segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Os trágicos exemplos

Como plataforma para comandar a Câmara dos Deputados, um deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro definiu o discurso de que as outras chapas estão atreladas a “uma pauta corporativa”, convindo, por isso, segundo ele, se “colocar (sic) pautas de interesse da população em debate”, nas quais devem ser inseridas, entre outros temas, a defesa de direitos humanos e trabalhistas e a realização de reformas políticas e tributárias que estabeleçam o fim do financiamento privado de campanha e a taxação de grandes fortunas, respectivamente.
As mentalidades que defendem a taxação das grandes fortunas estão concentradas certamente no idealismo socialista ultrapassado e anacrônico, à luz dos fatos concretos, cuja doutrina político-econômica se caracteriza pela ideia de transformação da sociedade por meio da distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, na tentativa da diminuição da distância entre ricos e pobres, ou seja, tendo como princípio fundamental que as fortunas de quem se sacrificou e investiu seu capital para produzir e acumular os dividendos e os lucros sejam distribuídos de forma equilibrada entre a pobreza.
Impende se ressaltar que, como no Brasil prevalece o sistema capitalista, baseado na liberdade econômica, os princípios do movimento socialista somente poderiam ser implantados no país tupiniquim por meio de reforma social, com o emprego da luta de classes e da revolução do proletariado, como forma de passar a prevalecer o deplorável sistema socialista, onde não há classes sociais e muito menos propriedade privada, fatores estes que são justamente o antídoto do subdesenvolvimento preconizado intrínseca e loucamente pelo falido sistema socialista.
É evidente que a taxação de grandes fortunas seria a primeira medida implantada como a reafirmação da prevalência do socialismo, no qual os bens e as propriedades particulares passam, de forma compulsória, para o domínio de todas as pessoas e haveria a repartição do trabalho comum e dos bens de consumo, na vã tentativa da eliminação das diferenças sociais e econômicas entre os indivíduos, porém o país somente teria condições de se desenvolver por meio dos mecanismos instituídos pelo Estado, cujos exemplos são indiscutivelmente desastrosos, à vista do que acontece na atualidade em Cuba, Venezuela, Correia do Norte e outros poucos países, que vivem ano-luz em atraso e subdesenvolvimento socioeconômico, econômico e democrático, em relação às nações capitalistas, cujas mentes atrofiadas da classe dominante esquerdista preferem ignorar, exclusivamente por conveniência pessoal ou político-partidária, como forma de se beneficiar ainda mais das benesses públicas.
É lamentável que as mentalidades socialistas de políticos esquerdistas tupiniquins sejam vidradas, com obstinação meramente ideológica sem a menor fundamentação racional, lógica e justificável sobre a taxação de grandes fortunas, como se estas já não tivessem sido tributadas pesadamente na origem, cuja tributação continua sendo incidida na extensão dos seus rendimentos.
Causa perplexidade que haja intransigente defesa da taxação de grandes fortunas como se todas elas tivessem surgido do nada e sobre as quais nunca tivessem sido pagos os tributos previstos na legislação de regência, a considerar o sistema capitalista vigente no país, que pretende, sem a menor plausibilidade, ser ignorado pelos pseudosocialistas.
Na melhor das hipóteses, poder-se-ia até se arvorar na importante defesa da taxação das grandes fortunas apenas no entendimento segundo o qual elas tiveram origem duvidosa, suspeita ou ilegítima, mas jamais como forma de socialização, por não ser prática condizente com o capitalismo, legitimamente em vigor no país, que ainda tem primado pelo respeito aos princípios constitucional e legal.
Seria justo que houvesse taxação de grandes fortunas tão somente nos caos em que seja possível se comprovar, por medidas legítimas, a sua origem irregular sem que tenha havido sobre as quais o recolhimento dos impostos pertinentes, conforme as situações apuradas, quando, então, com a devida justiça e pertinência constitucional deva se promover a tão propalada taxação não somente de grandes fortunas, mas também de todas, inclusive das pequenas sem que elas tivessem ainda sido submetidas à devida tributação, na forma defendida por socialistas de araque.
Os parlamentares que se mostram interessados na taxação de grandes fortunas poderiam se preocupar com a criação e aprovação de projetos legislativos justos social e economicamente, que possam beneficiar exclusivamente o interesse público, inclusive com o intuito de se apurar as grandes fortunas constituídas de forma irregular, para o fim da taxação por eles defendida, embora, até aqui, sem o menor parâmetro ou critério de justiça e de equidade, conforme assegura, para tanto, a Carta Magna do país, que também proíbe a bitributação para o mesmo objeto da ação fiscal que seria o caso taxação pretendida pelo socialista.
