Achei
bastante interessante história da lavra do grande escritor brasileiro Augusto
Cury, que conta acontecimento que teria se passado entre professor e aluno, em
sala de aula.
O
professor teria desvendado o sumiço de um relógio em plena aula, sob método
perfeito, onde ele mandou todo mundo fechar os olhos e ele também fez o mesmo e
saiu colocando as mãos nos bolsos dos alunos e, ao final, ele entregou o
relógio ao dono, sem nenhum comentário, não sequer sabido de qual bolso foi
encontrado o objeto.
O
tempo passou e o aluno se encontrou com o mestre, tendo perguntado a ele se
tinha lembrança a sua pessoa, com o que o professor respondeu que não.
Então
o ex-aluno relembrou toda história e agradeceu ao mestre, dizendo que tinha se
tornado professor por força da forte e exemplar inspiração extraída de lição dele.
O
ex-aluno disse que “Naquele dia, você salvou minha dignidade para sempre. Foi
o dia mais vergonhoso da minha vida. Mas também foi o dia em que minha
dignidade foi salva de não me tornar ladrão, má pessoa, etc. Você nunca me
disse nada e, mesmo que não tenha me repreendido ou chamado minha atenção para
me dar uma lição de moral, recebi a mensagem claramente. E, graças a você,
entendi que é isso que um verdadeiro educador deve fazer.”.
Essa
história mostra belo exemplo do professor para as gerações, por ensinar a postura
digna do mestre, no exercício do seu ofício, que também contou com a sabedoria
do aluno de entender o gesto nobre do mestre, que certamente teria avaliado que
a sua grandeza pedagógica se materializaria exatamente na maneira como ele fez,
sob absoluta discrição, sem necessidade sequer de admoestação.
Todos
os ensinamentos dos mestres são excelentes para a vida dos alunos, mas há
lições como essa que edificam tanto o professor como o aluno, que até pode se
tratar de ficção, não importa, porque a ideia é exatamente a de mostrar o lado bom do professor e a
importância da sua sabedoria e também do fiel aluno, que não poderia ter
recebido maior presente de dignidade à sua vida.
É
muito bom que histórias como essa sejam contadas, porque mostra que um momento
de fraqueza humana pode servir para transformar em belo exemplo de dignidade,
para o resto da vida.
Taí,
eu gostaria muito de estar na pele do professor ou do aluno, para sentir o
orgulho de ter praticado magnífica ação em prol do aprendizado, porque a
fraqueza do aluno precisava da sensata e construtiva ajuda do professor, que se
houve como verdadeiro mestre em sabedoria e bondade no coração, ao corrigir
discretamente ato errado do seu semelhante, sem necessidade de castigá-lo e
expô-lo ao ridículo perante os colegas de sala de aula.
O
importante de tudo foi a bela lição humanitária, que ficou entre ambos e foi
aprendida para o resto da vida do aluno, servindo para que o aluno reconhecesse
o verdadeiro valor da aparente singela, mas majestosa atitude do professor, na
sua nobre missão de educar as pessoas.
Meus parabéns para o sábio professor e o
inteligente aluno, porque este soube aproveitar muito bem o ensinamento do
mestre, sob a ótica de que errar é humano, mas consertar o erro é sublime obra
de Deus.
Brasília, em 18 de abril de 2021
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