terça-feira, 19 de abril de 2022

Fim trágico?

 

No adiantado dos combates, a Rússia exigiu a rendição dos soldados ucranianos que resistem em Mariupol e se comprometeu a poupar as vidas daqueles que entregarem as armas.

Não obstante, o primeiro-ministro da Ucrânia ignorou o ultimado e afirmou que as forças armadas “lutarão até o fim”, tendo ressaltado que não é verdade que os russos tenham dominado a cidade, porque "Nossas forças militares, nossos soldados ainda estão lá. Eles vão lutar até o fim".

Ele disse que "Nenhuma grande cidade caiu. Apenas Kherson está sob o controle das forças russas, mas todas as outras cidades estão sob o controle da Ucrânia".

No ultimato, a Rússia deixou claro que "todos àqueles que depuserem as armas é garantido que suas vidas serão poupadas", tendo esclarecido que os combatentes ucranianos estão "numa situação desesperadora, praticamente sem comida e água".

Cenário dos combatentes mais pesados e da pior catástrofe humanitária da guerra, Mariupol pode ser a primeira grande cidade a ser tomada pela Rússia desde o início do conflito, evidentemente depois de muitas vidas dizimadas e completa destruição da cidade.

O pior de tudo isso é que o presidente da Ucrânia, em ato extremamente insensato, fez alerta, como se isso fosse algo esperançoso, que a tomada da cidade encerraria as negociações de paz com Moscou, o que somente contribui para o prolongamento da guerra, com intermináveis massacres, martírios, mortes e destruição, em verdadeiro prejuízo para toda nação, mas o presidente prefere que todos morram, em clara demonstração de insensibilidade humana.

No último domingo, a ofensiva russa destruiu uma fábrica de munições em Brovary, na região de Kiev, fazendo com que o poder bélico ucraniano fique ainda mais fragilizado e impotente.

Já o prefeito de Brovary informou que mísseis atingiram a infraestrutura da cidade e houve interrupção de energia, cujos ataques prejudicaram o fornecimento de água e esgoto da cidade.

Uma série de ataques a Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, deixou rastro de mortos e feridos.

Outros ataques já haviam incendiado vários prédios no centro da cidade, inclusive atingindo e destruindo a cozinha comunitária que preparava comida para os moradores.

Em discurso à nação, o presidente ucraniano afirmou que "a situação em Mariupol continua tão grave quanto possível, simplesmente desumana e culpou a Rússia por continuar deliberadamente a destruir cidades", conquanto esse discurso tenha o verdadeiro sentido patético de ser, visto que o estado de plena guerra tudo é deliberado pelas destruição e mortes.

O presidente ucraniano sublinhou que os russos "tentam deliberadamente aniquilar todos aqueles que ficam em Mariupol". Ele afirmou ainda que o governo ucraniano tentou, desde o início da invasão russa, encontrar "uma solução, militar ou diplomática, para salvar a população, mas até agora, não tem havido uma opção 100% sólida".

A verdade é que, sitiada há semanas, Mariupol enfrenta uma das maiores catástrofes humanitárias do atual conflito, uma vez que a cidade vem sendo alvo de intensos bombardeios e já se encontra em completa ruína.

De acordo com levantamento de autoridades locais, pelo menos 20 mil civis já morreram na região, desde o início da invasão russa, e cerca de 120 mil habitantes ainda estão na cidade sitiada, o que demonstra que o banho de sangue é fatal, uma vez que a Ucrânia não tem como se defender, diante do poderio russo, o que vale dizer que vão acontecer milhares de mortes, com a continuidade da guerra.

Tropas russas anunciaram que assumiram o controle de uma outra siderúrgica da cidade, que era um dos pontos de defesa dos ucranianos. Jornalistas da Reuters estiveram no local e relataram que a siderúrgica foi reduzida a ruínas e também noticiaram a presença de diversos corpos de civis espalhados nas ruas próximas.

Os relatos da guerra na Ucrânia somente mostram muitas mortes e destruição, em escalada mais do que progressiva, cujo resultado será, sem a menor dúvida, a dizimação e o massacre mortal dos ucranianos, diante da fragilidade e da impotência necessárias à resistência às forças russas, que têm poderio bélico descomunal, em comparação ao arsenal dos ucranianos.

Na verdade, a qualificação que tenho do presidente ucraniano é que ele e louco varrido e pessoa extremamente insensível à vida humana, por permitir que a guerra continua, quando o seu país já demonstrou que não condições de lutar em igualdade com os russos, cuja resultado vai ser um dos maiores desastres humanitários da história, exatamente por culpa desse presidente desumano e cruel, que não pode fazer nada para evitar mais mortes e a única alternativa dele é a rendição, justamente para salvar milhares de vida, além de parar com a destruição do patrimônio dos ucranianos.

O presidente da Ucrânia precisa se conscientizar, o mais urgentemente possível, à vista de tudo que já aconteceu de desastroso, com perspectivas de piorar ainda mais, conforme mostram os fatos, de que a ajuda vinda do exterior é absolutamente incapaz para contribuir com o fortalecimento do seu poder bélico, uma vez que os países não ganham nada em entrar na guerra, salvo a inimizade dos russos, que fazem ameaças aos países que insinuam que vão ajudar com armas e outras formas de apoio.

O sentimento que se tem é o de que os dirigentes da Ucrânia são todos completamente loucos varridos, que não têm a mínima sensatez para enxergarem que a continuidade da guerra tende a ser algo extraordinariamente perverso à preservação da vida e da integridade do seu país, que não terá alternativa senão o desastre generalizado, com o pleno domínio dos russos, ante o seu poderio bélico.

Assim, apelam-se para que o presidente da Ucrânia se conscientize, em atenção aos salutares princípios do bom senso e da racionalidade, de que a melhor solução, para se evitar a continuidade inevitável do massacre ao povo de seu país, é a rendição, imediatamente, tendo em vista que já está mais do que comprovada a sua impotência para resistir ao poderio bélico da Rússia, além de que, mais cedo ou mais tarde, todas as cidades serão dominadas e as lideranças políticas terão fim trágico.  

Brasília, em 19 de abril de 2022

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