A marca da insensibilidade

 

Circula, nas redes sociais, imagem de casas completamente detonadas pelo visível abandono, mostrando que se trata da cidade de Havana, Cuba, onde predomina o regime socialista, há mais de sessenta anos.

Na imagem, acompanha a seguinte mensagem: “Esses cretinos do PCdoB estão dizendo que Fidel Castro fez de Cuba um exemplo.”.

Ainda com a mesma contextualização acima, acabei de ver vídeo em que um cantor e ator brasileiros discutem a situação do regime comunista de Cuba.

O ator diz que Cuba é maravilhoso, “porque lá, não tem nenhum analfabeto, porque lá, a saúde tá em primeiro lugar, porque lá, fazem coisas que este país deveria fazer...”, enquanto o cantor dizia que Cuba é porcaria que não presta e falar que aquele país “é maravilhoso, é provocação”, porque lá “um médico ganha vinte dólares por mês, um professor ganha vinte dólares por mês.”.

O cantor pergunta ao ator “e qual a liberdade que você teria lá, (...) Você poderia contestar o Fidel Castro?” e o ator disse que Cuba tem a “liberdade da ideia”, o que não é verdade, porque tudo é censurado naquele país, inclusive as ideias.

O cantor disse que “O Fidel Castro só ele mandava. Não tinha outro partido. Não tinha outra religião. O cara que tentou fugir, ele mandou fuzilar, só poque ele tentou fugir do país? E você fala que aquela porcaria presta?”.

 À toda evidência, à luz dos fatos, é verdade que Cuba realmente tenha sido sim o exemplo, mas tão somente da degeneração dos salutares princípios humanitários, como a transformação do ser humano em gente sem o mínimo de dignidade e ainda obrigando as pessoas a viverem como verdadeiros escravos, sob o jugo da ditadura castrista, onde ainda prevalece a bonança para a classe dominante e as extremas miséria e desgraça para o povo, conforme mostram não somente a foto exposta na mensagem publicada no Facebook, mas os fatos reais que acontecem naquele país, no dia a dia.

Cuba simplesmente submergiu do mundo civilizado e se mostra como escombros de nação, prestes a desaparecer da face da Terra, justamente em razão da irracionalidade em termos humanitários, onde o governo ditatorial trata o homem como ser inferior, segundo a ideologia socialista/comunista, que entende e defende a igualdade social por meio de mecanismo de inferioridade, em que as pessoas que não fazem parte do sistema político dominante são todas niveladas como gente irracional e sem nenhum valor, que não merece tratamento digno de ser humano, ante a privacidade dos direitos fundamentais e das liberdades individuais, que são fatos concretos.

Enfim, de que adiante, em termos humanos, conforme alardeado por idólatras da ditadura cruel, sanguinária e desumana de Cuba, o povo ter educação e saúde, que não devem ser de primeiro mundo, padrão Fifa, ante a escassez de recursos financeiros, porque lá nada se produz além da cana e do tabaco, quando o povo é alimentado por meio de racionamento de gêneros limitados, com rigoroso controle mensal, com registros em caderneta, e vigiado por seus atos, em tudo que fizer, não tendo liberdade alguma para se manifestar contra seus direitos de cidadania, porque tudo é totalmente fiscalizado por agentes do  governo ditatorial e desumano.

Ou seja, trata-se de país onde inexistem direitos humanos e liberdade democrática para o povo e quem se opuser ao regime ditatorial e opressor fica impedido da liberdade, com possibilidade de ser fuzilado, a depender da gravidade da ”agressão” ao governo.

Em síntese, é exatamente isso que o regime socialista/comunista oferece para os cidadãos, mas, estranhamente, a esquerda brasileira ainda fica aplaudindo, apoiando e defendendo tamanha desgraça de ideologia que só contribui para infernizar e martirizar a vida da população, a exemplo de todas as nações, invariavelmente, onde tem a sua predominância, de onde não se pode extrair nada de benefício social, a ponto de ainda se encontrar alguma justificativa sequer para a sua existência.        

Isso é exatamente a mentalidade ínsita que povoa a esquerda brasileira, que adota como principal fundamental o apoio incondicional aos trogloditas ditadores de Cuba, Venezuela, Correia do Norte e outras nações que transformam as pessoas em sub-raça inferior, indigna do merecimento do tratamento normal dispensável ao ser humano, na forma natural como ele é tratado nos países civilizados e desenvolvidos, em termos humanitários.

Causa perplexidade que a esquerda brasileira ainda consiga nutrir na sua mentalidade a defesa de ideologia que é incapaz de compreender o ser humano como gente normal, achando que isso compreende situação natural e própria da dimensão humana, quando, à luz da verdade, tudo não passa da representatividade da regressão humana, em evidente involução dos princípios de cidadania, exatamente porque as pessoas foram privadas dos direitos humanos e das liberdades individuais, os mesmos direitos que aquela esquerda usufrui normalmente no Brasil e no mundo civilizado e evoluído.

Em princípio, é muito difícil se acreditar que a esquerda brasileira consiga se sentir feliz na defesa de ideologia que contradiz os princípios edificantes por meio dos quais devem inspirar os fundamentos da dignidade humana, que é a razão de se viver feliz e com plena satisfatoriedade.

Em princípio, todo ser humano se satisfaz com a felicidade do seu próximo, mas, no caso da ideologia socialista, essa motivação de realiza com a miséria e o sofrimento das pessoas que estão sob o jugo dos sanguinários e desumanos ditadores, a exemplo do que acontece com os povos de Cuba, Venezuela e outras nações socialistas.

Os brasileiros normais precisam se conscientizar de que o apoio a políticos da esquerda nada mais é do que concordar com as práticas terrivelmente cruéis e desumanas adotadas nos países de regime socialista, como Cuba, Venezuela e outros igualmente sob regime ditatorial, que somente contribuem para a desgraça do seu povo, que vive enclausurado no seu mundo de controle e repressão, totalmente privado dos direitos humanos e das liberdades individuais, apenas vivendo como verdadeiros escravos sem a menor significância como seres humanos, diante da inexistência de perspectivas de vida digna.

É lamentável que, em plena evolução do domínio da modernidade e do avanço dos direitos humanos, com importantes conquistas por meio da ciência e da tecnologia, ainda tenha mentalidade humana que defende ideologia como a socialista, que apenas tem como centralidade governo ditado por ideia vinculada à degradação da dignidade do ser humano, como é o caso dos regimes implantados nas nações socialistas, onde em todas predomina a degeneração humana como o cerne da administração do Estado, sempre e normalmente sob  o comando de gente com mentalidade da maior agressividade e desrespeito aos princípios humanos.

É preciso que haja a conscientização sobre a necessidade da evolução da mentalidade humana, no sentido de se compreender que o regime socialista até pode ser maravilhoso enquanto ainda no cenário da teoria, com a sublime motivação da justificável igualdade social, mas a sua prática somente resulta em tragédia para a humanidade, com a perda dos direitos da individualidade e da liberdade,  a exemplo do que acontece em todas as nações que estão sob a sua prevalência.

Brasília, em 8 de abril de 2021