O
verdadeiro sentido de Páscoa, segundo a experiência judaico-cristã, representa
a passagem da escravidão do Egito para a libertação, simbolizada pela passagem
do deserto para a Terra Prometida, segundo textos bíblicos, ou seja, em outras
palavras religiosas, é a passagem da opressão do pecado para a liberdade
materializada com o sacrifício redentor da cruz que foi colada sobre os ombros
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O
martírio da cruz, por maior castigo que tenha sido, precisava que tivesse
acontecido exatamente no extremo do sacrifício, para que a ressurreição fosse e
forma gloriosa e triunfante do Mestre Jesus.
Jesus
Cristo foi imolado e crucificado na cruz em nome da libertação dos pecados dos
homens, como exemplo maior de que a expiação dos pecados exige muito sacrifício,
inclusive sendo necessário passar pelo martírio infinito, na sublimação dos piores
castigos, como aqueles submetidos à pessoa de Jesus Cristo, que veria a
ressuscitar dos mortos, como prova maior de seu amor aos homens, cumprindo
assim as escrituras sagradas.
O
caminho que levou à Páscoa de Jesus Cristo, segundo a crença do cristianismo,
começa com a traição de um de seus discípulos, o conhecido Judas, e terminou
com o assassinato cruel e horroroso, com seu corpo pendurado na cruz,
justamente para mostrar toda forma possível de judiação impingida ao ser
humano.
O
julgamento de Jesus Cristo aconteceu em ambiente de intolerância, ódio e
desprezo aos princípios de justiça, a começar pela impaciência de um apóstolo
com instinto de traidor ao seu Mestre, que contou com a força dominadora e
ocupacionista do império romano, que se estendia bem além dos limites de seus
territórios.
No
julgamento de Jesus Cristo, a multidão, dominada pela inconsciência do que gritava,
apenas dizia, aos gritos: “crucifica-o, crucifica-o, crucifica-o”, como berro vindo
de massa de manobra, transformada em puro ódio contra pessoa que apenas
praticava o bem às pessoas, mas isso tinha o poder de contrariar os interesses
e as severas doutrinas do império romano, na região da palestina.
Naquele
palco de bárbaros, prevaleceu o sentimento de ódio, tendo vencido o bom senso e
a racionalidade, quando foi proferido o pior veredicto da história mundial,
pela crucificação de Jesus Cristo, exatamente contrário a quem era verdadeiro símbolo
da bondade e do amor ao próximo, que eram disseminados em abundância entre as
comunidades carentes desse aconchego de caridade e benevolência.
Hoje,
os cristãos entendem perfeitamente que o sacrifício de Jesus Cristo não se
tratava do fim, mas sim do começo de vida abundante e gloriosa, por permitir
que os homens possam renascer a todo momento, com o sentimento de fé cristã, de
muito mais amor ao próximo e da alegria de puder celebrar a Páscoa em cada dia
de vida.
Feliz
Páscoa para todos!
Amém!
Brasília,
em 17 de abril de 2022
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