Em crônica que analisei as dificuldades para
presidir o Brasil, recebi, de importante e distinta conterrânea, notável incentivo
para eu ser o próximo mandatário do país tupiniquim, porque, ao que tudo
indica, ela enxerga na minha pessoa qualidades suficientes para a realização de
excelente gestão, por eu preencher requisitos e atributos à altura de tão relevante
cargo nacional.
Eis a gentil e estimulante mensagem de quem quer me ver
no altíssimo comando do Brasil, in verbis: “Todos nós sabemos o
quanto é difícil administrar o Brasil, tem que ter muita sabedoria pra
enfrentar com determinação, coragem e conhecimento, para agir com amor ao seu país
e ao próximo. O senhor (se referindo a mim) tem os que muitos políticos
não tem; ‘Honestidade’. conhecimento tem de sobra e experiência adquire qdo
está oculpando o cargo colocando os pingos nos ís, acho que tá faltando coragem
de sua parte. Muitos políticos entram sem saber se expressar, com pouco
conhecimento, aprendendo com a conivência e o tempo ensinando. Imagine o senhor
com tanta inteligência! Seria maravilhoso isso acontecesse, o Brasil está
precisando de homens igual ao senhor para ser administrado com honestidade e amor
a nossa Pátria. Enquanto o brasileiro não aprender a definir quem nos
representam e excluir aquela corja parasitas que só sugam o país não haverá
mudança e nem transformação.”.
Como se vê, é maravilhoso sentir no âmago, até na alma,
expressões elogiosas e positivas em enaltecimento de qualidades que realmente projetam
para o alto a personalidade de qualquer pessoa, principalmente diante das
responsabilidades atribuídas aos homens públicos, que nem com extremoso esforço
conseguiriam tamanho quilate de incentivo, embora tudo seria apenas normal, à
vista da real importância que precisa existir no trato da coisa pública.
Sem dúvida alguma, é com muito honra que me sinto cercado,
com as palavras acima transcritas, de tudo do bom e do melhor que o homem público
gostaria de ter no seu currículo, que parece representar e corresponder, em
síntese, tudo o que tenho escrito nas minhas crônicas, que até gosto de dizer
para as pessoas que o conteúdo delas, se exprimido entre os dedos, somente escorriam
laudas de ética e moralidade, por tudo que gostaria que o querido Brasil
somente fosse governado por quem prometesse e cumprisse ser fiel aos princípios
republicanos da ética, moralidade, dignidade, honestidade, competência e responsabilidade,
sendo inflexível e resistente às tentações das terríveis corrupção e desonestidade,
que são sentimentos que se distanciam de muitos homens públicos.
Tudo isso que consta exposto de moravilhoso na mensagem
acima, na tentativa de afagar o meu ego de homem público, é como uma linda nuvem
passageira, que nem o rastro ela consegue deixar em mim, justamente por falta
de ambição política, que é algo que destrói os sentimentos dos bons
brasileiros, que se permitem perder o melhor de si, que é o seu caráter, a sua
dignidade, inebriado facilmente pela incontrolável força do poder, mas fica em
mim o seu gesto de bondade, que guardo no meu coração, como gentil estímulo.
Mesmo que tudo não passe de meras digressões, aproveito o
texto pertinente ao assunto, para dizer que eu realmente até poderia presidir o
Brasil, para tentar mostrar que é possível realizar governo à altura da seriedade
da gestão pública e da sua relevância como nação, que bem merece tratamento com
as suas grandezas econômica e social, tendo como referência governança com competência,
eficiência, efetividade e responsabilidade.
Certamente que meu governo seria marcado para a história
como lição de austeridade e lembrado na contextualização extrema austeridade,
economicidade e desenvolvimento socioeconômico, efetividade, economicidade, com a
perseguição de metas ambiciosas e de vanguarda, tomando por exemplo o maior presidente
da República do Brasil, de todos os tempos, o mineiro Juscelino
Kubitschek
de Oliveira.
