Lembro-me de que essa
mesma mensagem já circulou há mais de ano, quando, na ocasião, até escrevi
crônica me reportando a esse importante assunto.
Trata-se de matéria certamente
requentada e que, pelo visto, não há o menor interesse do governo para a implementação
das medidas ali indicadas, diante da falta de informação sobre a sua discussão
nem mesmo no âmbito do Executivo, quanto mais no Legislativo, fato este que é bastante
lamentável, diante da importância das medidas de que se tratam.
Imagina-se que, caso o governo
tivesse algum interesse em mexer nesse assunto, já teria mandado projeto
pertinente para o Congresso Nacional, há muito tempo, para tentar resolver a
questão que é realmente do maior interesse para a sociedade.
É lamentável que
assunto da maior relevância, como esse, não chegue a realmente sensibilizar a
consciência das autoridades públicas, que têm obrigação de agir em nome do
interesse da sociedade, diante da clara evidência de que, no caso, os recursos
economizados com os gastos dos presídios poderiam suprir importantes atividades
outras, que deixam de realizadas justamente por carências de verba para a sua
implementação.
Isso só mostra o
distanciamento do governo para assuntos prioritários, que precisam ser, ao menos,
discutidos perante a sociedade, quanto mais por se tratar de questão que diz
respeito ao interesse dos brasileiros, tão carentes de boas ações por parte do
governo.
O certo mesmo é que o
governo se mostra com a mesma mentalidade de extremos obsoletismo e comodismo
de todos os outros que também se omitiram na busca do aperfeiçoamento da administração
da coisa pública, por demonstrar nenhum interesse na modernidade do Estado,
ante a continuidade das vetustas estruturas, em funcionamento extremamente precário.
Precisamente por ser
totalmente refratário a qualquer maneira de aperfeiçoamento e modernidade, a
máquina pública tende a funcionar como verdadeiro elefante branco,
completamente impregnado por trambolhos que somente contribuem para o
emperramento e a péssima prestação dos serviços sob a sua incumbência.
Os fatos mostram e
confirmam exatamente essa assertiva, precisamente porque este é o governo que não
se dispôs a apresentar qualquer projeto referente à reestruturação das
atividades do Estado, preferindo continuar com a máquina pública pesada,
inchada e mastodôntica nos seus gastos, muitos em forma dos mais e absurdos
desperdícios, que poderiam ser evitados por meio da modernização e do
aperfeiçoamento estrutural e conjuntural do Estado, como deveria ser diante da
imperiosa conveniência do funcionamento administrativo sob a égide da
competência, da eficiência e da economicidade.
Essa forma de comodismo
tem o condão de mostrar que o governo até pode ter as suas prioridades, só que
elas precisam se harmonizarem com a satisfação dos interesses da sociedade,
exatamente porque nenhuma medida modernizante ainda foi apresentada, com forma
de tornar transparente os empreendimentos destinados ao pleno atendimento do
bem comum.
Brasília, em 12 de
outubro de 2021
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