domingo, 19 de dezembro de 2021

Pobre educação?

Em mensagem que circula nas redes sociais, é mostrada a situação mais vexatória que poderia se imaginar para a educação brasileira, sempre colocada, em termos comparativos, nos piores lugares entre os países, inclusive de terceira economia para cima.

O anuário faz comparativo, por exemplo, do ranking das principais universidades mundiais, em que a primeira universidade brasileira figura no 710º lugar, enquanto a mesma análise, na América Latina, entre 12 instituições de ensino superior, o Brasil figura em 10º, somente superando, pasmem, a Venezuela e Cuba, países de governos socialistas que estão atolados no abismo, em termos de evolução em todos os sentidos, fato este que só  demonstra a precariedade do ensino superior brasileiro.

 A mensagem deixa muito clara a falta de aproveitamento dos recursos aplicados em educação, que são superdimensionados, que vão muito além do necessário se houvesse qualidade no ensino e efetividade nos seus resultados.

Ou seja, o governo mantém programas educacionais caríssimos, mas o aproveitamento é totalmente incompatível com os altos investimentos, o que denota a necessidade de urgentes reformas, de modo a se buscar a eficiência e a otimização do ensino, em benefício da educação satisfatória, em termos de qualidade.  

As condições precárias pelas quais vêm se arrastando, de longa data, a educação e o ensino brasileiros, em todos os níveis, são de notória deplorabilidade e decadência, cuja situação é mais do que visível e do conhecimento das autoridades do governo, inclusive do chefe do Executivo.

Já passou do tempo para haver interesse em se declarar estado de calamidade pública no sistema educacional, no seu conjunto, de modo a se estabelecerem urgentes e mais do que imediatamente medidas prioritárias para os necessários estudos destinados à completa reformulação pertinente, com vistas aos indispensáveis aperfeiçoamento e modernidade de tudo que diga respeito à educação.

A educação brasileira se encontra falida e exige urgente tratamento de choque, para que uma revolução seja imediatamente operada, tendo por base o que de melhor possa existir no mundo da educação, em termos de qualidade e rendimentos educacionais.

Infelizmente, tudo isso que falei não passa de devaneios, levando-se em conta que, daqui até o final do próximo ano, a prioridade já foi estabelecida, que é se trabalhar com o máximo empenho para viabilizar a reeleição do capitão, que sonha acordado com a manutenção do poder e, para ele, o mais que estiver em redor do governo, pode até explodir, porque ele nem vai perceber e nem precisa saber, porque suas metas já foram definidas, definitivamente.

Pobre Brasil, que agoniza na UTI, também no que diz à educação e o seu fim se encaminha a passos largos, graças à ação dos políticos inescrupulosos, que estão somente interessados nas causas pessoais e na conquista e na manutenção do glorioso poder.

Como a educação se trata de problema crônico, de todos conhecidos e que vem se arrastando ao longo da história, esperava-se que o candidato que prometia mudanças, enfim, iria se preocupar em priorizá-la logo no início do seu governo, mas o resultado é exatamente o completo desprezo às reformas estruturais do Estado, que praticamente não houve em quase nada, salvo na previdência social, que teve abrangência parcial, em caráter apenas paliativa.

A frustração dos brasileiros é exatamente por terem acreditado nas promessas de campanha, que foram simplesmente abandonadas e nem se fala mais nelas, senão na renovação do mandato, certamente com a apresentação de metas ainda mais ambiciosas, tendo no seu bojo ideias visando ao desenvolvimento do Brasil.

Ocorre que o país jamais sairá do arcaísmo, do retrocesso ou do conformismo com as mazelas do atraso, dando continuidade às incompetências e às precariedades que têm sido a marca registrada dos últimos governos, inclusive do atual, que resistem às reformas estruturais que somente elas são capazes de fomentar o progresso, inclusive da educação, porque o ensino moderno é tudo que que se precisa para as necessárias mudanças.      

Infelizmente, essa é a triste realidade brasileira e que é do conhecimento de todos, inclusive dos verdadeiros culpados, que são o povo, que sempre e reiteradamente elege quase sempre os dignos e relevantes "representantes do povo", justamente para a manutenção das desgraças que grassam na República tupiniquim, sem esperança de dias melhores, precisamente por não haver vontade política e muito menos interesse em mudar absolutamente nada.

Convém que o poder do voto possa ser útil aos interesses do Brasil, no sentido de decidir pela escolha de representante do povo que realmente tenha a dignidade de trabalhar em defesa da sociedade, com embargo das causas pessoais e partidárias sob a influência do poder.

          Brasília, em 19 de dezembro de 2021 

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