As mentes impregnadas do socialismo tupiniquim e com arraigado sentimento sobre a taxação das grandes fortunas precisam se conscientizar que o Brasil adota o sistema capitalista, mediante o qual a economia tem como princípio a livre produção e a distribuição de bens, serviços e capital de propriedade privada, tendo por finalidade o lucro, que se incorpora ao patrimônio do proprietário e é reinvestido em empresas, tocadas por trabalhadores, que recebem os devidos salários, em harmonia com a economia evoluída de mercado.
O capitalismo brasileiro é o sistema socioeconômico que tem por base o pleno reconhecimento dos direitos individuais, em que toda propriedade é privada e funciona em estrita harmonia com o regramento jurídico pátrio.
Na lógica do capitalismo, reside basicamente o aumento de rendimentos e de lucros, em razão dos investimentos que são feitos por proprietários privados e não pelo Estado, visto que este, diferentemente daquele, não visa lucro.
O capitalismo brasileiro vem funcionando normalmente segundo as normas da livre iniciativa individual e econômica, que garante o consumo e a acumulação de capitais, em razão dos lucros, que são tributados pelo Estado.
Nessa contextualização, é normal que haja condições propícias para o aumento da capacidade econômica de produzir riqueza, como forma de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país.
Não há dúvida de que a taxação das grandes fortunas é apenas um dos instrumentos de iniciação da tão sonhada socialização defendida pelos partidos de esquerda, entre os quais se inclui o partido do governo, à vista da sua louca predileção de seus líderes pelos ditadores cubanos.
É bastante curioso que os esquerdistas brasileiros tomam partido pela socialização, como instrumento capaz de se promover a igualdade social, mas não fazem menção sobre a existência das desumanas e indignas “libretas de abastecimento”, que se trata de caderneta com a qual os chefes de família de Cuba têm direito a retirar, graciosamente, em locais do governo, a cota mensal ou semanal pré-estabelecida de gêneros de “primeira necessidade”, como pão, açúcar, arroz, óleo, leite em pó, absorventes íntimos e sabonete.
A grita naquele país é generalizada, em razão da quantidade insuficiente para suprir as necessidades básicas, mas os itens constantes da vexatória caderneta ajudam como complemento aos salários minguados e indignos, que variam entre US$ 15 e US$ 25, mas, para as pessoas que não fazem parte da classe privilegiada, não existe alternativa entre a pobreza e a fome.
Como se pode perceber, esse é o regime socialista que os partidos de esquerda pretendem implantar no Brasil, submetendo o povo aos rigores do sofrimento, mediante a privação dos direitos individuais, o pleno comando do governo, a falta de democracia e de liberdade, a socialização que tira de maneira gradual, as fortunas dos ricos, por meio de taxação de tributos, em desprezo ao capitalismo, para distribuir para a pobreza, de modo que todos passem a sofrer, em curto prazo e de forma isonômica, as agruras do regime socialista, que privilegia a classe política dominante, a exemplo dos ditadores caribenhos, que não se esquecem dos fanáticos políticos, que não precisam entrar nas filas dos locais de distribuição de gêneros de “primeira necessidade”, com limitação de um pão por pessoa.  
É com enorme perplexidade que se constata, de forma cristalina, que as pessoas com as mentalidades fanatizadas pelo socialismo não demonstram, de maneira espontânea, a voluntariedade dignificante de se antecipar na benevolente distribuição de seus preciosos bens aos pobres, como forma altruísta de dá o exemplo, em primeiro plano, sobre a generosa e conscienciosa prática do idealismo por elas defendida, que, na realidade, tudo não passa de encenação bufa e grotesca, além de potencializar a falsa ideia oportunista, para tentar convencer os esquerdistas igualmente fanáticos, que nada sabem nem conhecem sobre os rigores do nefasto e pernicioso regime socialista.
Convém que as autoridades públicas, em especial os congressistas, defendam suas ideias com espírito público de responsabilidade cívica, não permitindo que a mera ideologia estatutária de seus partidos, sem fundamentação racional e justa, sirva de apoio para se exigir a instituição de mais tributo sobre tributos, em evidente e completa inconstitucionalidade, por não se coadunarem com os saudáveis princípios do sistema capitalista brasileiro, que, indiscutivelmente, é o único que tem efetivas condições de contribuir, com eficiência, para o desenvolvimento do país. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 25 de janeiro de 2015

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