Todos sabem que a Páscoa é festa de cunho
religioso muito importante, por ter a finalidade de celebrar a ressurreição de
Nosso Senhor Jesus Cristo, que ocorreu ao terceiro dia após a sua crucificação
no Calvário, segundo descreve o Novo Testamento.
A história da Páscoa tem como celebração tanto a ressurreição
triunfal de Jesus Cristo como a lembrança de muitos costumes que foram criados
e consagrados como período pascal, que começa no domingo da ressurreição e termina
no domingo de Pentecostes, depois de 50 dias, preparados pelos católicos para o
recebimento do prometido Divino Espírito Santo.
Por sua vez, o significado da palavra Páscoa é “passagem”, que
tem origem hebraica, do verbete Pessach,
cujo termo marcava o final do inverno e a chegada da primavera.
Na verdade, a expressão Páscoa representa, para os católicos,
esperança de vida nova dada por Deus ao homem, cuja renovação da vida conta com
a cresça nos símbolos construídos para a sustentação e a consolidação da fé
cristã.
Com
certeza, esta é a Páscoa que muito entristece a humanidade e, em especial, os
brasileiros, por constituírem o maior rebanho que professa a fé em Jesus Cristo
e vem sendo arrasados pela altíssima taxa de morticínio pela Covid-19, contando
pela indiscutível insensibilidade de autoridades públicas negacionistas, conforme
mostram os fatos noticiados pela mídia.
É
exatamente neste dia que os católicos do mundo têm oportunidade para a reflexão
sobre o sentido da crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo,
precisamente porque, no caso do Brasil, o povo assiste, de joelhos e mãos postadas
para o céu, em estado de aflição e contrição, a assustadora progressividade da
letalidade da Covid-19.
Esta
data é também momento para que todos, os brasileiros, as autoridades públicas -
envolvendo governantes -, as entidades representativas de classes sociais, se
unam de maneira geral e independentemente de religião e de preferências político-ideológicas,
com a exclusiva finalidade para a necessária reflexão não sobre seus erros já praticados, mas sim acerca
do que seja possível se fazer para contribuir com algo que possa servir para a
solução de tão terrível crise sanitária enfrentada pelo Brasil, sujos efeitos
são extremamente prejudiciais à humanidade, notadamente no que se imagina que
somente se faz o necessário, quando a gravidade da crise exige tratamento revolucionário,
como se o país estivesse mergulhado em terrível e violenta guerra intestina.
É
possível se ter a exata compreensão de que já passou do momento para cada ser
vivente procurar corrigir imediatamente atitudes e comportamentos equivocados,
que até podem ter contribuído para agrava a crise, exatamente por falta de
algum cuidado.
É
da índole humana, em termos de sensibilidade cristã, o dito de que vale para
todos o mandamento sagrado de se desejar e se praticar, em relação ao próximo,
o que se pretende e se quer para nós mesmos, diante dos pronunciamentos
prepotentes de autoridades que se julgam fortaleza em pessoa e menosprezam as
pessoas chamando-as de maricas, por temerem o virusinho da Covid-19, que já
matou mais de 330 mil brasileiros, fato este que bem demonstra o sentimento
incoerente de quem tem o dever de ser bom modelo para seus súditos.
O
princípio da sensibilidade cristã tem validade para aqueles que, a despeito das
advertências e até de possíveis resultados prejudiciais, cederam e continuam a aderir
à criminosa participação de aglomerações e festas clandestinas, por livre instinto
de contrariar a ciência e a orientação dos especialistas em sanitarismo.
Na
verdade, trata-se de postura irresponsável em cumplicidade à terrível letalidade
da Covid-19, conforme avaliação dos entendidos e especialistas, que afirmam que
atitude nesse sentido concorrem diretamente para as principais causas da
multiplicação da quantidade de mortes e de casos infecção da temível doença.
Aconselha-se
que os fervorosos em Jesus Cristo intensifiquem as orações e os pedidos no
sentido de que as autoridades incumbidas do controle e combate da pandemia reforcem
cada vez mais as obrigações preventivas no cumprimento das orientações e dos
protocolos sanitários, porque somente assim seja possível se preservar mais vidas
humanas.
Não
é preciso ser cristão ou não, mas é necessário se conscientizar de que a
ressurreição de todos, no bom sentido, depende muito da salutar atitude de cada
um, na melhor forma de se proteger, como o uso de máscara, correta e cuidadosa higiene
das mãos e, em especial, distanciamento social, porque essas medidas são
pequenas, mas importantes ações que podem contribuir, em momento decisivo e
cruel como este, para se evitar maior desastre e se alcançar melhores dias para
a população, a depender da compreensão mútua, neste momento cada vez mais
grave, posto que, do contrário, somente por meio de milagres, com a ressurreição
de infindáveis Jesuses Cristos, seriam inevitáveis tantas desgraças aos
brasileiros.
Na
verdade, as realizações conscientes do conjunto de todos são capazes sim de
operar milagres, contando com o aprimoramento da ciência e da vontade do homem,
da força, da fé, da energia e de tudo em convergência de ações contra a
pandemia do coronavírus.
É
muito importante que sejam seguidos as orientações e os protocolos sanitários, em
forma de medidas preventivas tendentes a deter a incontrolável e assustadora
escalada da pandemia, que tem o poder de avançar diante de atitudes negacionistas,
prejudiciais aos interesses da sociedade.
O
sentimento que se tem é o que que a verdadeira ressurreição dos brasileiros, em
forma do tão sonhado milagre da passagem para a vida tranquila, alegre e feliz,
somente será possível quando todos os brasileiros tiverem sido imunizados, de modo
a causar sensível redução da incidência da transmissão do vírus e, por via de consequência,
a quantidade de óbitos por causa da Covid-19.
Que
a ressurreição de Jesus Cristo possa provocar nos corações dos homens, em especial,
das autoridades públicas, incluídas os governantes do país, o sentimento
humanitário e o amor à vida das pessoas, para que sejam tempestivamente adotadas
as ações político-sanitárias necessárias ao integral combate à pandemia do novo
coronavírus, de modo que somente ocorram convergências de interesses em defesa
da vida dos brasileiros, que anseiam, de joelho e mãos direcionadas para o céu,
com o dia da ressurreição da plena vida em Jesus Cristo.
Brasília,
em 4 de abril de 2021
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