O ex-juiz que presidiu a Operação Lava-Jato e
ex-ministro da Justiça deve se filiar ao partido de nome Podemos, com evento
marcado para o próximo dia 10, cuja solenidade deverá ocorrer em Brasília, no
Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Oficialmente, o assunto ainda é tratado sob reserva
pelos ex-ministro e partido, uma vez que o jurista ainda tem contrato de
consultoria com grande empresa norte-americana, com vigência até o último dia
do fluente mês, quando somente depois disso ele poderá se movimentar
normalmente sem as peias legais, para tratar de assuntos políticos, quando se
imagina que ele irá deflagrar os preparativos para a sua companha eleitoral que
for escolhida.
O
pensamento do Podemos é no sentido de que o ex-ministro lidere o projeto
eleitoral da terceira via, para se opor ao atual presidente do país e ao
ex-presidente da República petista, mas o ex-juiz também tem nos seus planos a
possibilidade de concorrer à vaga no Senado Federal, caso descarte a disputa direta
ao Palácio do Planalto.
Em
seu artigo semanal publicado em uma revista, o ex-ministro já adotou postura de
preocupação com a crise econômica e com as manobras do governo para driblar o
teto fiscal e bancar o Auxílio Brasil.
O
ex-ministro disse, nas redes sociais, que “Em meu artigo na Crusoé, destaco
a relação entre os retrocessos no combate à corrupção e a disparada da
inflação. Com uma agenda pública focada em interesses pessoais e não no bem
comum, é impossível conciliar estabilidade econômica com avanços sociais”.
O
ex-ministro deixa clara a sua preocupação com a ameaça à política fiscal que
vem sendo feita pelo governo, tendo escrito o seguinte: “Se a política
fiscal perde a credibilidade, a consequência imediata é o aumento dos juros e a
elevação da inflação, medidas que afetam a todos indistintamente, mas que
inegavelmente atingem mais fortemente as camadas mais pobres da população, que
não têm mecanismos de proteção contra juros e inflação elevadas. O governo dá
com uma mão, que é normalmente ineficiente, e tira com a outra, essa
implacavelmente eficaz. O que se demanda é diminuir os desperdícios, realocar
despesas e focar políticas sociais no que é prioritário, além de torná-las
eficientes. Controlar a inflação, como se fez com o Plano Real, assim como
prevenir e combater a corrupção, como seções durante a Lava Jato, são
conquistas civilizatórias”.
O
jurista veio ao Brasil com a finalidade de conversar com políticos e tratar sobre
a viabilidade da sua disputa eleitoral, tendo começado os contatos, como não
poderia ser diferente, com a cúpula do Podemos, em Curitiba, em reunião com políticos
paranaenses, de quem ouviu a garantia de que a legenda está de portas escancaradas
para acolher qualquer projeto político do qual ele queira participar, se
candidatura à Presidência da República ou ao Senado.
O
ex-ministro pretende avaliar o cenário político nacional para, conforme as melhores
viabilidades, ser candidato de oposição às candidaturas da polarização já em
adiantado processo eleitoral, mas, enquanto isso, permanece a dúvida se ele está
realmente disposto a concorrer ao Palácio do Planalto ou ao Senado, porque, nesta
última opção, são menores os desgastes e mais tranquila a possibilidade de
vitória.
Não
há a menor dúvida de que, diante do atual quadro político, com a flutuação do
mar em plena ebulição, por força da instabilidade demonstrada com a progressiva
queda de popularidade do presidente do país e a degeneração moral do candidato
da esquerda, a candidatura do ex-juiz da Operação Lava-Jato poria, de vez, lenha
na fogueira eleitoral e faria com que as águas do mar transbordassem com muita
antecipação do início do processo eleitoral propriamente dito.
A
verdade é que o ex-juiz vem sendo visto pelo Podemos com enorme potencial de
crescimento eleitoral nas pesquisas, a partir do momento que ele decidir que
irá formalizar a sua candidatura, tendo em vista que ele se tornará, sem a
menor margem de dúvida, importante opção política ao Palácio do Planalto, pelo
menos para os eleitores que acreditam no seu potencial decisório.
