sábado, 30 de abril de 2022

Mentes deformadas?

 

        Circula nas redes sociais mensagem que tem o texto a seguir, se referindo à  pessoa do ex-juiz da Operação Lava-Jato, uma vez que o quadro mostra também a fotografia dele.

Não adianta espernear! Vc é agora juiz ladrão no mundo todo e para todo o sempre. Teu nome é sinônimo de infâmia em qq recanto do universo. Tua história será repetida nos jornais, nas TVs, nos livros de Direito, em documentários... por anos e anos, como exemplo de imoralidade.”.

Realmente, trata-se do maior juiz ladrão, por simbiose, da história da humanidade, na mentalidade de que quem prefere ignorar a truculência que foi a roubalheira aos cofres da Petrobras, consistente no indecente escândalo do petrolão, na conformidade das investigações levadas a efeito pela Polícia Federal.

O estrondoso delito praticado pelo juiz foi ter, por incrível que pareça, colocado uma trupe de políticos, empresários, empreiteiros, doleiros, executivos e outros perigosíssimos criminosos aproveitadores do dinheiro alheio na cadeia e ainda ter determinado que o dinheiro desviado da Petrobras fosse devolvido para os cofres dessa empresa, como de fato aconteceu, em muitos casos, o que se confirma a mais grave ladroagem da história brasileira.

Trata-se realmente de juiz infame, que sentenciou a prisão de muitos criminosos que desviaram recursos públicos e se beneficiaram de substanciais propinas, cujos processos penais, regularmente julgados, foram revisados e rejulgados pela segunda instância, sob o crivo de três desembargadores, e pela terceira instância, sob a análise de cinco ministros, no âmbito do Tribunal Superior de Justiça, cujos veredictos foram proferidos por unanimidade, confirmando as sentenças prolatadas pelo juiz ladrão, que mereceram a chancela na sua totalidade, nos termos das sentenças proferidas pelo magistrado que ora é considerado ladrão, pelos crimes de somente ter julgado com imparcialidade, à luz dos fatos jurídicos.

Com isso, vale a afirmação de que a autoria dos crimes denunciados nos autos foi confirmada pelas investigações promovidas pela Polícia Federal, que foram aceitas pelo Ministério Público Federal, à vista da vasta documentação probatória, na forma de testemunhas, delações premiadas, demonstrativos contábeis e bancários, além de outros elementos juridicamente válidos para o caso, confirmando a roubalheira, em especial, ocorrida na Petrobras.

De fato, é lamentável que o Brasil tenha tido um juiz com índole tão perversa contra criminosos de colarinho branco, que não têm a mínima dignidade para reconhecerem a monstruosidade que foi perpetrada contra os cofres daquela petrolífera, cujo desfalque aplicado nas suas finanças a fizeram ser catapultada, em passe de mágica, da posição de 12º do ranking de empresa mais poderosa do mundo, em termos econômico-financeiros, para o 410º lugar, passando, imediatamente a esse desastre, para ostentar a empresa mais endividada do planeta.

Tudo isso graças à roubalheira desenfreada e de grosso calibre ocorrida nos seus indefesos cofres, onde eram desviados 3%, em valores, de todos seus contratos para o financiamento de milionárias campanhas eleitorais, pagamentos de propinas e depósitos em contas bancárias no exterior, entre outras ilicitudes financeiras, conforme levantamentos contabilizados por meio dos procedimentos de investigações levados a efeito nas contas da Petrobras e empresas contratadas, em especial, na Odebrecht, principal origem do propinoduto que irrigava as contas de políticos e toda trupe de inescrupulosos aproveitadores do dinheiro público.

Realmente, nunca o Brasil teve um juiz tão ladrão e infame, exatamente por ter tido a estupidez de colocar na prisão tantos criminosos de colarinho branco, que nada fizeram de errado, segundo o padrão de honestidade própria da compreensão da esquerda brasileira, que não consegue enxergar nada, absolutamente nada de estranho nem de errado, com o desvio de conduta moral aplicado, com extremo sucesso, nos contratos celebrados pela Petrobras, com a permissão da errática e prejudicial subtração, evidentemente indevida e ilegal, de bilhões de reais para finalidades estranhas às suas atividades institucionais.

Ou seja, o dinheiro desviado da Petrobras foi aplicação sob controle e interesse dos criminosos condenados por esse juiz infame e desmoralizado, que não teve o cuidado de evitar de mandar para a prisão verdadeiros “santinhos” de colarinho branco, que agora é condenado por suas atitudes extremamente legítimas, centradas no ordenamento jurídico e nas provas dos autos, todos formalizados e instruídos segundo o regramento de praxe da Justiça brasileira.

Convém ressaltar que a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU levou em consideração, certamente os argumentos apresentados pela defesa de quem não assumiu a culpa por toda desgraça havida no escândalo do petrolão, que são verdades incontestáveis, obviamente à luz dos verdadeiros brasileiros honrados e dignos, que aguardam as devidas justificativas pelos envolvidos nessa tragédia nacional, como forma de prestação de contas, que é própria da vida pública, para várias denúncias sobre suspeitas da prática de irregularidades, tendo como principal envolvido justamente o principal político da oposição, que poderia se habilitar à satisfação dos quesitos de conduta ilibada e idoneidade moral, que são exigências mínimas para o exercício de cargo público eletivo.

