as elites não engolem.
O dinheiro era destinado só aos grandes e
agora começou a voltar para os pobres. É por essa lógica que as elites têm
tanto ódio. Esse ódio que apareceu na eleição e que a imprensa traduziu de
forma tão terrível".
Felizmente,
o mencionado petista foi afastado do importante cargo de ministro possivelmente
por se perceberem que ele não foi capaz de dignificá-lo, ante a sua
impressionante habilidade de tentar distorcer a realidade dos fatos, notadamente
quando somente enxergava que os dinheiros públicos, no governo tucano, eram destinados
apenas para os ricos, enquanto os governos petistas conseguiram reverter o nefasto
processo elitista, para mandar os recursos para os pobres, na pura visão do
petista visando manipulação estritamente em prol do interesse partidário e do
governo, que não correspondia, em absoluto, à realidade dos fatos, conforme
fica muito claro com a manifestação do novo ministro da Fazenda, no seu
discurso de posse, que contradiz radicalmente a assertiva do petista, que
insistia em disseminar inverdades e fatos irreais sobre os governos bipolares
do PT.
O
novo ministro da Fazenda, de maneira digna, mostra outra realidade dos governos
petistas, conforme os fatos nebulosos e nefastos que ele pretende escoimar das
práticas de governança, que o petista tentava desconhecer ou acobertar, possivelmente
por conveniência exclusivamente política, como forma de não prejudicar os
projetos de continuidade no poder, embora as mentiras e as invencionices por
ele protagonizadas tiveram sobrevivência enquanto ele estivera no governo, as quais
estão sendo agora desmascaradas, senão, vejam a seguir.
Os
recados do novel ministro da Fazenda são transmitidos de forma direta, sendo
apresentados com muita clareza, com a transparência das deficiências consistentes
em concessões ilegítimas e prejudiciais ao interesse público, que podem deixar
de existir no atual governo, conforme os casos por ele enumerados a seguir, de
suma importância para a melhora dos rumos da economia do país, mostrando
verdadeira guinada em relação ao primeiro governo, em termos de responsabilidade
e racionalidade administrativas, caso as medidas a seguir sejam realmente
efetivadas.
Com
a nova política econômica, foi sinalizada a extinção das desonerações de
tributos para setores específicos da economia, adotadas pelo governo, sob o
argumento de que isso tinha a finalidade de reduzir o custo das empresas,
estimular a produção e evitar o desemprego, embora houvesse quem as criticasse,
por entender que a medida beneficiava apenas aqueles que faziam melhor lobby,
tiravam recursos do Estado e, em muitos casos, as contrapartidas sociais foram
simplesmente abandonadas. O ministro sentenciou que o Tesouro não vai bancar
esse tipo de desoneração, por apenas privilegiar alguns amigos do poder, em
detrimento do interesse público.
Na
realidade, nesse caso, o governo, além de ter deixado de arrecadar bilhões de
reais de receitas, não conseguiu satisfazer os desejos por mais benefícios dos
empresários, fato que ficou claro quando muitos não apoiaram a presidente na
última eleição, deixando-a completamente frustrada por não ter sido
correspondida com seus agrados àqueles que de pobreza nada intendem.
Na
opinião do comandante da Fazenda, o BNDES deixará de financiar os amigos do
poder a juros camaradas, no caso das empresas que têm vínculo político com o PT
e o governo. Trata-se do que ele chamou de clube de amigos do BNDES que obtém
empréstimos bilionários e que são, na verdade, as grandes empresas
financiadoras de campanha eleitoral, que funciona como combinação letal para a
política, as quais também não têm nenhuma relação com os pobres, mas se
beneficiavam de recursos públicos.
A
chave do possível sucesso do novo ministro e a manutenção de seu brilho pode
estar na sua defesa do fim do “patrimonialismo” do Estado brasileiro, quando
houve por bem avisar aos “campeões nacionais”, que se beneficiaram com ações do
primeiro mandato da petista – que estão bem longe dos pobres citados pelo ex-ministro
petista -, que o dinheiro barato à custa do Tesouro Nacional, notadamente à
disposição do BNDES, vai minguar, uma vez que a determinação é no sentido de
que as torneiras vão ser fechadas para a farra do dinheiro fácil.
À
toda evidência, as palavras honestas e equilibradas do ministro da Fazenda,
evidenciando a verdade sobre os injustificáveis benefícios aos empresários e
aos amigos do governo, põem por terra as assertivas fajutas, hipócritas e
irresponsáveis do então ministro petista, de que o dinheiro desse governo se
destina aos pobres, porque a verdade vinda à tona, agora, mostra que ele também
se destinou fartamente aos ricos, aos empresários, àqueles que cuidavam do inescrupuloso
financiamento de campanhas eleitorais, beneficiando a classe política no poder.
Causa
perplexidade que o governo, no caso do então ministro da Secretaria Geral, se
encarregue de passar para a sociedade somente a sua face de bondade, na
tentativa de encobrir a sua verdadeira cara, que também foi bastante pródigo na
manipulação de recursos públicos para beneficiar aqueles que não precisavam de
ajuda financeira do Tesouro, que são os empresários próximos do poder, que
recebiam tratamento especial em troca de financiamentos de campanhas eleitorais
da classe política dominante.
Ou
seja, o governo petista destinou bilionárias quantias para beneficiar os ricos
que o ex-ministro petista sempre ignorou nas manifestações em defesa da
administração do país, que, na versão dele, somente teria destinado dinheiro
público para os pobres, que sempre acreditaram nessa absurda farsa que agora é
desmascarada, a bem da verdade e da dignidade, pelo ministro da Fazenda.
Urge
que a sociedade, no âmbito das suas responsabilidades cívica e patriótica,
repudie e censure as afirmações inverídicas e mentirosas desmascaradas pelo
próprio governo, mostrando a verdadeira situação de descalabro no âmago da
administração pública, mediante a irregular concessão de benefícios envolvendo
recursos públicos, em troca de apoio financeiro às campanhas eleitorais, em
evidente contraposição aos princípios da dignidade, legitimidade, da
honestidade e probidade, que devem sempre imperar na administração do país.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 12 de janeiro de 2015
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