Essa
convicção se fortalece justamente porque ele se colocará à margem da polarização
entre direita e esquerda, uma vez que a sua candidatura terá a importante característica
de ser declarada e indiscutivelmente de oposição aos dois mais influentes líderes,
até o momento, à corrida presidencial, constituindo a terceira via muito
consistente.
A
grande vantagem do ex-juiz, no importante jogo político à Presidência da
República, é que ele já conta com ampla penetração em todas as faixas do
eleitorado, posto que o comando da Lava-Jato ajudou, de maneira transparente, a
sua entrada em todos os lares dos eleitores, mostrando a sua fibra de muitas
competência, coragem e intransigência na defesa das causas nacionais, fazendo
com que a sua credibilidade mereça o apoio dos brasileiros ávidos por efetivas mudanças
do Brasil.
Quando
juiz da Lava-Jato, ele conseguiu descobrir terríveis esquemas protagonizados por
estrategistas organizações criminosas, que funcionavam dentro da administração pública,
condenar e colocar na prisão importantes políticos, empresários, executivos,
lobistas e outros ladrões de dinheiro dos contribuintes, tendo ainda
determinado a devolução de milhões de reais aos cofres da Petrobras, além de outras
medidas moralizadoras sob a sua firme batuta.
A
verdade é que os brasileiros de verdade, que têm real amor ao Brasil, passarão
a ter a opção de escolher o candidato que já demonstrou o seu verdadeiro zelo pelo
patrimônio público e pelos interesses da sociedade, a exemplo do que já foi
feito com bastante sucesso na Lava-Jato.
Impende
se ressaltar que, sob o comando do ex-juiz, foi a primeira e única vez que a
Justiça brasileira funcionou de verdade, com competência, efetividade e plenitude,
no exato e fiel cumprimento do seu dever constitucional, no sentido de julgar
com independência e determinação centenas de casos delituosos.
O
resultado das suas decisões culminou na colocação de importantes criminosos de
colarinho branco na prisão, depois do enfrentamento da gigantesca influência
dos poderosos e da fúria dos brasileiros que não se conformavam que os bandidos
contumazes pudessem ir para a prisão, como terminaram indo, de maneira inapelável.
Ou
seja, não se tem conhecimento, na história brasileira, que magistrado tenha sido
tão implacável como foi o juiz da então Operação Lava-Jato, que deu excelentes
exemplo de que é possível sim trabalho sério, produtivo e efetivo, compatível
com a grandeza do Brasil, que precisa de urgente alternância de poder, em forma
de revitalização dos modernos e salutares princípios democrático e republicano.
Enfim,
a candidatura do ex-juiz da Lava-Jato pode não ser a salvação da pátria, que
certamente não será, porque tirar o Brasil do fundo do abismo, nas condições extremamente
precárias onde ele se encontra, é tarefa para político revestido dos poderes
divinais, com capacidade para operar verdadeiros milagres na gestão pública, e
isso é absolutamente impossível, nas circunstâncias, mas por certo que haverá
enorme esperança no sentido de que o país passará a ser bem diferente, em termos
de competência, altruísmo e moralidade, tendo em vista os enormes experiência e
amor ao trabalho sério e produtivo já demonstrados na prática.
O
ingresso do ex-juiz da Operação Lava-Jato tem importante significado para os
brasileiros que estão insatisfeitos com o atual quadro político, com
prevalência apenas da polarização que já demonstrou a pior dos mundos, diante
do ruidoso e inglório popularismo tende a beneficiar apenas parte da sociedade,
por um lado ou por outro, quando a gestão pública precisa ter o sentido único
de integralidade, em termos de objetivos nacionais.
Espera-se
que o Deus tupiniquim compreenda os anseios dos brasileiros que estão ávidas
por efetivas mudanças no quadro político nacional, de modo que a ampla
alternativa de escolha presidencial permita a sagração do melhor candidato, que
tenha o comprometimento de trabalhar com afinco para o verdadeiro
engrandecimento do país, tendo a dignidade de sepultar, em definitivo, a medíocre
e prejudicial disputa que existe na retrógrada e nanica polarização política,
que já mostrou a sua forma cruel de descaracterização da alma brasileira, que
se debate em lamaçal da incompetência e do subdesenvolvimento socioeconômico.
Brasília,
em 26 de outubro de 2021
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