segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Vacina é vida!

 

Um partido político ingressou com pedido de contestação junto ao Supremo Tribunal Federal à decisão adotada pelo Ministério da Saúde, que houve por bem exigir prescrição médica para a vacinação de crianças.

Em razão disso, um ministro da citada corte determinou ao governo federal que apresente explicação, no prazo de cinco dias, sobre a necessidade de tal exigência.

O ministro da Saúde defendeu a vacinação contra a Covid-19, em crianças, somente mediante a apresentação de prescrição médica e autorização dos pais, sem ter apresentado a devida fundamentação científica para a sustentação da sua insana medida, porque isso é minimamente indispensável em se tratando de situação da maior importância para prevenção contra aquele vírus, extremamente nocivo à vida humana.

Como se trata de medida que envolve a proteção da vida, há necessidade que o principal órgão do governo apresente aos meios científicos e à sociedade os elementos válidos, sob o amparo da ciência, em forma de estudos pertinentes ao caso, com capacidade à altura para justificar o acerto do posicionamento oficial, se é que ele realmente existe.

          É óbvio que a adoção desse cuidado, certamente que o governo teria evitado o lamentável constrangimento do questionamento em apreço, dando a entender que ele teria adotado medida da maior relevância para a saúde pública sem o devido amparo no âmbito do  protocolo sanitário pertinente, como deve assim agir na forma da seriedade e da competência exigida para situação emergencial de relevada importância como essa.  

A medida adotada pelo governo desagradou especialistas da área de pediatria, que alegaram a dispensabilidade dela, apontando para o fato de que as vacinas são eficazes e testadas, quanto à sua segurança.

A Sociedade Brasileira de Pediatria, por exemplo, disse que as mortes da população pediátrica por Covid-19 não estão “em patamares aceitáveis” e defendeu a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, em manifesto divulgado no último dia 24.

A  aludida sociedade defendeu a vacinação contra a Covid-19, tendo pedido a “urgente implementação de estratégias para reduzir risco de complicações, hospitalizações e mortes do público infantojuvenil pela doença.”.

Nessa mesma linha, foi o apelo feito pelo Conselho de Secretários Estaduais de Saúde - Conass, que foi contrário às medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, tendo avisado que os estados não vão cumprir a recomendação absurda do governo, de exigir prescrição médica e autorização dos pais para a aplicação da vacina.

O Conass disse ainda que o ministro da Saúde “há muito tempo, abandonou qualquer compromisso com a ciência e atua apenas para agradar a base bolsonariana.”.

É preciso se atentar que muitas crianças podem desenvolver forma gravíssima da doença, inclusive vindo à morte, cujo risco pode ser minimizado com a imunização.

Não há a menor dúvida de que a ameaça da doença contra a vida das crianças existe em realidade, cuja preocupação é amenizada com a vacina.

Conforme atestam as agências reguladoras do Brasil, dos Estados Unidos da América e da Europa, o imunizante é seguro e eficaz, com capacidade para a proteção contra a Covid-19.   

À toda evidência, o governo brasileiro se posiciona no caminho contrário ao consenso científico adotado pelo resto do mundo, caso não aplique efetivamente os imunizantes aprovados pela Anvisa, que até agora constituem a dose especial da vacina da Pfizer para o público infantil, fato este que só demonstra falta de sensibilidade de autoridades públicas às causas humanitárias, no que pertine à saúde dos brasileiros.

          Convém que os brasileiros sejam sensíveis aos apelos da ciência e dos princípios humanitários e decidam apoiar as medidas necessárias à imunização da população infantojuvenil, porque elas são realmente necessárias ao salvamento de bastantes vidas, evitando o sofrimento de muitas famílias pelas perdas de seus entes queridos.

Brasília, em 27 de dezembro de 2021

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