Minhas primeiras medidas ficariam marcadas por toda a
história da República, porque eu estabeleceria verdadeira revolução nas
estrutura e conjuntura do Estado, para o fim de determinar estudos destinados à
sua reforma geral, com vistas ao aperfeiçoamento e à modernidade dos serviços
públicos da sua incumbência, com abrangência em todos seus sistemas e nada
ficaria sem ser escavocado nos alicerces da administração do Brasil, de modo
que a máquina pública pudesse ser a mais eficiente, econômica, produtiva e
moderna do mundo contemporâneo.
Eu somente ficaria feliz e realizado quando fossem implantadas
as reformas e o seu funcionamento, porque somente assim o Brasil poderia ser
passado a limpo, tendo condições de funcionar verdadeiramente com efetividade e
eficiência, bem ajustado à administração científica, em condições de se
alcançar os melhores objetivos em benefício dos brasileiros, que não podem
pagar tantos tributos e serem merecedores dos piores serviços públicos da face
da Terra, como vem realmente acontecendo no país, onde a prevalência do
sucateamento e da precariedade é marca registrada há uma eternidade e nada
serve de parâmetro para radical mudança dessa lamentável realidade, que somente
contribui para tornar a vida dos brasileiros em permanente lamúria.
Há até quem diga que nada que eu formulasse, em termos de
reformas estrutural e conjuntural, seria aprovado pelo Congresso Nacional, o
que é bem possível que isso viesse a acontecer, diante da realidade estrutural dos
poderes, que precisam ser respeitadas, mas a ideia que tenho sobre isso é na
forma constitucional da autonomia e da independência, que compete exclusivamente
ao Executivo governar o Brasil, precisando para tanto dispor das melhores condições
para o desempenho da sua missão institucional, tendo a obrigação de se
modernizar, tanto em estrutura como em arcabouço jurídico para o competente e
eficiente desempenho da sua relevante competência, principalmente no que diz
respeito aos avanços socioeconômicos.
Nessa mesma linha de procedimento, compete ao Legislativo
aprovar as leis necessárias ao melhor desempenho do Executivo, que precisa
formular e dispor da legislação atualizada e capaz de respaldar seus atos
administrativos.
Ou seja, o importante é que o meu dever de governante seja
cumprido com o máximo de precisão, competência e responsabilidade, tendo a
obrigação de formular os melhores e completos projetos legislativos, indispensáveis
à melhor gestão possível do Brasil.
É preciso que todo esforço do Executivo possa ser
correspondido na mesma intensidade pelo Legislativo, no sentido do pronto atendimento
de todas as matérias formuladas pelo governo, porque ele estaria satisfazendo
ao interesse da população e não à vontade do presidente do país, o que é bastante
diferente do que vem acontecendo na atualidade, na compreensão de que o Congresso
não se esforça para atender às matérias do Executivo porque ele não simpatiza com
o presidente do país e isso tem urgência para ser mudado, por meio de atitudes
que possam mostrar o verdadeiro sentido da autonomia dos poderes, tendo por
base precisa e exatamente o sentido do cumprimento das respectivas missões
constitucionais para a satisfação do interesse público, que é a razão de eles
existirem, para a prestação dos serviços públicos à sociedade, que devem ser de
qualidade, quando há interação entre eles.
Enfim, no meu governo, todos os atos administrativos
devem ter a prioritária indicação, ficando muito claro de que as medidas demandadas
pelo Executivo estarão voltadas exclusivamente para a satisfação do interesse público
e que, por isso, o Legislativo teria a obrigação de acompanhar esse esforço, no
sentido de se buscar o melhor para o atendimento do bem comum da população.
Isso vale dizer que eu faria o que fosse necessário para
o atendimento do interesse da população, na parte que incumbe ao Executivo,
porque finalidade precípua dele é servir à sociedade, e o Legislativo não teria
como ser diferente, exatamente porque o ônus pela falta da melhor execução dos
serviços pertinentes ficaria por conta de quem deixar de executar ou aprovar os
projetos necessários, que foram preparados com muita diligência e competência pelo
Executivo, sob rigorosa observância das normas técnicas, em termos de
fundamentação legal e justificativas sobre a real necessidade da aprovação da matéria
de que se trata, na certeza de a sua finalidade tem vinculação direta com a satisfação
das necessidades da população, que é a razão da existência do Estado.
