Dando continuidade à
praxe que tenho adotado, com a dedicatória de meus livros às pessoas
importantes e queridas, tenho o prazer de homenagear, desta vez, o saudoso Seu
Rosemiro, operário da lavoura e do campo, por toda a sua vida, que ainda fazia
curas milagrosas para as pessoas que acreditavam no seus poderes divinos.
Hoje, depois de mais
de sessenta anos de ter acontecido fato importante na minha vida, posso avaliar,
com absoluta certeza, que aquele homem, com aparência humilde, era possuído por
magnânimos poderes divinos da cura, além de carregar grande amor no coração.
Pois bem, São Rosemiro
me curou da sinusite que atormentava a alegria de viver e ele só precisou balançar
seus raminhos milagrosos uma única vez na minha direção, transmitindo os santos
eflúvios da cura definitiva, sem ter receitado, ao menos, um chazinho como remédio.
A fotografia da capa
do livro é a já conhecida linda e aplaudida visão panorâmica do sítio Canadá,
Uiraúna/PB, que a embeleza essa importante obra literária.
Transcrevo, a seguir, a dedicatória elaborada com muito carinho, no meu
55º livro, onde homenageio, como reconhecimento de gratidão extraordinário
benzedor da minha infância, que merece aplausos por seu especial carinho ao seu
semelhante:
“DEDICATÓRIA
É com alegria no coração
que dedico este livro ao saudoso Seu Rosemiro (in memoriam), pessoa da minha admiração
desde tenra infância, quando eu começava a me entender como gente, porque ele
era pessoa da confiança de minha amável e saudosa avó materna, Maria Rocha.
Seu Rosemiro morava no
sítio Maniçoba, trabalhava como lavrador e era meeiro de minha avó, de quem me lembro
de ter sido pessoa muito simplória que conheci ainda muito cedo da minha vida.
Ele era pessoa de
estatura mediana, meio forte, sexagenário, de voz firme e clara, que carregava consigo
o dom especial recebido de Deus para curar doenças de pessoas, mediante o poder
da reza, conhecida popularmente de benzimento, sempre milagroso operando em
benefício do seu semelhante.
Trago na memória e no coração
a maravilhosa imagem de seu Rosemiro, mesmo ainda muito pequenino, porque os
fatos se encarregaram de vincular, para sempre, a minha vida aos cuidados da
genialidade e da divindade atribuídas a ele, depois que ele operou, em nome de
Deus, verdadeiro milagre em mim.
Sei que, nessa época,
eu fui acometido de terrível sinusite, que me aterrorizava sempre que ela era
ativada, momentos quando eu sentia dores insuportáveis, na fronte e logo abaixo
dos olhos e nada era capaz de aliviar meu sofrimento.
Certa feita, estando na
casa de vovó Maria Rocha e tendo sido acometido da incômoda dor, posto que ela
aparecia de momento em momento, a amada mamãe Dalila se lembrou das poderosas rezas
de Seu Rosemiro e lá fomos nós em busca do que terminou sendo o primeiro milagre
que vi operado logo em mim.
O certo é que somente
houve uma reza benzida, com o auxílio de ramos de mato, em curioso ritual intermeado
por gestos com as mãos e palavras cuja pronúncia somente os santos conseguiam
entender, em especial, o verdadeiro significado delas.
Por incrível que possa
parecer, somente tive que comparecer ao “consultório” do “doutor” Rosemiro uma
única vez, que nada cobrou por sua milagrosa cura e o resultado da sua ação
curativa foi que nunca mais tive sinusite.
Graças a Deus, o
milagre dessa importante cura fez também com que eu nem me lembro e muito menos
faço questão sequer de me lembrar de dor de cabeça, acreditando que o santo
Rosemiro tenha tido o poder de ter feito o milagre por completo, me imunizando também
contra as horrorosas dores de cabeça.
Gostaria de abrir parênteses aqui, para contar
história que ouvi da minha querida irmã Dalivan, que, em recente conversa com
ela, fazendo alusão a Seu Rosemiro, ela lembrou que ele teria achado uma botija
contendo moedas de ouro, que foi extraída do local e levada para a casa dele,
mas o amarelado do precioso material perdeu o brilho e se transformou em algo
escuro e sem valor algum.
Mesmo assim, ela me
disse que ele guardou a sua “relíquia” para mostrar aos curiosos, porém, um
belo dia, alguém, de forma discreta e sorrateira, levou o produto da botija para
bem longe e o coitado de Seu Rosemiro nunca ficou sabendo do destino dele.
A homenageie que faço ao Seu Rosemiro, com
a dedicatória deste livro, é prova do meu sentimento de gratidão a essa pessoa
muito caridosa, que me fez um dos maiores favores, pela cura milagrosa da
sinusite, permitindo que eu vivesse por aquele momento em diante somente com
riqueza da saúde na minha vida.
Neste momento, meu
coração se renova em muita felicidade, pela lembrança de quem ajudava a todos e
fazia muito bem às pessoas, com o seu imenso gesto de amor ao próximo, fato
este que me permitiria pedir a Deus que recompensasse o Seu Rosemiro, por seu
trabalho de muito amor cristão.
Digo que sou
eternamente agradecido a Deus por Ele ter colocado essa santa pessoa na minha
vida, em momento oportuno e especial, para me presentear com saúde e felicidade,
a partir de então.
Tenho certeza de que,
na morada celestial, o Seu Rosemiro foi distinguido com as melhores recompensas,
em forma de bonança junto aos bons, pelo reconhecimento de seu trabalho de amor
ao próximo.
Certamente que meu
coração se enche de felicidade, ao prestar essa singela homenagem ao bondoso
Seu Rosemiro, que, nas suas humilde e simplicidade, foi escolhido por Deus justamente
para a prática do bem e da caridade, com o poder da cura de doenças, por meio de
seus poderosos benzimentos.
Muito obrigado, querido
protetor São Rosemiro, pela bondade de suas rezas divinas e curativas, em especial
as que foram demandadas em mim, na certeza de que todo seu gesto de amor ao próximo
tenha valido o melhor acolhimento junto aos eleitos de Deus.".
O meu muito obrigado.
Brasília, em
6 de outubro 2021
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