A
Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollyood decidiu banir o ator
agressor ao seu colega de profissão das cerimônias do Oscar, por 10 anos, sob o
argumento de que “o ator causou choque no público ao dar tapa no rosto do humorista
Chris Rock, durante a cerimônia deste ano.”.
A Academia
esclarece que a medida também vale para todos os demais eventos por ela realizados, em cujo texto é comunica a
decisão, assinado qualifica o comportamento do ato como de "inaceitável
e prejudicial".
A Academia
ressaltou que “Esta ação que estamos tomando hoje em resposta ao
comportamento de Will Smith é um passo em direção a um objetivo maior de
proteger a segurança de nossos artistas e convidados e restaurar a confiança na
Academia. Também esperamos que isso possa iniciar um tempo de cura e
restauração para todos os envolvidos e impactados.".
Antes de
anunciar a decisão da Academia, mas compreendendo que ele seria expulso ou
suspenso de participação nas solenidades da entidade, o ator decidiu se
antecipar e renunciou à filiação, há uma semana.
No texto,
a Academia agradece ao ator que foi agredido, por ele "manter a
compostura", em que pese o comediante ter feito piada de mau gosto com
a cabeça raspada da esposa do agressor, que faz tratamento da doença alopecia,
que provoca queda de cabelos.
Ciente da
decisão da Academia, o ator agressor disse que "Eu aceito e respeito a
decisão da Academia".
A medida
adotada pela Academia tem o condão de punir com severidade comportamento
inadequado de participante da cerimônia do Oscar, que realmente provocou consternação
aos presentes e aos assistentes de resto do mundo, porque a cena foi realmente
patética e complemente irracional, quando havia outros meios capazes de se
mostrar a insatisfação diante da falta de respeito por meio da indevida piada.
O
importante é que o agressor reconheceu o seu erro, por ter se afastado da
Academia antes da aplicação da sanção, na compreensão de que a sua atitude não
correspondeu aos princípios de civilidade, sobrelevando a importância que se reveste
a entrega do Oscar, que, de repente, todos se surpreendem com cena extremamente
desagradável e chocante.
Enfim,
ficou a importante lição desse caso, no sentido de que a violência mais uma vez
somente contribuiu para acarretar uma série de contratempos, tanto para o agredido
como para o agressor que, sem a menor dúvida, é excelente ator, mas não foi
capaz de controlar seu impulso dominado pelo sentimento animalesco, em momento muito
especial.
Ainda bem
que ele teve a dignidade de reconhecer que errou feio e que arcar com o ônus da sua impensada atitude lhe
fez muito bem, em que pese ainda ser obrigado a assumir o castigo de não ter avaliação
sobre o seu desempenho artístico, por longos e eternos dez anos.
O resumo
da opera traduz, com absoluta certeza, que, por mais altruístas atos que seja de
defesa da honra ou da integridade do respeito, a violência ainda é o meio que
menos representa a dignidade do homem, em especial quando se têm alternativas de
elevação dos sentimentos humanistas e de civilidade, com poderes capazes de sublimar
e engrandecer ainda mais a dignidade do ser humano, o que vale se dizer que a ponderação
e a tolerância são atributos valiosos nas relações sociais, que precisam ser
compreendidos, em especial, nos momentos por mais difíceis da vida.
Brasília, em 8 de abril de 2022
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