terça-feira, 12 de abril de 2022

Triste espetáculo?

 Circula nas redes sociais vídeo mostrando a formatura da turma de sociologia da Unicamp, versão 2021, mostrando a fotografia dos homens vestidos em traje feminino, a rigor, de sapatos altos, minissaia, meias longas, brincos e tudo o mais em harmonia com esplendorosa representação estilosa.  

Infelizmente, esse espetáculo nada convencional tem tudo com a materialização da pobreza da imaginação humana, em se tratando de ato solene em ambiente de respeito e seriedade.

Em princípio, o ato espetaculoso evidencia forma clara de retrocesso civilizatório, diante da tradicional formatura em traje a rigor, como manda a praxe de todas as solenidades do gênero.

É surpreendente que pessoas aparentemente normais sejam capazes de protagonizar momento de visível decadência de cidadania, embora elas estudaram, se é que se pode reconhecer isso como estudo, exatamente porque quem estuda realmente tem absoluta noção de que esse papel é bisonho e somente afronta a seriedade do que representa a importância de formatura de colação de grau.

A beleza da formatura sintetiza o sentimento da superação do sacrifício, do empenho e da dedicação para se conquistar o direito de dizer, finalmente, valeu a pena ter chegado o momento tão importante e esperado de cada pessoa, na forma do congraçamento maior pela conquista do sonhado “canudo”, que é privilégio apenas de poucos brasileiros, que se dedicaram a uma causa pessoal justa.

Por óbvio, ninguém tem nada a ver com o que se passa na cabeça desses formandos de sociologia, mas que seja apenas possível se imaginar que a festa de conclusão de qualquer curso dever-se-ia vislumbrar a verdadeira grandeza também da solenidade de formatura, com o glamour dos trajes sempre à altura da importância da colação de grau, que é o coroamento dos estudos, concluídos com notórios esforços e sacrifícios, o que bem merecem um pouco de respeito nesse ato final.

À toda evidência, a solenidade de colação de grau jamais mereceria que seus integrantes fossem capazes de contribuir para indisfarçável degradação de princípios, na forma como materializada por esses formandos, mesmo a título de brincadeira, porque o ato em si transcende à deformação dos costumes, em qualquer curso que seja, que precisa ser encarada como algo das maiores importância e seriedade e respeito à sociedade, uma vez que os bons exemplos só engrandecem os homens.

          Brasília, em 12 de abril de 202

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