Em crônica, discordei,
com base nos argumentos ali expostos, que não é justo que as medalhas sejam
agraciadas na forma injusta como vem sendo feita, praticamente com
direcionamento às autoridades, muitas das quais sem terem prestado nenhum serviço
às causas pelas quais elas foram instituídas, ou seja, sem mérito algum, tendo
citado o caso daquela que foi concedida ao presidente da República, por ocasão
das comemoraççoes do Dia do Índio, justamente em razão de políticas contrárias
aos interesses dos indigenistas.
Diante disso um
defensor do presidente do país, evidentemente insatisfeito, saiu em defesa
dele, tendo me indagagado, em tom de afirmação, nestes termos: “Adalmir a
que interessa esses seus comentários? A esquerda lhe encomendou?”.
Em
resposta, eu disse que os meus comentários interessam exclusivamente à minha
consciência, que, como brasileiro que paga rigorosamente em dia seus tributos,
tenho todo direito de me manifestar sobre todos os assuntos que eu achar que
tenha competência para analisar e dar a minha opinião, imparcial, sincera e justa,
em especial na qualidade de contribuinte, que entende que a concessão de
medalhas é apenas mais uma excrescência no serviço público, notadamente quando
elas são entregues a quem não tem merecimento para tanto, como no caso
específico do presidente do país, que executa política contrária aos interesses
das causas indigenistas, conforme mostram os fatos.
Deixo
claro que não aceito encomenda de ninguém para manifestar meus pensamentos,
pelo menos, enquanto houver liberdade de expressão, que é algo, como se vê, que
parece não agradar a muita gente, quando se incomoda com texto literário apenas
expressando a minha verdade exclusivamente vinda de mim, que não tem
compromisso senão com a minha consciência, independentemente de ideologia de
qualquer natureza, mas apenas fiel ao meu pensamento.
Lamento
profundamente que meus textos possam incomodar às pessoas, mas, infelizmente,
confesso que não é essa a minha intenção, senão, reafirmo, de dizer o que
sinto, exatamente interpretando o meu sentimento sobre os fatos da vida.
Fico
extremamente feliz em saber que as pessoas leem meus textos, mas aconselho
àqueles que não gostam deles, principalmente por questão ideológica, que estão
à vontade para nem os lerem, tendo em vista que me sinto ofendido com indagação
que os põem sob suspeita, como no caso em comento, em que se coloca em xeque a
minha consciência e o meu pensamento sobre a análise dos fatos da vida, como se
eu escrevesse como robô, para agradar interesses de outrem.
Esse
fato é considero por mim como de extremo desrespeitoso à minha dignidade com
patriota, que tem direito de dizer o que sente em relação aos assuntos do
cotidiano.
O
respeito à individualidade precisa ser recíproco, cabendo a todos brasileiros
se manifestarem livremente, sem censura e muito menos sem desrespeito ao
pensamento e à criatividade literários.
É
deplorável que ainda existam brasileiros com mentalidade tão retrógrada e
deprimente, de não respeitarem a obra literária, mesmo que ela faça referência
a tema que não seja do seu agrado, porque nada disso justifica a indelicadeza,
que é forma expressiva, ao meu sentir, de claro desrespeito à liberdade de
expressão.
À vista do meu
comentário acima, o mesmo interlocutor retrucou, tendo afirmando, in verbis:
“Adalmir com respeito amigo imparcialidade é o que não existe no seu
escrito....doutra banda vc se mostra afável apenas aqueles que elogiam seus
comentários...a crítica amigo é algo salutar no.meio da comunicação, pena que
vc pense de forma diferente....em todo caso vc sem dizer respondeu a que
público interessa seus comentário...isto e aos passivos .....”.
A minha resposta à
acusação acima foi no sentido de que não se pode confundir a crítica
construtiva com acusação que denigre a imagem de alguém, que é o caso em
comento.
Quando a crítica é
benéfica, ela tem o condão de esclarecer, enriquecer o tema em discussão,
enquanto a acusação, que é o que consta do seu texto, isso fere a dignidade de
outrem, de forma absolutamente graciosa e desnecessária.
Amigo,
você se mostra injusto, porque confunde elogio vindo de quem entende de
fazê-lo, por ter entendido e concordado com a mensagem contida no meu texto e
não poderia ser diferente se eu não agradecesse, como forma educada de
reconhecimento ao apoio ao meu texto.
Agora,
você foi deselegante, ao me acusar de escrever sob encomenda, ainda pior, por
parte da esquerda, que jamais eu seria capaz de papel tão deprimente.
Repilo
com veemência a acusação de parcialidade dos meus textos, porque eu não escrevo
para agradar ninguém, porque isso não é do meu feitio.
A
verdade é que, se você não estiver gostando do meu estilo de escrever, que
sempre sigo pensamento retilíneo de pensamento, eu não posso fazer nada, mas eu
não admito que fique me acusando de escrever sob encomenda e com parcialidade,
porque nada disso acontece comigo, que procuro ser o mais imparcial, honesto e
justo com a minha consciência, por exemplo, que eu teria ficado muito feliz de
o presidente da República ser agraciado com a Medalha do Mérito Indigenista,
que sei que ele executa política contrária às causas indigenistas, somente para
agradar aos idólatras dele, que são cegos pela ideologia, quando isso não faria
a minha verdade.
Não
obstante, é compreensivo que outras pessoas podem pensar diferente de mim, o
que é normal, porque isso é o direito delas e nem por isso eu vou dizer que
elas estão erradas, não, porque cada pessoa tem o direito de pensar segundo a
sua consciência, no âmbito da sua verdade, que precisa ser respeitada.
É
preciso sim que as pessoas respeitem as opiniões das outras, em especial porque
todas são diferentes e têm o direito de se expressar, sem agredir, em harmonia
com a salutar liberdade de expressão e se manifestar segundo as suas convicções,
que aceitem ou não, diante dos princípios de cidadania e civilidade.
Agora,
o que não pode é haver o desrespeito sob a forma de acusação, como se isso
fosse natural, normal, de questionar a minha liberdade de pensar e de dizer o
que sinto como pensamento sobre os fatos da vida, como se insinuando que eu
escrevo a pedido e por encomenda, porque isso é muito grave, para quem tem sentimentos
e que os valoriza como bem precioso, que diz com a estrita observância aos
princípios, repito, de cidadania e da civilidade.
As
pessoas têm pleno direito de discordar do que eu escrevo, uma vez que eu não
sou o dono da verdade e a verdade cada pessoa tem a sua, sendo o seu
pensamento, mas não aceito, em hipótese alguma, as acusações feitas à minha
pessoa, na forma acima, porque eu as considero injustas, embora há quem ache
que não, que é do seu direito, mas eu preciso e tenho o direito de repeli-las,
porque o silêncio sobre elas é o mesmo que concordar com o que eu acho errado e
isso seria muito grave da minha parte.
Assim,
entendo que tenho todo direito de discordar da sua maneira descortês de se
referir à minha pessoa, como homem público, que trata a todos com os melhores
carinho e respeito possíveis, mas não posso tolerar, por isso, que a minha
pessoa seja questionada sem resposta à altura, pelo menos, na minha maneira de
pensar.
Brasília,
em 16 de abril de 2022
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