Em um grupo de amigos participantes
da internet, foi abordado o importante emprego do direito à liberdade de expressão,
em que várias pessoas condenaram diversas formas de censura e até de sanções pelo
Supremo Tribunal Federal, conforme os casos ali elencados.
Uma pessoa disse que seja
possível se postar o que bem entender, desde que o seu conteúdo não ofenda nem
agrida a integridade moral de ninguém, tendo como meta o respeito à preservação
aos princípios de cidadania.
Já outra participante escreveu a
mensagem no sentido de que: “Na minha opinião, esta diversidade nos ajuda,
enriquece nossos pontos de vista até! Quem quer ser lido com respeito, deve ler
a opinião dos outros, mesmo que discorde, com respeito também, é óbvio! Se
achar importante escreva, mostre, algo bem ao contrário e por aí vamos
aprendendo juntos! O exemplo do Adalmir, que posta sua opinião, em grupos e nos
seus livros é ótimo para isto! Me pareceu que alguns colegas estão achando válido
que seja tolhida a ampla liberdade de opinião, bem como de postá-las aqui?
Conforme o ‘lado’ que a outra pessoa demonstra, não é válido, só se combinar
com o meu? Que é isto pessoal? E a liberdade de opinião, notória em nosso grupo
desde que foi criado? Eu não li nada de ofensa direta a nenhum dos colegas, mas
sim a postagem de cada um defendendo as coisas políticas com as quais mais se
identifica! Estamos nos adaptando aos tempos de censura?”.
À
vista do exposto acima, fico lisonjeado em ser citado como exemplo pela forma
como escrevo minhas mensagens, sob o formato de crônicas, em estrito ambiente de respeito à integridade aos
princípios de civilidade e moralidade, apenas mostrando o meu pensamento sobre
o prisma da visão pessoal, que é própria de cada um, porque o mesmo assunto enfocado
e analisado pode comportar diversas interpretações, evidentemente a depender do
grau de maturidade e experiência das pessoas.
Procuro
valorizar, o máximo possível, a liberdade de expressão como instrumento
construtivo e de engrandecimento do homem, sob o entendimento de se puder
manifestar livremente a sua opinião, sem necessidade de agressão nem intenção de
desprezo ao pensamento de ninguém, porque, neste caso, pode causar dano
deliberado à imagem e ao sentimento pessoal, que nem seria agradável no caso de
sentido contrário.
A
verdade é que, nos últimos tempos, muita gente vem defendendo as agressões ao
Supremo, cujos agressores já se manifestaram com armas em punho e ainda fazendo
juramento de matar ministros, que é algo que vai muito além da liberdade de
expressão, conforme o verdadeiro sentido de civilidade e cidadania, marchando
para o cenário da barbárie e selvageria.
É
preciso se compreender que o remédio apropriado para se combater decisões
abusivas daquela corte se faz por meio de recurso pertinente, que compete às
partes envolvidas, tudo pela via da legalidade, no cenário da ampla defesa e do
contraditório, com amparo jurídico na Constituição Federal, uma vez que as
agressões somente contribuem para potencializar a irracionalidade e a
dificuldade para a solução das demandas judiciais, minando por completo o salutar
respeito aos princípios humanitários.
É
possível sim se divergir à vontade, dizendo o que acha errado e expondo as mais
diversas opiniões sobre os fatos em discussão, mas, para tanto, convém que seja
feito sob o emprego de termos adequados ao assunto, de forma inteligente e
educada, no âmbito da civilidade e do respeito à integridade dos envolvidos, tendo
o cuidado de se evitar grosserias, porque elas nunca devem fazer parte do cardápio,
por ser impróprio ao caso, à luz do bom senso e da racionalidade.
É
evidente que a intenção não é a de se condenar nem se livrar ninguém por suas
ideias, porque cada qual se pronuncia exatamente na dimensão da sua consciência
e do seu entendimento, que tem como matriz a rica possibilidade da divergência
de opiniões, mas sim de mostrar o verdadeiro sentido do especial princípio da
liberdade de expressão, que precisa ser empregado somente para o bem e o progresso
da cidadania.
É
muito importante que todos possam se expressar livremente e dizer seu pensamento,
com a maior liberdade possível, evidentemente sem necessidade de machucar a
integridade moral ou de cidadania de ninguém, porque a existência desse
precioso princípio condiz exatamente para a serventia da valorização dos
sentimentos humanos, uma vez que a sua essencialidade objetiva a elevação
intelectual, moral, educacional e especialmente espiritual dos cidadãos, cujo
benefício civilizatório não pode ser prejudicado com a distorção dessa
importante função vinculada à evolução e ao crescimento do homem.
Brasília,
em 26 de abril de 2022
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