A finalização das medidas legais compete ao Legislativo,
ou seja, depois dos estudos e projetos apresentados pelo Executivo, tendo por
base os termos técnico-científicos da gestão pública moderna, cabendo àquele órgão senão aprová-las ou então assumir perante a sociedade o ônus de não aprová-las,
como é do seu seu dever constitucional, simples assim.
Por fim, caso não havendo aprovação de absolutamente nada,
eu simplesmente entregaria o “chapéu”, como se diz no popular, ou melhor, o cargo,
em determinado prazo, e iria ficar tranquilo com a consciência, em ter feito o
melhor que o Brasil precisa para alcançar outro nível de qualidade de gestão
pública, em padrão comparável com as nações sérias, evoluídas e civilizadas, em
termos de modernidade dos seus sistemas de administração pública, observada a
valorização dos recursos advindos dos contribuintes, que também merecem a
contraprestação do Estado, com serviços públicos da melhor qualidade possível.
O meu assessoramento especial, em nível de ministros,
somente seriam nomeados especialistas com notórios saberes das áreas para as quais
eles fossem nomeados, como o médico ou sanitarista para o Ministério da Saúde,
o educador para a Educação, o engenheiro para a Infraestrutura e assim por
diante para os respectivos setores do governo, de modo que eles pudessem
desempenhar excelente e compete trabalho em exclusivo proveito dos brasileiros.
Não haveria, de modo algum, qualquer composição com
partidos políticos, como forma de presidencialismo de coalizão, em o fim dessa
excrescência sempre resulta no execrável fisiologismo vigente na atualidade, onde
o famigerado Centrão domina as ações do governo, que agora é refém da vontade
desse grupo político desacreditado, em termos de moralidade.
Nessa mesma linha de seriedade, os ministros do Supremo
Tribunal Federal passariam a ser indicados exclusivamente pelos critério do
mérito compatível com o regramento constitucional, no sentido de que seria escolhido
jurista, em nível nacional, com saberes jurídicos, sem nenhuma vinculação com
apadrinhamento ou indicação senão da exclusiva competência técnico-profissional
comprovada por seus méritos.
O assunto que tenho da maior importância em governo
sério, capaz, competente, eficiente e principalmente responsável, é o Orçamento
da União, que somente haveria um, compreendendo nele todas as receitas e as
despesas dos três poderes da República, de modo que a execução orçamentária,
financeira e patrimonial possa ser realizada rigorosamente sob a maior transparência
possível, tendo como parâmetro ampla prestação de contas sobre os gastos do
governo, tudo na forma da legislação de regência.
No meu governo, seria terminantemente rejeitada qualquer
ideia sobre a existência de orçamento paralelo ou secreto, como há na
atualidade, porque isso é forma explícita de desmoralização dos gastos públicos,
diante da impossibilidade de se conhecer os gestores responsáveis por sua execução,
que não estão obrigados à prestação de contas quanto à sua boa e regular
aplicação, permitindo ainda o desvio da finalidade do dinheiro dos
contribuintes, sem qualquer controle ou fiscalização.
Na minha gestão, certamente que eu iria produzir os
melhores projetos e programas para beneficiar os brasileiros, principalmente os
mais carentes, tendo como principais metas algumas que já fiz e tenho projetos
da maior importância para a satisfação do interesse da população.
O primeiro deles seria o estudo que consta de crônica bem
trabalhada, tendo por finalidade acabar com os impostos sobre os remédios, que
passariam para preços reduzidos para a população, em média menos de 35% dos
cobrados na atualidade, sem a cobrança de tributos.
