domingo, 4 de abril de 2021

Feliz Páscoa!

 

         Todos sabem que a Páscoa é festa de cunho religioso muito importante, por ter a finalidade de celebrar a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, que ocorreu ao terceiro dia após a sua crucificação no Calvário, segundo descreve o Novo Testamento.

A história da Páscoa tem como celebração tanto a ressurreição triunfal de Jesus Cristo como a lembrança de muitos costumes que foram criados e consagrados como período pascal, que começa no domingo da ressurreição e termina no domingo de Pentecostes, depois de 50 dias, preparados pelos católicos para o recebimento do prometido Divino Espírito Santo.

Por sua vez, o significado da palavra Páscoa é “passagem”, que tem origem hebraica, do verbete Pessach, cujo termo marcava o final do inverno e a chegada da primavera.

Na verdade, a expressão Páscoa representa, para os católicos, esperança de vida nova dada por Deus ao homem, cuja renovação da vida conta com a cresça nos símbolos construídos para a sustentação e a consolidação da fé cristã.

Com certeza, esta é a Páscoa que muito entristece a humanidade e, em especial, os brasileiros, por constituírem o maior rebanho que professa a fé em Jesus Cristo e vem sendo arrasados pela altíssima taxa de morticínio pela Covid-19, contando pela indiscutível insensibilidade de autoridades públicas negacionistas, conforme mostram os fatos noticiados pela mídia.

É exatamente neste dia que os católicos do mundo têm oportunidade para a reflexão sobre o sentido da crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo, precisamente porque, no caso do Brasil, o povo assiste, de joelhos e mãos postadas para o céu, em estado de aflição e contrição, a assustadora progressividade da letalidade da Covid-19.

Esta data é também momento para que todos, os brasileiros, as autoridades públicas - envolvendo governantes -, as entidades representativas de classes sociais, se unam de maneira geral e independentemente de religião e de preferências político-ideológicas, com a exclusiva finalidade para a necessária reflexão não  sobre seus erros já praticados, mas sim acerca do que seja possível se fazer para contribuir com algo que possa servir para a solução de tão terrível crise sanitária enfrentada pelo Brasil, sujos efeitos são extremamente prejudiciais à humanidade, notadamente no que se imagina que somente se faz o necessário, quando a gravidade da crise exige tratamento revolucionário, como se o país estivesse mergulhado em terrível e violenta guerra intestina.

É possível se ter a exata compreensão de que já passou do momento para cada ser vivente procurar corrigir imediatamente atitudes e comportamentos equivocados, que até podem ter contribuído para agrava a crise, exatamente por falta de algum cuidado.

É da índole humana, em termos de sensibilidade cristã, o dito de que vale para todos o mandamento sagrado de se desejar e se praticar, em relação ao próximo, o que se pretende e se quer para nós mesmos, diante dos pronunciamentos prepotentes de autoridades que se julgam fortaleza em pessoa e menosprezam as pessoas chamando-as de maricas, por temerem o virusinho da Covid-19, que já matou mais de 330 mil brasileiros, fato este que bem demonstra o sentimento incoerente de quem tem o dever de ser bom modelo para seus súditos.

O princípio da sensibilidade cristã tem validade para aqueles que, a despeito das advertências e até de possíveis resultados prejudiciais, cederam e continuam a aderir à criminosa participação de aglomerações e festas clandestinas, por livre instinto de contrariar a ciência e a orientação dos especialistas em sanitarismo.

Na verdade, trata-se de postura irresponsável em cumplicidade à terrível letalidade da Covid-19, conforme avaliação dos entendidos e especialistas, que afirmam que atitude nesse sentido concorrem diretamente para as principais causas da multiplicação da quantidade de mortes e de casos infecção da temível doença.

Aconselha-se que os fervorosos em Jesus Cristo intensifiquem as orações e os pedidos no sentido de que as autoridades incumbidas do controle e combate da pandemia reforcem cada vez mais as obrigações preventivas no cumprimento das orientações e dos protocolos sanitários, porque somente assim seja possível se preservar mais vidas humanas.

Não é preciso ser cristão ou não, mas é necessário se conscientizar de que a ressurreição de todos, no bom sentido, depende muito da salutar atitude de cada um, na melhor forma de se proteger, como o uso de máscara, correta e cuidadosa higiene das mãos e, em especial, distanciamento social, porque essas medidas são pequenas, mas importantes ações que podem contribuir, em momento decisivo e cruel como este, para se evitar maior desastre e se alcançar melhores dias para a população, a depender da compreensão mútua, neste momento cada vez mais grave, posto que, do contrário, somente por meio de milagres, com a ressurreição de infindáveis Jesuses Cristos, seriam inevitáveis tantas desgraças aos brasileiros.

Na verdade, as realizações conscientes do conjunto de todos são capazes sim de operar milagres, contando com o aprimoramento da ciência e da vontade do homem, da força, da fé, da energia e de tudo em convergência de ações contra a pandemia do coronavírus.

É muito importante que sejam seguidos as orientações e os protocolos sanitários, em forma de medidas preventivas tendentes a deter a incontrolável e assustadora escalada da pandemia, que tem o poder de avançar diante de atitudes negacionistas, prejudiciais aos interesses da sociedade.

O sentimento que se tem é o que que a verdadeira ressurreição dos brasileiros, em forma do tão sonhado milagre da passagem para a vida tranquila, alegre e feliz, somente será possível quando todos os brasileiros tiverem sido imunizados, de modo a causar sensível redução da incidência da transmissão do vírus e, por via de consequência, a quantidade de óbitos por causa da Covid-19.

Que a ressurreição de Jesus Cristo possa provocar nos corações dos homens, em especial, das autoridades públicas, incluídas os governantes do país, o sentimento humanitário e o amor à vida das pessoas, para que sejam tempestivamente adotadas as ações político-sanitárias necessárias ao integral combate à pandemia do novo coronavírus, de modo que somente ocorram convergências de interesses em defesa da vida dos brasileiros, que anseiam, de joelho e mãos direcionadas para o céu, com o dia da ressurreição da plena vida em Jesus Cristo.

Brasília, em 4 de abril de 2021

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