terça-feira, 28 de dezembro de 2021

A vontade popular?

Circula vídeo, nas redes sociais, mostrando a pessoa do presidente eleito do Chile, ainda na juventude, com afeição própria do costume hiper, em que ele demonstrava viver muito à vontade, evidentemente para o seu tempo de rapaz descompromissado senão com o mundo de então de “livre, leve e solto”, como era assim que os jovens viviam.

No vídeo, também se faz alerta, em forma de críticas, para os brasileiros ficarem atentos na época das eleições, quanto aos cuidados para não embarcarem em “canoa furada”, como se imagina que fez o povo chileno, que acabaram de eleger um esquerdista.

A minha interpretação, quanto ao conteúdo da matéria constante do citado vídeo, foi no sentido de que, na verdade, cada povo tem o governo que merece e isso é pura verdade, conforme mostram os fatos.

Ou seja, não adianta os brasileiros ficarem criticando duramente os governos de outros países, em especial de índole esquerdista, achando que o nosso presidente é maravilhoso ou algo que o valha, quando as fajutas pesquisas de pouco mais de duas mil pessoas indicam a inadmissível rejeição dele acima de 60%, com relação às pessoas consultadas.

Esse índice é extremamente preocupante, mas o presidente brasileiro responde a esse fato apenas com desdém, que tem sido próprio do perfil dele, de total insensibilidade aos fatos de importância, quando, ao contrário, ele deveria se interessar, como governo cônscio da sua competência institucional, em conhecer de perto as causas da sua alta rejeição.

O governo com o mínimo de sensatez, procuraria saber quais as verdadeiras causas do náufrago da sua gestão, em especial no sentido da verificação se realmente há algo a ver com a gritante insensibilidade dele para com os graves problemas sociais, com destaque para a fome do povo; o alarmante desemprego; a economia em derretimentos, com inflação e os juros em insuportável alta e o constante desemprego; a notória derrapada no efetivo combate à crise da pandemia do coronavírus; ou o que for de tão grave, de modo que o diagnóstico resultante desse processo possa sinalizar para a necessidade da adoção de medidas saneadoras, em caráter emergencial é urgente, com assim deve proceder os verdadeiros governos.

É evidente que isso tem a ver com a necessidade, conforme o caso, da adoção de medidas destinadas ao salvamento do próprio governo, que caminha a passos largos para perdê-lo por causa das suas inação e insensibilidade generalizadas.

Essa situação se torna ainda mais preocupante e desonrosa para o presidente do país, ao se imaginar que ele poderá ser derrotado possivelmente para político absolutamente incapaz, em termos éticos e morais, diante das implicações dele com questões penais e judiciais, que são visivelmente incompatíveis com os princípios republicanos e a dignidade do mandato de cargo público eletivo.

Compete sim aos brasileiros repudiarem essa difícil situação, que diz com a enorme rejeição do presidente do país, com embargo da ideologia ou do fanatismo, para se dizer para ele, em forma bem clara de exigência mesmo, o que está errado e também o que precisa ser realizado, que nada mais é do que ele agir imediatamente para cuidar das questões sociais urgentes, não com palavras vazias de conteúdo, mas sim com ações de efetividade e ferrenha disposição para a mobilização de recursos e forças de trabalho por parte do governo, de modo a solucionar ou minimizar a crise que grassa no país.

Não faz o menor sentido a continuidade da passividade e do imobilismo da atualidade, por parte do governo, porque o caos da gestão pública somente se acentua e o resultado poderá ser desagradável e melancólico, infelizmente, para os brasileiros.

Enfim, é importante que os brasileiros que se preocupam com o domínio da esquerda, inclusive nos países latino-americanos, diante da possibilidade da mesma desgraça vir a acontecer também no Brasil, se mobilizem no sentido de agir com a decidida inspiração de tirarem o presidente brasileiro da crônica letargia onde ele se encontra.

É importante que o governo se dedique, com urgência, ao saneamento das questões mais graves que o estão contribuindo para o encontro com o  afundamento do abismo sem volta, à vista dos sinais detectados em pontos sociais e econômicos estratégicos, que são sensíveis ao atingimento da moleira do interesse público, com capacidade para pôr a pique toda estrutura de governo, tendo em conta a nítida sinalização de rejeição por parte de muitos brasileiros ao desempenho do mandatário.    

Ao que se percebe, o presidente da República demonstra, mas não entende assim, um mar de incapacidade político-administrativa, a ponto de permitir a perda do governo para ele mesmo, por se tornar cego aos seus defeitos, que só se avolumam.

Em que pese o presidente do país ser o legítimo detentor do poder, ele tem procurado apenas cuidar de interesses pessoais, como a sua filiação a partido do Centrão, com vistas à sua reeleição, quando ele precisa mesmo é zelar e resolver as causas que afetam a população, em exata harmonia com as suas verdadeiras atribuições institucionais de estadista que precisa cuidar da eficiência da gestão pública, se dedicando às questões cruciais que afligem diretamente a população.

O certo mesmo é que, no sistema democrático, sempre prevalece a vontade soberana do povo, não importando a índole ideológica do candidato, se ele é de direita ou de esquerda, porque a maioria absoluta dos brasileiros vota mesmo é com o estômago e não com o cérebro.

Enfim, com absoluta certeza, o eleitor, em 2022, há de julgar se o presidente do país se houve bem ou foi desastroso na condução do combate à gravíssima crise da pandemia do coronavírus ou demonstrará a sua já costumeira memória fraca, atrofiada ou inexistente, porque é normal que ele sempre  elege o pior da mediocridade política, à vista dos últimos governos e classe de seus representantes no Congresso Nacional.

Urge que o presidente da República se conscientize de que governar o país tem como essência a dedicação integral e exclusiva à satisfação das necessidades inerentes ao interesse da sociedade, independentemente de ideologias político-partidárias e metas destinadas à conquista ou à manutenção no poder, conquanto a finalidade da gestão pública tem como meta a promoção do bem comum da sociedade.

Brasília, em 28 de dezembro de 2021  


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