Acredito na viabilidade desse importante projeto do
tributo-zero para os remédios, porque, no estudo pertinente, consta a indicação
da recuperação dos tributos perdidos com a renúncia, em torno de três bilhões
de reais, que passarão a ser incluídos, de forma pulverizada, em produtos supérfluos,
a exemplo de perfumes, bebidas, cigarros etc.
Outro projeto prioritário do meu governo seria a implantação
de polos industriais de desenvolvimento, com a instalação de empresas e
industriais em regiões carentes, mediante forte incentivo fiscal, a exemplo do
que foi feito para desenvolver o Amazonas, com a criação da Zona Franca de
Manaus, cujos projetos seriam distribuídas nas cidades e localidades mais
pobres e carentes do Brasil, com preferência para as regiões do Norte e
Nordeste.
Uma cidade como Uiraúna, por exemplo, poderia ser
beneficiada com uma fábrica, que poderia ser de moto, geladeira ou outra atividade
que melhor pudesse atender aos anseios da região, porque a principal função dessa
política desenvolvimentista é levar trabalho e empregos para a cidade-núcleo e às
outras da vizinhança, que poderiam fabricar acessórios e insumos destinados à
montagem do produto principal e assim por diante, de modo que as indústrias possam
contribuir para a criação de muitos empregos e desenvolver localidades sempre
esquecidas e abandonadas pelas autoridades públicas competentes.
Todo esforço seria no sentido de cuidado da melhor
maneira dos interesses das regiões carentes e nunca assistidas pelos
governantes anteriores, de modo a se valorizar o trabalho, em especial, dos
nordestinos, que são os brasileiros menos cuidados, com vistas à melhoria das
condições de vida, porque eles somente são vistos em termos de assistência
social e, como consequência, de voto para a eleição dos calejados aproveitadores
de recursos públicos, considerando que ninguém tem ideia de mudar as eternas mazelas
de povo submetido ao castigo do esquecimento, do abandono e do isolamento, em relação
à necessidade de desenvolvimento socioeconômico.
No que se refere ao programa nos moldes do Bolsa Família,
o meu governo teria por meta à assistência financeira às famílias carentes,
aquelas que não tiverem oportunidade nos polos de desenvolvimento, mas com o
foco prioritário da profissionalização do titular da família, de modo que,
depois do treinamento como pedreiro, costureira, cabelereira, carpinteiro,
pintor ou outra especialidade regional, a pessoa seria encaminhada ao emprego,
já facilitado por meio de convênios com a iniciativa privada, que muito se
beneficiária com a mão de obra qualificada pelo governo.
Eu teria outros importantes projetos de cunho social, com
a finalidade de contribuir para o progresso dos brasileiros, em especial no que
diz respeito à priorização da educação, que seria urgentemente modernizada, com
vistas à sua total reformulação, de modo a se permitir a sua equiparação aos melhores
padrões de qualidade mundiais, respeitadas as peculiaridades brasileiras.
No atual governo, o único ministério que ainda tem alguma
visibilidade, porque realmente trabalha em nível de desempenho desejável e satisfatório,
comparativamente aos outros, é o da Infraestrutura, que segue construindo
estradas e linhas férreas, em ritmo muito acima dos demais ministérios, que
serviria de exemplo para fazer funcionar os demais ministérios, onde muitos dos
quais não passam de ônus desnecessários para a sociedade, diante da sua
inutilidade, em termos de satisfação das necessidades da população.
A impressão que se tem é a de que os outros ministérios não
passam de gigantescos cabides de empregos, sem a realização senão do que se denomina
“feijão-com-arroz” de sempre na vida pública, que não tem nenhuma utilidade
quanto à prestação de serviços públicos para satisfazer às reais carências da
sociedade, em termos de projetos capazes de justificar a sua existência, por
apenas fazerem o mínimo necessário, apenas
em cumprimento à sua missão básica, em verdadeiro ônus para as sociedade.
No meu governo, o objetivo ideal é que todos os
ministérios precisem justificar a sua existência perante a sociedade,
permanentemente, de modo a cumprir com eficiência a sua missão institucional, ao
serem obrigados a cumprir, no mínimo, as atividades normais e obrigatoriamente outras
em nível de melhoria e impacto sociais.
