terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Golaço contra os brasileiros

A propósito do reatamento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba, uma jornalista brasileira ressaltou que o Brasil se encontra em posição privilegiada para se beneficiar desse fato histórico, justamente por ter construído o porto de Mariel e outros importantes investimentos naquele país caribenho.
Segundo a jornalista, o governo brasileiro sempre teve o raciocínio de "entrar antes da abertura para já estar lá quando caísse o embargo".
O porto de Mariel foi alvo de severas e ferrenhas críticas dos brasileiros imbuídos de responsabilidade cívica, em contraposição pelo injustificável financiamento do BNDES, na estapafúrdia quantia aproximada de US$ 800 milhões, cuja obra foi tocada pela construtora brasileira Odebrecht.
O citado porto se localiza a apenas 200 quilômetros da costa da Flórida, que deverá passar por obras de dragagem para possibilitar o recebimento de navios grandes.
A jornalista concluiu que o Brasil teria marcado um “golaço”, ao financiar o porto em Cuba, por ter se antecipado com a contribuição de apoio àquele país.
Por sua vez, logo em seguida ao anúncio da reaproximação entre aqueles países, a presidente brasileira, como querendo justificar o injustificável enorme financiamento do porto, disse, pasmem: "Algo que foi tão criticado durante a campanha (eleitoral), que foi o Porto de Mariel, mostra, hoje, a sua importância para toda a região e para o Brasil, na medida em que hoje o Porto de Mariel é estratégico pela sua proximidade com os Estados Unidos".
A presidente brasileira deve está governando com a mente em Marte, por não perceber que o porto em questão não trás nenhum benefício senão para o governo cubano e seu povo, tendo em conta que essa obra foi tão somente construída com dinheiro dos bestas dos brasileiros e será administrada e usufruída exclusivamente pelo regime comunista da ilha.
Estranha-se que os órgãos de controle e fiscalização sobre a aplicação das verbas públicas, como o Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, e o Ministério Público ainda não tenham questionado e até considerados irregulares os financiamentos concedidos não somente a Cuba, mas aos demais países, haja vista que eles não satisfazem o interesse público, estando indiscutivelmente ferindo as disposições insculpidas na Carta Magna e nas normas de administração orçamentária e financeira do país. 
Não passa de completa sandice alguém imaginar que o financiamento do aludido porto pudesse representar algo tão importante para o Brasil, quando o valor repassado a Cuba jamais será pago e os benefícios pelo uso dele nunca será permitido ao país tupiniquim, que, de extrema magnanimidade e irresponsabilidade, privilegiou obras num país governado por ditadores sanguinários, que menosprezam os direitos humanos, a liberdade de expressão e os princípios democráticos.
A insanidade pelos investimentos com obras em Cuba fica bastante caracterizada em razão das precariedades, das mazelas e das carências que são visivelmente constatáveis no Brasil afora, principalmente pelo sucateamento dos portos, das estradas, dos hospitais, das escolas e do conjunto das obras que não são saem dos papéis nem são realizadas justamente por falta de recursos, aqueles que saíram do país para fazerem graciosos agrados e médias aos ditadores cubanos, africanos e sul-americanos, em cristalino detrimento do interesse nacional e da sociedade brasileira, que tanto almejam por obras de grande porte e de impacto, a exemplo desse presentão dado a Cuba pelo Brasil.
É totalmente inadmissível e também completamente injustificável que o Brasil jogue pelos ralos da irresponsabilidade gerencial e cívica imensa fortuna, à custa da miséria dos brasileiros, uma vez que esse dinheiro seria capaz de resolver muitos problemas que afligem as carências cuja solução é de exclusiva incumbência dos cuidados do Estado, que se mostra cada vez mais com escassez de recursos.
Os financiamentos de obras em Cuba e nos demais países estrangeiros constituem verdadeiros acinte e desrespeito à dignidade dos brasileiros, exatamente por haver nisso evidente falta de priorização do governo quanto ao interesse nacional, à vista do desvio de finalidade da aplicação dos recursos em obras que poderiam ser construídas no Brasil, para exclusivo benefício dos brasileiros, que são, inclusive, os responsáveis pelos extorsivos tributos, cujo peso da arrecadação já se equivale a quase 37% do Produto Interno Bruto.
O governo brasileiro precisa conhecer, mediante visita in loco, as precariedades e as deficiências das estruturas e da operacionalização dos portos do país, das estradas, dos hospitais, das escolas, dos prédios públicos etc., e, sob o prisma da responsabilidade pública, avaliar, com relação à produtividade nacional, o tamanho da perda de competitividade das empresas exportadoras, comparativamente com o sofrível oferecimento da estrutura logística brasileira, que se encontra ano-luz do tratamento prestado pelos governos de outros países desenvolvidos, que estão muito mais preocupados com os seus interesses e jamais teriam a míope visão de considerar importante um porto construído noutro país, para exclusivo benefício dele, contrariando visivelmente a racionalidade e o bom senso administrativos de que não de pode oferecer benesses com recursos públicos ante a indiscutível precariedade da infraestrutura nacional.
Urge que a sociedade se conscientize sobre a necessidade de proteger o patrimônio nacional e defender, de forma intransigente, que os recursos públicos sejam aplicados em obras que beneficiem exclusivamente a população brasileira, ficando os órgãos de controle externo encarregados de cumprir fielmente a sua incumbência constitucional de fiscal e controlador sobre o bom e regular emprego das verbas públicas, ressalvada, remotamente, a hipótese de não mais restarem obras a ser realizadas para o bem-estar dos brasileiros, quanto então o governo, a partir de então, poderá fazer financiamento dos dinheiros dos bestas dos contribuintes, mesmo assim sob a avaliação sobre alguma forma de beneficiamento para o Brasil das obras pertinentes. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 19 de janeiro de 2015

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