Em
mensagem que circula nas redes sociais, é mostrada a situação mais vexatória que
poderia se imaginar para a educação brasileira, sempre colocada, em termos
comparativos, nos piores lugares entre os países, inclusive de terceira
economia para cima.
O
anuário faz comparativo, por exemplo, do ranking das principais universidades
mundiais, em que a primeira universidade brasileira figura no 710º lugar, enquanto
a mesma análise, na América Latina, entre 12 instituições de ensino superior, o
Brasil figura em 10º, somente superando, pasmem, a Venezuela e Cuba, países de
governos socialistas que estão atolados no abismo, em termos de evolução em
todos os sentidos, fato este que só demonstra
a precariedade do ensino superior brasileiro.
A mensagem deixa muito clara a falta de aproveitamento
dos recursos aplicados em educação, que são superdimensionados, que vão muito
além do necessário se houvesse qualidade no ensino e efetividade nos seus resultados.
Ou
seja, o governo mantém programas educacionais caríssimos, mas o aproveitamento
é totalmente incompatível com os altos investimentos, o que denota a necessidade
de urgentes reformas, de modo a se buscar a eficiência e a otimização do ensino,
em benefício da educação satisfatória, em termos de qualidade.
As
condições precárias pelas quais vêm se arrastando, de longa data, a educação e
o ensino brasileiros, em todos os níveis, são de notória deplorabilidade e
decadência, cuja situação é mais do que visível e do conhecimento das
autoridades do governo, inclusive do chefe do Executivo.
Já
passou do tempo para haver interesse em se declarar estado de calamidade
pública no sistema educacional, no seu conjunto, de modo a se estabelecerem
urgentes e mais do que imediatamente medidas prioritárias para os necessários
estudos destinados à completa reformulação pertinente, com vistas aos
indispensáveis aperfeiçoamento e modernidade de tudo que diga respeito à educação.
A
educação brasileira se encontra falida e exige urgente tratamento de choque,
para que uma revolução seja imediatamente operada, tendo por base o que de
melhor possa existir no mundo da educação, em termos de qualidade e rendimentos
educacionais.
Infelizmente,
tudo isso que falei não passa de devaneios, levando-se em conta que, daqui até
o final do próximo ano, a prioridade já foi estabelecida, que é se trabalhar
com o máximo empenho para viabilizar a reeleição do capitão, que sonha acordado
com a manutenção do poder e, para ele, o mais que estiver em redor do governo,
pode até explodir, porque ele nem vai perceber e nem precisa saber, porque suas
metas já foram definidas, definitivamente.
Pobre
Brasil, que agoniza na UTI, também no que diz à educação e o seu fim se
encaminha a passos largos, graças à ação dos políticos inescrupulosos, que
estão somente interessados nas causas pessoais e na conquista e na manutenção
do glorioso poder.
Como
a educação se trata de problema crônico, de todos conhecidos e que vem se
arrastando ao longo da história, esperava-se que o candidato que prometia mudanças,
enfim, iria se preocupar em priorizá-la logo no início do seu governo, mas o
resultado é exatamente o completo desprezo às reformas estruturais do Estado,
que praticamente não houve em quase nada, salvo na previdência social, que teve
abrangência parcial, em caráter apenas paliativa.
A
frustração dos brasileiros é exatamente por terem acreditado nas promessas de
campanha, que foram simplesmente abandonadas e nem se fala mais nelas, senão na
renovação do mandato, certamente com a apresentação de metas ainda mais
ambiciosas, tendo no seu bojo ideias visando ao desenvolvimento do Brasil.
Ocorre
que o país jamais sairá do arcaísmo, do retrocesso ou do conformismo com as mazelas
do atraso, dando continuidade às incompetências e às precariedades que têm sido
a marca registrada dos últimos governos, inclusive do atual, que resistem às
reformas estruturais que somente elas são capazes de fomentar o progresso,
inclusive da educação, porque o ensino moderno é tudo que que se precisa para as
necessárias mudanças.
Infelizmente,
essa é a triste realidade brasileira e que é do conhecimento de todos,
inclusive dos verdadeiros culpados, que são o povo, que sempre e reiteradamente
elege quase sempre os dignos e relevantes "representantes do povo",
justamente para a manutenção das desgraças que grassam na República tupiniquim,
sem esperança de dias melhores, precisamente por não haver vontade política e
muito menos interesse em mudar absolutamente nada.
Convém
que o poder do voto possa ser útil aos interesses do Brasil, no sentido de decidir
pela escolha de representante do povo que realmente tenha a dignidade de
trabalhar em defesa da sociedade, com embargo das causas pessoais e partidárias
sob a influência do poder.
Brasília, em 19 de dezembro de 2021
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