A gestão do atual governo, por apresentar desempenho
apenas normal e até mesmo abaixo do mínimo desejável, sem maiores destaques, em
avaliação no seu conjunto, seria de extrema importância para a minha administração,
porque ela serviria para mostrar como modelo para os meus ministros, exatamente
como o absurdo do desperdício de dinheiro público que está sendo jogado nas valas
e nos ralos da incompetência, da ineficiência e da inutilidade, diante da
constatação do pouco ou nenhum aproveitamento do emprego dos recursos públicos,
em termos da prestação de serviços públicos de qualidade em benefício para a
população.
Tendo por base o atual quadro de paupérrimo
aproveitamento dos ministérios existentes, eu seria obrigado a exigir produtividade
diferenciada e de qualidade de todos meus ministérios, porque não existe nada
pior do que o governo ficar quatro anos apenas assinando o ponto e consumindo dinheiro
do contribuinte, sem produzir absolutamente nada em benefício dos brasileiros,
apenas sendo cumpridor normal da missão institucional, quando o homem público
tem o dever de ser diferenciado, criativo e acima de tudo aproveitar a montanha
de dinheiro que é sugado dos sacrificados contribuintes, que têm pesado fardo
nos seus ombros, sendo obrigados a suportar sobre seus bolsos uma das maiores
cargas tributárias mundiais.
É de se notar que a carga tributário, por força da
imperiosa modernização administrativa por mim implantada, seria reduzida com
como prioridade no meu governo, de modo que os tributos somente seriam cobrados,
em termos de valores, o estritamente necessário à manutenção do eficiente
funcionamento da moderna máquina pública.
Como forma de modernização política, em termos de
seriedade e moralização, o meu governo se empenharia, ao máximo, em transformar
os quase quarenta partidos políticos em apenas dois, de modo a se contribuir para
acabar com a vergonhosa farra que é feita com o dinheiro dos contribuintes,
diante do empenhamento de montanhas de recursos desnecessários para a
manutenção de muitos partidos que são estruturados exclusivamente para o aproveitamento
de recursos públicos e ainda contribuírem para a formação de sistema político da
pior qualidade, em todos os sentidos.
Ou seja, é preciso que seja feito algo para se acabar com
muitas práticas que fazem com que o Brasil seja autêntico país dos desperdícios
e das ineficiências político-administrativas, que somente servem para jogar
dinheiro no lixo, ante a falta de satisfação do interesse público, que tem como
corolário exatamente o bom aproveitamento dos recursos advindos dos cidadãos,
embora o problema reside no retorno deles, em forma de benefício social,
conforme mostram os fatos do dia a dia, a exemplo do imaginável, mas verdadeiro
“orçamento secreto”, que foi criado no atual governo, com a finalidade de
legalizar irregularidades na gestão pública, em benefício de inescrupulosos
políticos, que recebem a verba e nem seu nome pode ser identificado,
inexistindo prestação de contas referentes à sua aplicação.
Nessa linha pretendida de modernidade, além da criação de
somente dois partidos, meu governo faria esforços para a viabilização da
candidatura independente, em que cada cidadão possa se candidatar a qualquer
cargo público eletivo, sem necessidade de se filiar a partido, desde que comprove
ser ficha limpa e preencher normalmente os requisitos de competência e conduta ilibada
na vida pública, compatível com a dignidade das atividades político-sociais.
Como importante contribuição do meu governo, tudo faria
para que as carreiras dos serviços públicos finalmente pudessem ser
integralmente moralizadas, em termos salariais, com base em reforma
radicalmente estruturada no princípio da remuneração única para cada categoria
de servidor, compreendendo todos os poderes da República, de modo a se
permitir que fiquem definitivamente eliminados todos os privilégios, vantagens,
mordomias e demais pouca-vergonha existentes no serviço público, desnecessária
e injustamente pesando no bolso da sociedade.
