A
pesquisa Genial/Quaest aponta queda de seis pontos percentuais da reprovação do
governo do presidente da República, com redução em todas as faixas de renda.
Em
novembro, a avaliação negativa do governo, tendo por base pesquisa idêntica, era de 56% e, agora, o índice está em 50%, o
que ainda demonstra, mesmo com a redução, que ela é muito expressiva para o presidente
do país.
Na
avaliação realizada há um mês, foi verificado que o governo tinha desempenho regular,
na casa de 22% e, em dezembro, essa avaliação subiu para 26%, enquanto o seu
desempenho positivo subiu de 19% para 21%, ou seja, neste tópico, somente um
quinto dos pesquisados aprova as ações presidenciais.
A
empresa promotora da pesquisa esclarece que foram ouvidas 2.037 pessoas, com 16
anos ou mais, não tendo informado se elas são eleitoras ou não, como também não
foi esclarecida a quantidade de cidades onde teriam sido feitas as consultas, uma
vez que as regiões sinalizam para a preferência dos ouvidos, a exemplo do
Nordeste e outras localidades, que tendem mais para determinado político.
Em
síntese, tem-se que a avaliação do desempenho do governo, entre os consultados,
é negativa, em 50%; regular, em 26%; e positiva, em 21%.
A
reprovação do atual governo, entre os consultados, caiu entre todas as faixas
de renda analisadas.
Entre
os consultados que recebem até 2 salários mínimos, a queda foi de sete pontos
percentuais, porque, em dezembro, a avaliação negativa dele era 60% e, em
dezembro, passou para 53%.
Ainda
assim, é neste grupo econômico que o presidente do país tem maior índice de
reprovação entre os consultados e menor aprovação, de apenas 17%.
Entre
os consultados que recebem de 2 a 5 salários mínimos, a reprovação ficou em 49%,
em dezembro, contra 55%, em novembro.
Já
entre os consultados que ganham mais de 5 salários mínimos, 44% avaliam o
governo como negativa, havendo redução de 7 pontos percentuais em relação ao
mês passado.
Em
todas as regiões do país, a reprovação do governo caiu, com exceção do
Nordeste.
A
queda mais expressiva foi no Centro-Oeste, com redução de 10 pontos percentuais,
na percepção negativa em relação ao governo, chegando ao índice de 44%.
À
toda evidência, não se pode fazer avaliação de peso e com a necessária abrangência,
exatamente em razão da quantidade quase insignificativa das pessoas consultadas,
em apenas pouco mais de duas mil consultas, quando o ideal fosse sobre amostra
realmente representativa, à vista da existência de milhões de brasileiros, em
um universo de mais 150 milhões de pessoas habilitadas a opinar, que são os eleitores.
Extreme
de dúvida, pesquisa de tão somente pouco mais de 2 mil pessoas, sim, apenas
duas mil, mostra a real insignificância dela, mesmo em termos de amostragem,
porque é impossível se fazer afirmações sobre o desempenho do governo, tendo por
base tão diminuta fonte, por ser absolutamente impossível que quantidade tão
irrisória seja capaz de contribuir para conclusões da maior importância, que é
o desempenho do governo, embora os fatos mostrem que a tendência, no geral, não
possa ser diferente, mas, mesmo assim, não têm cabimento informações definitivas
como as apresentadas, em razão dessa pesquisa.
É
evidente que não significa que a credibilidade do governo possa ser diferente e
até se acredita que pode ser, mas faltam parâmetros seguros e precisos para se
aquilatá-la, posto que, na minha modesta avaliação, as pesquisas em torno de duas
mil pessoas são insuficientes para a garantia de algo afirmativo sobre a devida
consistência do resultado pretendido, que é o de se aquilatar o nível do
desempenho do presidente do país, diante da importância a se atribuir à pesquisa,
que se reveste de preciosidade informativa para ambas as partes, no que diz ao
governo e ao povo.
Isso
parece até surreal diante do resultado de outra pesquisa, de abrangência
internacional, em que o presidente brasileiro foi vitorioso na disputa do personagem
mais influente do ano, promovida pela revista norte-americana Time, em
que a sua preferência contrasta com o resultado da pesquisa realizada pela Genial/Quaest,
mostrando a baixa popularidade dele entre duas mil pessoas.
Com
certeza, o presidente brasileiro deve levar em consideração a pesquisa de âmbito
internacional, por realmente afagar plenamente o seu ego, onde ele foi
consagrado, em total desprezo à parcela da opinião pública interna, quando esta
é que deveria prevalecer sobre aquela, por ter contado com o sentimento
exclusivamente dos brasileiros, que acompanham de perto, no dia a dia, o seu
governo.
Na
verdade, o presidente brasileiro deveria se basear não em pesquisas sobre o
desempenho do seu governo, mas sim na satisfatoriedade dos brasileiros acerca
dos resultados positivos das políticas públicas executadas na sua gestão,
porque eles refletem a realidade do seu efetivo desempenho.
À
toda evidência, muito pouco ainda foi realizado pelo governo, em relação às
promessas de melhorias que seriam implementadas na gestão dele, que se mantém praticamente
fazendo absolutamente o mesmo que os governos anteriores vinham executando, ou
seja, o mesmo mínimo necessário como incumbência constitucional do Estado,
quando se esperavam as mudanças anunciadas, que ainda estão por vir, decerto.
Na
realidade, não é do conhecimento dos brasileiros a implantação de programas inovadores
e revolucionários em benefício da população, como as reformas na educação, na
saúde, na segurança pública, salvo as melhorias na infraestrutura, onde alguém
resolveu contrariar o pensamento do presidente e se desembestou incontrolavelmente
no rumo da construção de estradas e linhas férreas em todo Brasil, em
verdadeira demonstração de que os demais ministérios não passam de verdadeiros parasitas,
porque somente executam, de forma religiosa e obsequiosa, as políticas mínimas e
necessárias previstas no governo dominado pelo conformismo e sem vontade em promover
novos e revolucionários ideias e projetos que visem ao fomento do bem-estar da
população.
Em
síntese, a ideia que se tem é a de que, para o presidente do país, pouco importa
a opinião de brasileiros que estão acompanhando o dia a dia do seu governo, mas
sim o sentimento mostrado por estrangeiros, que, na verdade, somente a pesquisa,
porque os votantes foram os seus fiéis seguidores, que fingem certamente nada saberem
quanto ao efetivo desempenho dele à frente dos destinos doo Brasil.
É
pena que isso possa acontecer quanto à avaliação do governo, porque só
demonstra situação incompatível com a realidade dos fatos, a despeito de que a
opinião internacional seja da maior importância somente se ela tivesse por base
o conhecimento do real trabalho do mandatário brasileiro, que se acha o máximo
no poder, tendo por parâmetro, infelizmente, a avaliação nada confiável de quem
finge não conhecer o que realmente acontece no Brasil, a exemplo da votação maciça
nessa pesquisa da Time.
Espera-se
que os brasileiros cônscios da sua responsabilidade cívica e patriótica tenham
a dignidade de honrar os princípios da seriedade e da justiça, no sentido de
avaliar o verdadeiro desempenho do governo brasileiro, tendo por parâmetro o
efetivo resultado das políticas públicas executadas por ele, em benefício da população,
com embargo da deplorável ideologia política, que tem sido péssimo artifício para
a destruição da verdade.
Brasília,
em 15 de dezembro de 2021
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