Um
partido político ingressou com pedido de contestação junto ao Supremo Tribunal
Federal à decisão adotada pelo Ministério da Saúde, que houve por bem exigir
prescrição médica para a vacinação de crianças.
Em
razão disso, um ministro da citada corte determinou ao governo federal que apresente
explicação, no prazo de cinco dias, sobre a necessidade de tal exigência.
O
ministro da Saúde defendeu a vacinação contra a Covid-19, em crianças, somente
mediante a apresentação de prescrição médica e autorização dos pais, sem ter
apresentado a devida fundamentação científica para a sustentação da sua insana
medida, porque isso é minimamente indispensável em se tratando de situação da
maior importância para prevenção contra aquele vírus, extremamente nocivo à vida
humana.
Como
se trata de medida que envolve a proteção da vida, há necessidade que o
principal órgão do governo apresente aos meios científicos e à sociedade os elementos
válidos, sob o amparo da ciência, em forma de estudos pertinentes ao caso, com
capacidade à altura para justificar o acerto do posicionamento oficial, se é
que ele realmente existe.
É
óbvio que a adoção desse cuidado, certamente que o governo teria evitado o lamentável
constrangimento do questionamento em apreço, dando a entender que ele teria
adotado medida da maior relevância para a saúde pública sem o devido amparo no
âmbito do protocolo sanitário pertinente,
como deve assim agir na forma da seriedade e da competência exigida para situação
emergencial de relevada importância como essa.
A
medida adotada pelo governo desagradou especialistas da área de pediatria, que
alegaram a dispensabilidade dela, apontando para o fato de que as vacinas são
eficazes e testadas, quanto à sua segurança.
A
Sociedade Brasileira de Pediatria, por exemplo, disse que as mortes da população
pediátrica por Covid-19 não estão “em patamares aceitáveis” e defendeu a vacinação
de crianças de 5 a 11 anos, em manifesto divulgado no último dia 24.
A aludida sociedade defendeu a vacinação contra
a Covid-19, tendo pedido a “urgente implementação de estratégias para reduzir
risco de complicações, hospitalizações e mortes do público infantojuvenil pela
doença.”.
Nessa
mesma linha, foi o apelo feito pelo Conselho de Secretários Estaduais de Saúde
- Conass, que foi contrário às medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, tendo
avisado que os estados não vão cumprir a recomendação absurda do governo, de
exigir prescrição médica e autorização dos pais para a aplicação da vacina.
O
Conass disse ainda que o ministro da Saúde “há muito tempo, abandonou qualquer
compromisso com a ciência e atua apenas para agradar a base bolsonariana.”.
É
preciso se atentar que muitas crianças podem desenvolver forma gravíssima da doença,
inclusive vindo à morte, cujo risco pode ser minimizado com a imunização.
Não
há a menor dúvida de que a ameaça da doença contra a vida das crianças existe
em realidade, cuja preocupação é amenizada com a vacina.
Conforme
atestam as agências reguladoras do Brasil, dos Estados Unidos da América e da
Europa, o imunizante é seguro e eficaz, com capacidade para a proteção contra a
Covid-19.
À
toda evidência, o governo brasileiro se posiciona no caminho contrário ao
consenso científico adotado pelo resto do mundo, caso não aplique efetivamente
os imunizantes aprovados pela Anvisa, que até agora constituem a dose especial
da vacina da Pfizer para o público infantil, fato este que só demonstra falta
de sensibilidade de autoridades públicas às causas humanitárias, no que pertine
à saúde dos brasileiros.
Convém que os brasileiros sejam sensíveis aos apelos da
ciência e dos princípios humanitários e decidam apoiar as medidas necessárias à
imunização da população infantojuvenil, porque elas são realmente necessárias
ao salvamento de bastantes vidas, evitando o sofrimento de muitas famílias
pelas perdas de seus entes queridos.
Brasília,
em 27 de dezembro de 2021
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