Já
vem de longa data a discussão sobre a obrigatoriedade ou não acerca do uso de
máscara, especialmente agora, quando a força da imunização diminuiu bastante o
contágio com a Covid-19.
A
eliminação da máscara é sonho antigo do presidente da República, que somente a
usou em raríssimas vezes e mesmo assim em casos excepcionais, como se isso
fosse enorme sacrifício a afetar a sua dignidade presidencial.
O
certo é que o fim da exigência desse importante equipamento de proteção parece
que se aproxima, a começar por algumas importantes capitais brasileiras, que
pretendem estabelecer metas de pessoas com o esquema vacinal completo contra a Covid-19.
Há capitais com índices elevados da constatação de imunidade, a exemplo de Florianópolis, com 80%, com as duas doses já aplicadas e o Distrito Federal, com 70%, entre outras cidades com vacinação em estágio bem adiantado.
Como se vê, mais uma vez, como vem ocorrendo desde o início da pandemia do coronavírus, será mais um daqueles embates inúteis entre a classe política e os pesquisadores, que tentam decidir sobre os interesses da população, que não pode se deixar ser manobrada pela classe política, que nem sempre age em defesa da sociedade.
É
do conhecimento geral que os registros de mortes com origem no novo coronavírus
está em queda livre e isso é muito bom, evidentemente graças à avançada imunização,
restando agora a grande questão sobre a volta da bonança e do mar de rosas,
como se fosse o ápice generalizado da superação do vírus e isso implica a indagação
de quando será a “liberação geral”?
É
evidente que a permissão, nesse caso, depende do consentimento do governo, que
nem sempre foi muito severo com relação às medidas preventivas da doença.
Por
sua vez, já se nota, nas comunidades, expressiva queda no habitual uso de
máscaras, tendo o apoio dos próprios imunologistas, que reconhecem que a medida
pode ser viável em algumas situações, em especial ao ar livre.
Convém
se atentar que a liberalidade plena, que é o desejo da população, por ter
ficado tanto tempo sob rígido controle sanitário, ainda não é medida tão
saudável assim, como a ideal para muitos casos de aglomeração, onde é possível
a existência ou circulação de focos do vírus.
Neste
momento, o mais importante é não errar a dose da medida a ser aplicada, mesmo
que ares benfazejos permitam o afrouxamento da rigidez de controle da doença,
mas isso não significa que não existe mais perigo dela, a ponto de se eliminar o
uso da máscara.
Tem-se
importante exemplo experimentado nos Estados Unidos da América, que precisa ser
levado em conta aqui no Brasil, uma vez que a pressa dos americanos em abolirem
o uso da máscara é apontada como grave erro, tanto que eles precisaram recuar
e, mais do que imediatamente, adotaram a exigência por causa da variante delta.
Vê-se,
então, que a cautela nesse caso da Covid-19 ainda é de fundamental importância para
a vida humana, quanto mais em se tratando que não demanda o menor sacrifício se
usar a máscara, notadamente em se tratando de proteção comprovada contra o pior
inimigo do homem, na atualidade.
À
toda evidência, é essencial que seja mantida a obrigatoriedade do uso de
máscara em ambientes fechados, em especial em centros comerciais, shoppings,
clubes, estádios e em locais com ampla circulação de pessoas e a constância de aglomerações,
onde o risco de circulação do vírus ainda é grande e pode causar perigo.
Essa
terrível pandemia deixa enorme contribuição em forma de lições de vida e uma
delas é justamente não vacilar nunca, em especial no diz respeito às relações
humanas, onde há importante reciprocidade no sentido imperioso dos maiores
cuidados para o bem e a proteção de todos.
O
importante é a conscientização da sociedade, no sentido de que realmente as
máscaras funcionam de verdade e podem sim contribuir para salvar vidas.
Por
isso, como as máscaras não custam caro, não incomodam e têm o poder de prevenir
a transmissão da Covid-19, é de suma importância a regular continuidade do seu
uso, mesmo que as autoridades sanitárias aconselhem em contrário, porque ainda
se encontra em jogo a preciosa vida humana, que vale qualquer sacrifício, mesmo
se ele existisse.
Brasília, em 8 de outubro de 2021
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