Diante de crônica que analisei a preocupante situação
da forme que grassa no país, uma distinta cidadã fez o seguinte comentário, em forma de desabafo: “Pois é meu amigo tem muita gente hipócrita que
diz não existir mais fome no Brasil, pois bem eu convido a quem pensar assim
venha passar uma hora comigo que mostrarei onde existe fome e necessidades
diversas. Eu não sou tão Hipócrita em não enxergar o que tá acontecendo no
nosso país. Temos fome sim e muitas necessidades sim. A sorte é que ainda tem
muita gente boa no mundo que ajuda a amenizar um pouco né, meu amigo? Saudações
seu texto como sempre impecável.".
De
fato, a realidade brasileira, no que diz respeito à fome, é muito grave e salta
à vista, mas, mesmo assim, só não a enxerga, diante de tamanha tristeza, quem
não quer ver ou se faz de cego.
Fico
muito desanimado em levantar e fazer análise de questões sociais aflitivas envolvendo,
em especial, a fome, que aflige e martiriza parcela expressiva da sociedade e,
ao mesmo tempo, não ter condições de fazer muito mais do que gostaria, mas,
mesmo assim, um pouco que faço é bem melhor do que não fazer nada, pois é
exatamente assim que penso.
Deus
foi muito generoso para comigo, em me permitir que eu tenha o que considero o
dom supremo, mesmo com parcos conhecimentos, de me incursionar no mundo
maravilhoso da literatura, onde tento me esforçar para escrever o que sinto, ao
menos, em pinceladas, porque as minhas limitações encontram muros, que me
impedem de ver além dos meus sentimentos humanos, quando critico muitos que são
capacitados, mas se omitem e quando discordam ainda abusam da sua inteligência
para diminuir e denegrir quem se encoraja a dizer o que sente e sempre na
melhor das intenções, visando à satisfação do bem comum.
O
outro fabuloso dom que Deus me deu foi exatamente o de sentir as agruras e o
sofrimento do meu próximo, tão desejoso de que nada disso pudesse acontecer,
mas a realidade nua e crua tem suas nuances e o desenrolar da vida da sociedade
se comprime exatamente nos limites e na capacidade empreendedora dos
governantes.
Eles
são eleitos precisamente por nós, que somos os agentes mais imperfeitos que
habitam a Terra e somente têm condições e capacidade para elegê-los tal e qual
como eles são, o que vale dizer que não faz sentido se reclamar de nada, porque
os dirigentes são simplesmente a cara e a imagem do seu criador, o sempre
irresponsável eleitor.
O
que está acontecendo na atualidade se oferece como importante lição para se
promover o aperfeiçoamento do representante político, que depende
exclusivamente da consciência do eleitor e isso somente será possível quando
cada brasileiro se reciclar e passar a exigir qualidade, em todos os níveis,
nas atividades político-administrativas.
Enquanto
isso não acontece, o momento é de se apelar para que as autoridades do governo
se despertem da terrível letargia que as impedem de sentir a fome batendo a sua
porta, por meio das famílias que gritam por socorro, mas não têm sido ouvidas
nem atendidas e o resultado desse processo horroroso é extremamente preocupante.
O
certo mesmo é que a fome não tem espaço para esperar pela boa vontade dos
dirigentes, que precisam agir com rapidez, eficiência e efetividade, não
permitindo que a situação se agrave ainda mais.
Brasília,
em 18 de outubro de 2021
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