A ideia do meu governo é a de que somente o presidente da
República continuaria com poucas regalias inerentes ao relevante cargo da nação,
ficando com direito à moradia, carro oficial, transporte aéreo e segurança
particular e nada mais, como garantia de apoio de integral a quem precisa se
preocupar com o eficiente trabalho de principal mandatário do Brasil.
Quanto ao restante dos servidores públicos, desde
ministros de Estado e dos tribunais, os parlamentares e todos os outros
servidores em geral somente teriam direito à remuneração inerente ao cargo
que ocupe, com teto estabelecido, tendo por base o valor necessário para que
eles se cuidem para cumprir o seu dever funcional por conta própria, inclusive
dirigindo o seu próprio transporte, não importando a relevância do seu cargo,
mesmo que seja ministro de tribunal ou parlamentar, porque todos passariam a
ser servidores públicos, com a destinação exclusiva da prestação de serviços ao
público, que paga os seus vencimentos.
A começar do ministro da Fazenda e demais ministros, por
exemplo, teriam direito apenas à remuneração de R$ 50 mil, conforme o valor
razoável estipulado, e com esse dinheiro ele pagaria as suas despesas de
transporte, segurança, alimentação e tudo o mais que fosse necessário para o
desempenho do seu cargo e só, sem ter direito a mais nada.
Ninguém mais teria direito senão à sua remuneração e mais
absolutamente nada, porque o serviço público precisa de padronização de moralidade,
eficiência, economicidade e responsabilidade compatíveis com os padrões de
seriedade.
Nessa estruturação e moralização, ficaria extinto o
indecente e espúrio instituto do cartão corporativo no serviço público, que tem
toda característica de excrescência na realização da despesa pública, por onde
são cometidos abusos e farras com o dinheiro do contribuinte, à vista da
inexistência da prestação de contas referentes aos gastos.
Por fim, no meu governo, a transparência, que já é constitucionalmente
obrigatória, passaria a ser escancarada, sendo criado órgão como secretaria
informatizada, com a destinação exclusiva para a facilitação do recebimento de
sugestões, reclamações, críticas e tudo o mais que pudesse contribuir para o
aperfeiçoamento dos serviços públicos de incumbência do Estado, na parte referente
ao governo federal.
No meu governo, na medida do possível, ante a relevância
dos assuntos nacionais, seria facilitado ao brasileiro falar diretamente com o
presidente do país, quando se tratasse de questão de interesse dos brasileiros,
de modo que a figura dele deixasse de ser endeusada, como ela é, porque mandatário
é igual a qualquer brasileiro, apenas tendo sido eleito para representar cada
cidadão, no nível mais elevado da nação.
O meu governo, posso garantir, com o fio do meu bigode,
como se dizia nos tempos idos, passaria para a história como modelo de administração
pública moderna, em todos os sentidos, com a dignificação do seu verdadeiro
nome, porque o meu principal lema de gestão seria o governo do povo, para o
povo e pelo povo, onde o povo seria realmente o centro do poder e eu apenas o instrumento
com capacidade para o gerenciamento de grandes ideias e realizações de serviços
importantes e obras de impacto, tudo com vistas ao progresso do Brasil, tendo
por base a construção de relevantes empreendimentos, como instrumento moderno e
capaz de criação de muitos empregos e geração do desenvolvimento socioeconômico
do país, em consonância com a pujança de grande e progressista nação.
Viva o meu governo, que certamente seria o melhor da história
do Brasil, porque ele haveria de seguir rigorosamente os parâmetros da
administração pública moderna e evoluída em todos os sentidos, tendo os
cuidados da estrita observância aos princípios mais avançados de competência,
eficiência, efetividade, economicidade, responsabilidade, seriedade, moralidade,
honestidade, transparência, legalidade, entre outros indispensáveis à satisfação
do interesse público, porque essa é a essência da finalidade do Estado.
... pronto, já estou acordado, depois desse majestoso
sonho de ter sido presidente do Brasil!
Brasília,
em 7 de dezembro de 2021
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