Enfim, qual teria sido o real delito cometido pelo juiz  da Operação Lava-Jato, para ele ser merecedor da qualificação honrosa de “juiz ladrão” e ainda se passar por exemplo de “imoralidade”, por anos e anos, quando, ao que se sabe mesmo e isso é notório, é que ele foi capaz e teve coragem de desbaratar perigoso quadrilha organizada para saquear cofres públicos, em especial o gordo dinheiro da Petrobras, conforme mostram, à saciedade, os fatos constantes dos processos penais, cujas sentenças foram autenticadas em instâncias superiores da Justiça brasileira, sem quaisquer restrições quanto às medidas judiciais condenatórias impostas nos seus veredictos, perfeitos e acabados.

Tudo bem que a Justiça brasileira tenha a fama de contribuir para a banalização da impunidade, o que é pura verdade, mas quando apenas um juiz tem competência e dignidade para julgar e condenar criminosos, em especial de colarinho branco, devidamente com base nas provas materiais da autoria dos delitos, devidamente coligidas, de maneira irrefutavelmente inafastáveis, inclusive obrigando a devolução de valores subtraídos de cofre público, conforme ficou patente a dificuldade para contestá-las por parte dos delinquentes, e tanto isso é verdade que eles cumpriram parte da prisão, justamente por não conseguirem provar a sua inocência, mas o magistrado é tachado de “juiz ladrão”, como nesse caso do escândalo do petrolão, julgado pela competente, operosa e eficiente Operação Lava-Jato, à luz da compreensão dos verdadeiros brasileiros que defendem a moralidade do Brasil e a integridade do patrimônio dos brasileiros.

Essa forma de compreensão deletéria da gestão pública, em que idólatras da esquerda consideram normal a roubalheira do dinheiro público, preferindo, ao contrário, tratar como judas o juiz que a combateu, com as maiores severidade e justiça próprias do que deveriam ser a Justiça brasileira, mostra, de forma escancarada, escandalosa e irresponsável, a falta de caráter e de personalidade cívica de pessoas que defendem e apoiam, com a cara mais lisa, os envolvidos no mais expressivo crime de lesa-pátria já perpetrado por integrantes do próprio governo, que não tiveram a hombridade de assumirem seus gravíssimos desvios de conduta.

Na realidade, esse seríssimo desvio de conduta moral demonstra, com muita clareza, indiscutível inversão da ordem natural dos fatos, não muito comum em civilização com o mínimo de consciência democrática, que é obrigada a seguir padrão razoável de moralidade.

O país com pessoas com mentalidade deformada, que é o caso de quem apoia e defende criminosos que desviaram recursos públicos, se beneficiando de propinas e de muitas vantagens ilícitas, com dinheiro dos brasileiros, realmente merece sim permanecer nas trevas do desenvolvimento sócio-político, bem distante dos salutares princípios civilizatórios, uma vez que o povo com o mínimo de evolução só tem a única opção de condenar os absurdos praticados por ditos políticos desonestos e aproveitadores, independentemente de qualquer ideologia de direita, esquerda ou centro.

A verdade é que fica muito feio e bastante desagradável mesmo, por ser extremamente deplorável, em termos de decência, cidadania e civismo, brasileiros não terem vergonha na cara para apoiarem e defenderem criminosos de colarinho branco, em clara demonstração de preferência ideológica, quando os interesses do Brasil estão muito acima desse cinismo de condenarem como sendo ladrão o juiz que julgou criminosos, tendo por base as provas dos autos e na conformidade do ordenamento jurídico pátrio e tanto isso é verdade que os delinquentes não conseguiram provar a sua inocência quanto aos fatos denunciados à Justiça, em que pese a preservação do direito constitucional da ampla defesa e do contraditório.

Por fim, embora isso não seja da conta de ninguém, mas não deixa de ser inacreditável como existe mentalidade humana que prefere, por puras idolatria e ideologia políticas, ignorar a realidade dos fatos da vida, conforme mostram as investigações efetivamente realizadas, à vista dos elementos constantes dos autos, e condenar quem não praticou nenhuma ilicitude, senão o acerto de julgar atos criminosos e mandar seus autores para a prisão, como deveria acontecer normal e rotineiramente com a Justiça brasileira, a exemplo do que fazem costumeiramente os países sérios, evoluídos e civilizados, em termos político-democráticos.

Diante da mensagem em comento, não resta mais a menor dúvida sobre o sentimento de moralidade dos amantes da ideologia da esquerda brasileira, que chegam ao limite de se posicionarem em defesa de criminosos, permitindo a estranha ilação de que, para eles, aquilo que é realmente imoral tem o verdadeiro sentido de moralidade e o que é moral tem a compreensão de imoralidade e isso ficou bastante representativo no texto, quando ali se pretende isentar de culpa quem de fato cometeu delito e condenar quem é inocente e só fez bem para os interesses do Brasil.   

À vista do exposto, apelam-se por que os verdadeiros brasileiros decidam amar o Brasil, somente apoiando e defendendo políticos com a ficha limpa, depois de provarem a sua imaculabilidade perante a Justiça brasileira, de modo que tenha condições de atenderem plenamente os essenciais requisitos de conduta ilibada e idoneidade na vida pública, porque eles são exigências mínimas para o exercício de cargo público eletivo, como forma de demonstração de lisura para com a gestão da coisa pública e respeito à dignidade dos eleitores.      

Brasília, em 30 de abril de 2022


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