Apreensão de celular em sala de aula

 

Uma mensagem que circula nas redes sociais me obrigou a refletir sobre a imagem de vários aparelhos celulares recolhidos em uma caixa de madeira, devidamente individualizada, em sala de aula, dando a entender que não se permitia o seu uso durante a aula.

Havia as figuras dos alunos sentados sob a seguinte pergunta: “QUE ACHAM, CERTO OU ERRADO?”.

É evidente que é certo, porém, em termos de cidadania, pessoalmente, acho mais civilizado, em harmonia com os princípios de responsabilidade pessoal, que cada aluno fique normalmente com o seu celular, porém com o aparelho desligado durante a aula.

Isso ajuda à conscientização sobre a responsabilidade de cada aluno, sem a imposição de controle sobre o patrimônio alheio, como abusivamente mostra a imagem, com o devido respeito, e explico.

Com isso, vale dizer que o recolhimento do aparelho é imposição absolutamente desnecessária de quebra de respeito do professor para com os alunos, que precisam ter autonomia pessoal, principalmente sobre o seu material escolar e os seus bens e valores, em respeito aos direitos individuais.

É preciso apenas que haja o estabelecimento de regras claras e rígidas, no sentido de que, enquanto houver aula, fica proibido o uso de celular e, por isso, o aparelho deve ser desligado e guardado, desde o começo ao fim da aula, e não poderá ser utilizado de forma alguma e pronto.

A clareza maior fica por conta da segunda regra, no sentido de que, quem violar essa comezinha norma, é obrigado a deixar o aparelho, automaticamente, em local específico, também com ele desligado.

Ou seja, é preciso que haja a conscientização dos alunos de que a sala de aula somente tem a serventia do ensinamento e do aprendizagem, de acordo com as normas escolares, segundo o entendimento de que os alunos estão de pleno acordo com elas, tanto que fizeram opção livremente em estudar nesse educandário e isso é assunto indiscutível.

Quem estiver de pleno acordo com essa regrinha simples e sábia, compreende perfeitamente o verdadeiro sentido do respeito aos sagrados princípios que somente contribuem para o engrandecimento de todos: professor e alunos, à vista exatamente da necessidade da completa formação do cidadão, tanto em termos educacionais como de cidadania, com relação à responsabilidade no fiel cumprimento das normas de boa conduta, em ambiente de mútuo respeito entre os atores envolvidos nesse que continua sendo o principal espetáculo da face da Terra, que é a valorização do homem, por meio do ensino de qualidade, em que todos devem se empenhar porque é precisamente para o bem dos próprios alunos.

Gostaria muito que os professores compreendessem o real sentido da minha ideia, porque o ensino de qualidade precisa muito de ideias inteligentes, para a formação de alunos responsáveis e o Brasil precisa muito das luzes para a iluminação das mentes daqueles que serão os dirigentes do futuro do país.

Com o meu devido respeito à causa em apreço.

Brasília, em 22 de outubro de 2021